sábado, 16 de fevereiro de 2013

The Blind Side

Ontem, a minha sexta-feira, não me pareceu de todo uma sexta-feira.
Passei pela dentista (again!!!) para reconstruir o dente desvitalizado, ao som de músicas fantásticas de um rádio que lá tinham. Lembro-me de a dada altura, com não sei quantas ferramentas no dente, de tentar dançar com os olhos mal ouvi a voz da Françoise Hardy "Tous les garçons et les filles de mon âge
se promènent dans la rue deux par deux, tous les garçons et les filles de mon âge, savent bien ce que c'est d'être heureux...
" Foi a melhor parte do dia, tendo em conta que a equipa que me recebe é uma simpatia e ainda tem paciência para dar dois dedos de conversa a uma mulher que já só fala com metade da cara (sim, a anestesia ainda demora a desaparecer).
De seguida e já atrasada, fui para a Acupunctura e Tui Na (massagem de relaxamento) para travar a minha querida asma, que decidiu dar sinais com o frio de Madrid. Azar, voltava lá na mesma, mil vezes!!!
Conclusão, cheguei tarde a casa e ainda eram 22h não tinha acabado de jantar. Mastigar com meio lábio dá que fazer :/

A noite não correu lá muito bem e acordei com dor no dente que fui reconstruir...Brufen 600 em cima e siga para a vidinha! Eis que as horas mal dormidas e a moideira na dentadura me fez ficar de molho em casa, afundada no sofá, como já não fazia há muito tempo.
Pensava eu que ía ter um Sábado sem salvação possível, quando decidi que era uma boa ideia mergulhar num filme que há muito queria ver, de 2010, e que creio que esteve na corrida aos Óscares: The Blind Side, ou na tradução saloia do português que põe estes rótulos aos filmes, "Um sonho possível", com a cara laroca da Sandra Bullock.
A história é simples e comovente, fala de um lado humano e desumano, de como podemos mudar a vida de alguém se estivermos atentos e de coração aberto.
O enredo fala de um adolescente - Michael Oher (QUINTON AARON)- que sobrevive sozinho, vivendo como um sem-abrigo, quando é encontrado na rua por Leigh Anne Tuohy (a fofinha da SANDRA BULLOCK). Tomando conhecimento de que o miúdo é colega de turma de sua filha, Leigh Anne insiste que Michael — que veste apenas
bermudas e uma t-shirt em pleno inverno — a deixe resgatá-lo do frio. Sem hesitar por um momento sequer, ela convida-o a passar a noite em sua casa. O que começa com um gesto de bondade evolui para algo maior, pois Michael passa a fazer parte da família Tuohy, apesar de terem origens bem diferentes. Vivendo no novo ambiente, o adolescente tem de encarar outros desafios. E à medida que a família ajuda Michael a desenvolver todo o seu potencial, tanto no campo de futebol americano quanto fora dele, a presença de Michael na vida da família Tuohy conduz todos por uma jornada de auto-descoberta.




Não interessa a raça, a religião ou o chão que pisamos. Interessa a forma como vemos os outros, a forma como conseguimos viver com as nossas escolhas.
Chorei em várias fases do filme, sorri em tantas outras quando me revi na vontade de mudar a vida de alguém. Sorri ainda mais, quando no final nos é revelado que se trata de uma história real, de pessoas reais, que ainda são vivas e mantêm essa forma de vida.
O mais engraçado, é que no fundo quem realmente muda somos nós.

Ponham na vossa lista de filmes a ver, este enche o coração e faz com que os sábados cinzentos, pareçam um feriado bem luminoso!

9 comentários:

  1. Já vi este filme e adorei também...infelizmente o preconceito impede que mais histórias destas sejam realidade.
    Espero que já estejas melhor...:)

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  2. Querida Vânia, espero que te sintas bem melhor desse dentinho malvado!
    Já vi este filme duas vezes e adorei, também!
    A nossa amiga O. foi a casa dos senhores idosos e deixou-lhes a despensa cheia e os olhos a brilhar. Bendita seja. :)
    Beijinhos grandes e boa semana.

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  3. É um filme com uma história muito boa mesmo*

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  4. Já vi o filme. Passou recentemente na RTP1.Ameiiii, agarrou-me ao écran!
    Beijinho

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