segunda-feira, 24 de junho de 2013

24

Sempre gostei deste número.
O número deste blogue, que faz 1 ano daqui a um mês. O número de muitas pessoas importantes para mim.
O número do meu São João.
Possivelmente o mesmo número de vezes que embarquei naquele mar de gente, com amigos e com muita perna para andar.
O cheiro dos churrascos no ar, o sol quente, o céu cheio de candeeiros a voar e que afinal são só balões.
As músicas dos bailaricos, ao longe.
Os comboios de grupos de amigos a descerem a Avenida. Os chatos dos alhos porros.
As marteladas que aparecem sem contar. As levezinhas. As que doem, quando são as crianças a dar e cismam que é mais giro acertar com o cabo.
Os sumos. As cervejas. As filas aos balcões só por uma garrafa fresca.
Os encontrões. Os apertões e os "encolhe mais" para as ambulâncias passarem.
A RTP que está sempre lá no meio.
O fogo de artifício. Meu Deus, o fogo!!! Os olhos que não piscam, o corpo que nem se mexe de tão apertado no meio da multidão.
E as primeiras cores no céu. Quase 20 minutos sagrados.
O regresso à festa.
O andar sem destino. As barracas de cachorros quentes. As bifanas.
E a praia bem lá no fundo. Com ou sem fogueira.
Ninguém se conhece e toda a gente se fala.

Foi isto que perdi ontem. E senti tanta, tanta falta...

8 comentários:

  1. Opah, Miragaia??!!??
    De facto, não há S.João como o do Porto...

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  2. Oh...que pena que não tenhas ido. Agora só te resta organizar o teu próprio S.João e diverte-te à mesma. :)
    beijinho

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  3. Lembrei-me tanto de ti!

    "O Porto é uma menina a falar-me de outra idade.
    Quando olho para o Porto sinto que já não sou capaz
    de entender a sua voz delicada e, só por ouvir, sou
    um monstro que destrói. Mas os meus dedos são capazes
    de tocar-lhe nos ombros, de afastar-lhe os cabelos.
    Entre mim e o Porto, existem milímetros que são
    muito maiores do que quilómetros, mesmo quando
    os nossos lábios se tocam, sobretudo quando os nossos
    lábios se tocam. De que poderíamos falar, eu e o Porto,
    deitados na cama, a respirar, transpirados e nus?
    Eis uma pergunta que nunca terá resposta".


    José Luís Peixoto

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