segunda-feira, 30 de junho de 2014

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Sorrisos

É possível ter saudades do que ainda não se viveu? Do que se quer, não se tem, mas se sabe de cor?
E quantas vezes já eu falei de saudades?
Ter saudades daquilo que nos apetece. Ter saudades do beijo que nos fará calar e do abraço que nos fará descansar. Do colo que nos fará repousar. Do ombro que nos irá abrigar.

É possível ter saudades das certezas que temos na vida? Saudades do que sabemos havemos de ir ali buscar. Saudades daquilo que está guardado para nós ali mais à frente. Saudades daquilo que temos de aguardar até lá chegar.

Saudades do futuro.
De vocês, desse lado, que não conheço em parte.
Saudades do que ainda não vos li, dos sorrisos, como este...que me puseram ontem, no texto em baixo, do Desafio. Sorrisos que sei que irei ter muitas mais vezes :)

terça-feira, 24 de junho de 2014

Desafio aos melhores leitores do Mundo

Hoje, dia 24 de Junho e dia de São João, começa a contagem decrescente para o aniversário do blogue. Daqui a um mês certinho, esta vossa Sala faz dois aninhos.
Normalmente, á semelhança do meu próprio aniversário, crio desafios que vos levem a dinamizar este canto e fazer-vos misturar com quem está deste lado.
Dificilmente tenho a percepção de quem está aí, e desta vez, gostava pelo menos de perceber o que mais vos toca.
Gostava de saber qual o texto que mais gostaram. A citação, a imagem, o que for que vos faça associar a tudo o que vos faz voltar aqui.
Se não for nenhum, digam isso também, porque todas as críticas são úteis para mim.
Até porque vou usar isso mesmo como um exercício de introspeção.
Ali do lado inferior direito, têm o arquivo dos textos, organizados por meses, no caso de não se lembrarem de quando leram AQUELE texto que vos bateu bem certeiro.
E talvez haja um miminho para quem participar! Não há data limite, por isso, espero por todos.

Conto convosco, porque vocês são os melhores leitores do mundo.
Do meu, são certamente :)

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Há poemas assim.


Almas gémeas

"Eu não sei porque me és tão familiar - ou porque é que sinto, não que te conheço melhor, mas sim que me vou recordando de quem tu és. Como todos os sorrisos, todos os sussurros, me fazem chegar mais perto da conclusão impossível de que eu te tenha conhecido antes, de que eu te amei antes - noutro tempo, num lugar diferente - numa outra existência."

sábado, 21 de junho de 2014

Ai Portugal, Portugal...

Porque gosto de rir e porque entendo a tristeza dos homens portugueses...


Já percebi porque vêem TODOS os outros jogos!

Mas vá, já chega. Ponham lá um repórter giro e de jeito para nós meninas, OLHARMOS mais para o Mundial ;)
Bom fim de semana***

terça-feira, 17 de junho de 2014

Quando não são as tatuagens que marcam...

Gosto de tatuagens. Discretas, simples e pequenas mas gosto. Demorei anos e anos a fazer a minha, só aos 31 me decidi porque tive quem me acompanhasse e lá fui eu. Doeu para caneco, só não chorei por vergonha, mas não me arrependo.
Não fiquei viciada nem com o bichinho das tattoos, mas estou seriamente a pensar fazer outra, para desgosto da minha mãe.
Se tudo for feito com bom gosto e bom senso, tudo é aceitável. E mesmo quando os nossos olhos são invadidos por corpos todos grafitados, não temos o direito de julgar ninguém. Uma pessoa tatuada tem de andar na droga? Tem de estar ligada ao álcool ou a doenças contagiosas? Têm de ser delinquentes?

Partilho com vocês, o testemunho de um jornalista, que dá que pensar...ainda há muito preconceito neste país.


"No processo de liquidação do Serviço Nacional de Saúde em curso, alguns hospitais aqui da Parvónia vão-se destacando em casos que só não podem ser designados como sendo de mera incompetência porque são intencionais – ou seja, determinados pelas administrações, no cumprimento de ordens vindas «de cima» –, mas também de pura negligência médica e…

E, pior ainda, do mais revoltante fascismo social. Nisso, dando razão a Michel Foucault, quando o filósofo apontava este tipo de estabelecimentos de saúde como espaços concentracionários, não muito diferentes das prisões e dos quartéis.

Um desses hospitais campeões em incompetência planeada, negligência e fascismo social é o de Cascais. Surpreendidos? Não fiquem: Cascais é terra de Tios e Tias e por aqui está-se a revalorizar cada vez mais essa coisa a que se chama Estatuto Social.

Ou seja, se sais da norma de comportamento estabelecida pela burguesia bem instalada – e, com a crise, enriquecida, porque a desgraça coletiva anda a beneficiar esta gente de Cascais como nunca antes, com um visível aumento do número de Ferraris e Lamborghinis a circular pela Marginal –, bem podes sofrer sérias consequências por isso.

Foi agora o que aconteceu com a Lipa, namorada do meu filho Lourenço. Triste decisão a deles de terem deixado a sua casa em Lisboa a fim de virem morar para Carcavelos. Poucos dias depois de se terem mudado e já estão a comer pela calada.

Eu explico: acontece que a Lipa é body piercer num centro comercial. Logo, tem tatuagens da cabeça aos pés. Tal como o Lourenço, tatuador e ele também body piercer, com atividade profissional em Carcavelos.

Acontece também que a Lipa está com uma infeção urinária que tem resistido à medicação, sendo que esta, como se tal não bastasse, lhe provoca grave indisposição. Cheia de dores logo após a mudança de casa, foi de madrugada, acompanhada pelo Lourenço, ao Hospital de Cascais.

E o que encontrou neste? Logo para começar, o pior dos tratamentos por parte da equipa médica das Urgências, que devido ao seu aspeto físico (tatuagens, piercings, roupas, etc.) logo a determinou como toxicodependente (não é, escusado seria dizer) e a tratou como nem se tratam os animais.

Tiraram sangue à Lipa, pensando esta que para verificarem o estado da sua infeção. Mas não, não foi esta a análise a que se procedeu, mas à de HIV. Os médicos partiram do preconceituoso princípio de que, se a jovem estava tatuada, era por ser uma marginal com sida.

A realização da análise que era realmente necessária foi por eles recusada. Tem de ir ao hospital onde foi diagnosticada, o de S. José – disseram eles –, para trazer as análises que já realizou e levá-las ao médico de família. Que a Lipa agora não tem, precisamente porque mudou de residência e de concelho.

Voltou para casa sem assistência médica, às dores nos rins e à febre alta se acrescentando a dor da humilhação. Apenas porque, simplesmente, além de cumprir as ordens ministeriais de não fazer despesas, o Hospital de Cascais não gostou que ela não tivesse simplesmente uma borboleta na omoplata direita, como é habitual entre as dondocas locais que se divertem a mostrar os bonecos respetivos nas partys.

No dia seguinte o Lourenço teve de a deixar sozinha para se deslocar ao Hospital de S. José a fim de, na sua inocência de jovem, pedir as tais análises. Em Lisboa disseram-lhe o que vocês já devem estar a suspeitar: que teria bastado ao Hospital de Cascais um pedido formal para eles imediatamente lhes passarem os dados.

Explicaram: esse tipo de informação passa-se de hospital para hospital, de médico para médico. Não lhe posso dar a si as análises, Cascais é que tem de as solicitar. O facto de não o terem feito só revela má vontade, disseram ao meu filho.

Até que o casal se meteu a caminho, outra vez, do hospital, mas desta vez com a minha companhia, para garantir que não fossem recebidos novamente como cidadãos de segunda. Enfim, de nada lhes valeu a não ser eu chamar uns nomes a quem estava por perto e apontar tudo o que estava a suceder no Livro de Reclamações.

Os argumentos eram, segundo a enfermeira da Triagem, de que «os sistemas informáticos dos dois hospitais são incompatíveis» e, segundo a médica que atendeu a Lipa, de que «não temos contactos com S. José», como se nunca tivesse sido inventado o telefone.

Mas olhe que você está melhor, comentou a dita clínica à rapariga. Melhor? Mas melhor com que termo de comparação, se a única análise que ela tinha à frente era a da sida?

Pois, se ainda tinham dúvidas de que este Governo tem por objetivo destruir o sistema de saúde público, e se não queriam acreditar que o fascismo está aí outra vez a definir quem é e não é socialmente aceitável, aqui fica uma história – deve haver muitas outras – a provar o contrário.

Tens tatuagens à vista? Pois não vás ao Hospital de Cascais se não quiseres ver a tua dignidade espezinhada. Por ali não se pratica nem humanidade, nem o juramento hipocrático, nem o que é suposto que o SNS faça. O que se pratica é a arrogância de um sistema que te esfrega na cara a condenação de que és lixo.

A Lipa lá ficou na cama, a chorar de dores e de raiva. E eu aqui estou a fazer a única coisa que (ainda?) posso fazer: contar o que aconteceu."




Rui Eduardo Paes
Jornalista cultural e crítico de música

Enfim...

domingo, 15 de junho de 2014

Ora bota aí!!

A minha relação com o calor nunca foi fácil. Mesmo. Não gosto de altas temperaturas, sou encalorada por natureza, nunca uso muita roupa (nem no Inverno), uso um único lençol e colcha todo o ano (sim, TODO o ano) e procuro sempre as sombras. Sou adepta de esplanadas, não aguento muito mais que 15 minutos quieta na toalha e como sou Peixes de signo, a água é que é mesmo a minha praia.
Já sei, desse lado está muita gente a pensar "O português nunca está satisfeito, se chove é porque chove, se faz sol é porque fica muito calor" ou "Esta gente não sabe o que é bom!"...nada disso. Gosto de sol, de bom tempo, mas moderado e ameno.
Adoro o sol de Inverno a bater no vidro e dou um valor infinito á luz do dia. Sim, prefiro a Primavera ao Verão mas isso parte de cada um, certo?
Estes dois dias foram de um calor extremo...óptimo para as praias a rebentar de gente, para as filas de trânsito intermináveis, para a areia que salta das corridas dos miúdos à nossa volta quando acabamos de sair da água, para as toalhas todas enrugadinhas mesmo quando as deixamos esticadas nem há 10 minutos. Tempo bom para colarmos as costas ao banco do carro, para sentirmos os olhos a fritar, para comermos um gelado que de tanto calor escorrega para as mãos e termina no chão.
Como eu ADORO esses cenários, optei por ficar em casa e na falta da piscina que ainda não foi montada, adivinhem a quê que eu recorri...ora sai uma mangueirada bem fresquinha, yeeeaaaaaaahh!

sábado, 14 de junho de 2014

Música

Quem me conhece, sabe da minha paixão pela música, pela dança e tudo o que nos põe a mexer.


E é tão isto, não é?
Bom fim de semana****

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Caretas de Santo António

Numa altura em que só se fala das noivas de Santo António, das buscas da Maddie, do fanico do Cavaco, do Mundial do Brasil (que pelos vistos, a avaliar pelas obras em cima da hora, nem os brasileiros sabiam que ia haver lá tamanho evento)apeteceu-me partilhar convosco uma careta de santo popular, de alguém a precisar rapidamente de tirar umas férias.


Ainda no outro dia falava sobre falta de fotogenia e como as palhaçadas e parvoíces nunca ficam mal na hora H.
Pois que é isto. Internem-me.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

E uma chapada nas fuças...não?

O post de hoje era para ser algo divertido, a sério que sim. Mas mal cheguei a casa e vi as notícias do dia, deparo-me com esta brilhante ideia em Londres (pelos vistos, já utilizada noutros países) de "afastar" os sem-abrigo dos prédios: colocar picos de metal no chão, para evitar que alguém ali durma.


Não é uma atitude fofinha? Ou seja, se alguém ficar sem dinheiro para pagar uma casa, se alguém for expulso do lar por desavenças familiares, que vá dormir literalmente debaixo da ponte ou aprenda a levitar para não tocar no chão. Que solidárias que estas pessoas me saíram.
Agora tratam-se as pessoas como animais? E nem os animais merecem! “Estes picos anti-sem-abrigo são como os que são usados para manter os pombos longe dos edifícios. Os sem-abrigo são considerados uma praga.” - diziam eles.
E se fosse a vossa mãe? O vosso avô? O vosso irmão? Não importava que ao tentar fechar os olhos e não pensar na vida miserável que têm, espetassem um pico nas costas ou na mão? E se fossem vocês, meus caros, que tiveram esta ideia brilhante...se fossem vocês a contar as esmolas do dia, enquanto espetavam um pico no cú? Soa mal, não é? Pois deve doer mais do que aquilo que soa, vos garanto.
Entretanto, multiplicaram-se outros exemplos: uma ponte na China cheia de mini-pirâmides que impedem pessoas de lá dormir, um parque no Japão com bancos redondos, feitos de modo a que seja impossível lá dormir.
Mas está tudo parvo agora???! A minha alma está de certeza.
Que pobreza de espírito... talvez os que tiveram esta ideia luminosa, tropecem nos ditos cujos e fiquem com a cara em obras. E mesmo assim, seria pouco.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Ode ao...Café!

Sou saudosista por Natureza e nostálgica de feitio.
Gosto de me lembrar do que fui, do que vi e por onde passei. Recordo mais coisas do que aquelas que poderia partilhar aqui.
Lembro-me até de anúncios da nossa infância. Um deles, fez-me inclusive, gostar mais do nascer do dia do que o pôr do sol e foi ainda mais longe do que isso. Fez-me gostar de café. Gostar mesmo a sério. Aquele gostar de fechar os olhos, só de pensar.
Quem não se lembra de uma jovem de cabelos encarolados, solto, num carocha branco à espera do nascer do dia, e com um ar visivelmente entediado.


De repente, lembra-se que tem algo para fazer café, dentro do carro. E começa aquela música...

I can see clearly now the rain is gone.
I can see all obstacles in my way.
Gone are the dark clouds that had me blind.
It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshiny day...


e o dia começa. Era da Nescafé e é o meu anúncio preferido de todos os tempos.
Não tenho vícios mas acho que o café é o mais parecido com isso mesmo.
Hoje, este post é dedicado a ti, meu querido café :)

Obrigada por me fazeres voltar atrás no tempo, sempre que encosto o teu sabor ao meu.
Obrigada pelas imagens que me trazes em catadupa e por todas as vezes em que te tornaste a melhor parte do dia. Todas as vezes que foste o único pedaço de céu à volta.
Nunca te bebi por necessidade, o meu sono é inesgotável e nunca me tiraste nem um minuto dele. Nunca tiveste o talento de me manter acordada. Mas consegues pôr-me ligada ao mais importante, aguçar-me os sentidos e fazer-me fechar os olhos só de te sentir por perto.
Casar-me-ia contigo senão pertencesses a mais ninguém, mas és das poucas preciosidades da vida, presente em tantas casas.
De manhã, à tarde ou à noite. Numa chávena pequena ou numa caneca que veio pelo Natal.
Obrigada por nunca me defraudares expectativas, por me organizares ideias, por me passares a mão pelo cabelo.
Numa tarde de sol ou numa noite chuvosa.

O cheiro fresquinho quando acabas de fazer, é e será sempre o melhor cheiro do Mundo.




segunda-feira, 9 de junho de 2014

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Obrigada :)

Criei este blogue em 2012, no ano do suposto fim do mundo e das profecias todas. Criei porque nasci a gostar de palavras, mesmo as que o vento leva e as que nunca chegamos a dizer. Fiz a Sala, da noite para o dia, sem sofás e sem cor nas paredes, só um texto pequeno, onde dizia "porque quando uma ideia faz barulho em nós, todo o mundo silencia".
Todos os dias eu partilhava alguma coisa, por mais estranha ou breve que fosse. Aos poucos, a Sala foi recebendo visitas. Coloquei mais sofás e poltronas, mandei vir cappuccinos e arrisquei pôr fotografias em molduras. As visitas foram aumentando e a minha admiração por todos que aqui passam, também.
Uns estão desde o início, outros apareceram mais tarde, outros chegaram agora e estão neste mesmo segundo, a perder uns minutos sentados aqui.
Hoje este post é para vocês. Para os que riem, para os choram aqui, para os que ficam a pensar, para os que desdenham, para os que abrem o blogue sem querer, para os que voltam, para os que se lembram de vez em quando. Para os que não gostam, para os que acham tudo assim assim, para os que vêm cá porque parece bem eu saber que vêm. Acima de tudo, para os que me lêem. Porque é precisamente aí, no lugar onde tudo chega, que me encosto a vocês.
You are my smile, my makeup!

Obrigada, infinitamente obrigada. Vocês são o silêncio mais cor de rosa da minha vida :)

Love & Passion

"Às vezes questiono-me se pensamos um no outro ao mesmo tempo. Se quando mais me recordo de ti, tu te estarás a lembrar de mim. Se quando sinto saudades, desse lado também sentes a minha falta. Se quando me assomas ao pensamento, eu estou a cruzar a tua mente. Se quando fecho os olhos e te vejo, tu me consegues olhar. Se quando te pressinto, tu me sentes.

Pergunto-me: alguma vez pensamos um no outro ao mesmo tempo?

Apaixonarmo-nos é relativamente fácil: um sorriso; uma química; uma conversa que desencaminha; um toque que se sente diferente; um sorriso que nos agrada. Apaixonarmo-nos pode acontecer quando menos se espera. Alguém pode fazer-nos acordar as borboletas que estavam adormecidas. Querer ir a correr só porque sim, mesmo que pareça não fazer sentido. Colocar-nos, até, o sorriso parvo nos lábios.

Apaixonarmo-nos é fácil. Difícil é permanecer longamente apaixonado. Pela mesma pessoa! Juntar a urgência da paixão à calma do amor. Continuar a que apeteçam os disparates do dia, mesmo quando a rotina se instala. Que só um toque nos arrepie como no primeiro momento. Quando se anseia um beijo, mesmo sabendo de cor o seu sabor.

A paixão é fácil. O amor nem sempre" - Rita Leston





quarta-feira, 4 de junho de 2014

Aquele momento...

...em que acordar em cima da hora + cúmulo da distração, me faz chegar assim ao trabalho.


Valeu-me a alma caridosa de uma colega, que me emprestou umas hawaianas! (Sim, Sofia, não viste este momento e agora estás a rir sem parar!)
Vou só ali esbofetear-me e volto já.