Façam marcha atrás. Ponham a cabeça em looping. Desdobrem esses lençóis mentais e recuem um ano.
Precisamente um ano, nem mais nem menos.
Alguém se lembra do que desejou e projectou para 2014? Do que quiseram alcançar com a mesma força com que mordiam o lábio?
Das pessoas que não conheciam, das viagens que não tinham acontecido? Dos beijos ainda quentes, dos abraços que não se tinham desmanchado e aqueles que estavam prometidos? Alguém se lembra porque tinham chorado com o riso e porque tinham deixado de rir?
Temos só mais um mês para fechar 2014 na gaveta dos "Ainda bem que cá chegamos".
E que ano foi 2014...que ano!
Acho que foi o ano mais intermitente de sempre. Intermitente como aquelas luzes que ás vezes nos cegam, em que temos de decidir se as encaramos de vez ou se fechamos os olhos para não ferirem mais a vista.
Eu decidi que era o ano da verdade. Apaguei algumas luzes, mudei algumas lâmpadas, conheci outros focos de luz e renovei a minha energia.
Chorei. Calei-me também. Engoli em seco. Tive medo. Virei a mesa. Fui. Ri. Percebi. Aceitei. Perdoei. Sonhei. Arrisquei. Ouvi. Ouvi-me. Reconstruí. Renovei-me. Falhei. Acertei também.
E tenho precisamente mais um mês. Temos todos mais um mês. Igual a tantos que já passamos.
E se este conseguir ser ainda melhor?
E se este fizer com que haja aquele arrepio que traz a certeza do "É desta!" ou aquele sorriso do "Finalmente". O brinde do "Caramba, mereci isto!".
Vá, cabeça para cima, respirem fundo.
E venha ele.
domingo, 30 de novembro de 2014
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Já o fizeram?
A poesia de rua continua a esbarrar comigo e eu continuo a achar uma preciosidade.
E amanhã...É SEXTA!!!!
Beijinho de silêncio*
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Desculpem?!?
Sempre quis ser jornalista, entre outras paixões. Acabei na missão de Educadora e apenas leitora de jornais. Mesmo assim, tenho a certeza que até os meus miúdos escolheriam uma legenda melhor para estes senhores da Música. "Mais velhos e mais gordos?"?!?
Se isto fosse sobre as Doce, falaria de quê? Varizes e celulite? Perdoa-nos este Jornalismo, música portuguesa.
Se isto fosse sobre as Doce, falaria de quê? Varizes e celulite? Perdoa-nos este Jornalismo, música portuguesa.
sábado, 22 de novembro de 2014
Ainda.
Ainda não mergulhei em alto mar.
Ainda não escrevi um livro.
Ainda não fui mãe.
Ainda não consigo resistir a um bom sentido de humor.
Ainda não vi um concerto do John Mayer.
Ainda não deixei de gostar da Madonna.
Ainda não saio de casa sem perfume ou olhar uma única vez ao espelho.
Ainda não gosto de conduzir á chuva.
Ainda ninguém me roubou para dançar.
Ainda não aprendi a trocar um pneu.
Ainda não sei jogar xadrez.
Ainda não gritei na proa de um navio "I am the Queen of the world".
Ainda não visitei Itália.
Ainda não me canso de maus feitios.
Ainda não me esqueci da tua voz.
Ainda não tenho paciência para falsos moralismos.
Ainda não perdi a angústia de andar de avião.
Ainda não gosto de jogar ás cartas.
Ainda não aprendi a gostar de álcool.
Ainda não venci a asma.
Ainda não sei o que é viver sem saudades.
Ainda ninguém me convenceu que o pôr do sol é mais bonito do que o nascer do dia.
Ainda não vi estradas mais bonitas do que as do Alentejo.
Ainda não sei viver sem amigos.
Ainda me passo com filas de trânsito.
Ainda não deixei de dizer palavrões quando um gato se atravessa à frente do carro e me faz travar em sobressalto.
Ainda não me rendi ao acordo ortográfico.
Ainda não me esqueci do cheiro das torradas da minha avó paterna.
Ainda não passo sem café.
Ainda não tenho respostas para todas as perguntas.
Ainda ninguém me convenceu a gostar de ginástica.
Ainda não consigo resistir a chocolate.
Mas...já fui trabalhar de Pijama. E isso é e será sempre qualidade de vida!
Dia Nacional do Pijama 2014
Ainda não escrevi um livro.
Ainda não fui mãe.
Ainda não consigo resistir a um bom sentido de humor.
Ainda não vi um concerto do John Mayer.
Ainda não deixei de gostar da Madonna.
Ainda não saio de casa sem perfume ou olhar uma única vez ao espelho.
Ainda não gosto de conduzir á chuva.
Ainda ninguém me roubou para dançar.
Ainda não aprendi a trocar um pneu.
Ainda não sei jogar xadrez.
Ainda não gritei na proa de um navio "I am the Queen of the world".
Ainda não visitei Itália.
Ainda não me canso de maus feitios.
Ainda não me esqueci da tua voz.
Ainda não tenho paciência para falsos moralismos.
Ainda não perdi a angústia de andar de avião.
Ainda não gosto de jogar ás cartas.
Ainda não aprendi a gostar de álcool.
Ainda não venci a asma.
Ainda não sei o que é viver sem saudades.
Ainda ninguém me convenceu que o pôr do sol é mais bonito do que o nascer do dia.
Ainda não vi estradas mais bonitas do que as do Alentejo.
Ainda não sei viver sem amigos.
Ainda me passo com filas de trânsito.
Ainda não deixei de dizer palavrões quando um gato se atravessa à frente do carro e me faz travar em sobressalto.
Ainda não me rendi ao acordo ortográfico.
Ainda não me esqueci do cheiro das torradas da minha avó paterna.
Ainda não passo sem café.
Ainda não tenho respostas para todas as perguntas.
Ainda ninguém me convenceu a gostar de ginástica.
Ainda não consigo resistir a chocolate.
Mas...já fui trabalhar de Pijama. E isso é e será sempre qualidade de vida!
Dia Nacional do Pijama 2014
domingo, 16 de novembro de 2014
A vida em camadas.
Detesto cebola. Desde sempre. Aliás, vou reformular: gosto só dela crua. Tudo o resto esqueçam. Minto, também gosto das camadas...porque também as tenho. Já aqui tinha dito que sou muito básica, a típica "girl next door" mas apesar de me acharem muito óbvia ou fácil de decifrar, não o sou assim tanto. Tenho várias camadas em mim, vários traços que nem sempre partilho ou não tenho paciência para explicar ou dizer que não é bem assim.
"A Vânia é distraída" - sim, sou e muito. Mas nem sempre. Dentro da distracção, tenho um olhar raio X que observa e vê o que é mais importante.
"A Vânia está sempre bem disposta" - mostro isso sim, porque acredito que boa energia gera boa energia e o meu sorriso pode salvar o dia de alguém, mesmo que a mim nem me apeteça sorrir. E nem sempre me apetece. Hoje é um deles. Não me apetece e pronto. Não vos negaria nada, mas sozinha no meu canto, não me apetece sorrir, estou como o tempo.
Não gosto de julgar nem criticar ninguém, evito fazer juízos de valor e defenso ao máximo que "nem tudo o que parece, é". Sou humana e isso explica tudo, não é?
"A Vânia faz, ela não se importa" - nem sempre. Há tantas vezes que gostava que me perguntassem o que eu realmente quero. Ou pensassem que talvez por fazer sempre algo, que me reserve ao direito das excepções.
"A Vânia está óptima, foi ela que decidiu assim" - só porque mudamos o rumo ou tomamos uma decisão, seja ela qual for, não quer dizer que não haja um processo custoso e eu passo sempre por algum. Já mudei tantas vezes o rumo da minha vida, já abri mão de tanta gente em prol do bem delas ou do meu. E em todas as situações fechei os olhos e respirei fundo.
"Vânia, está a tocar Mafalda Veiga, não és tu que só gostas disto?" - adorava que alguém percebesse que há tanta coisa que ouço, distinta uma da outra, mas que gosto tanto de ouvir. Sei que nunca disse porque não tenho de ser um jornal aberto: adoro Josh Groban e só quem realmente percebe a minha maneira de ser, consegue lá chegar. E eu adoro não ter que ser eu a dizer.
"A Vânia tem uma paciência de Jó" - já tive mais, muito mais. A vida vai dando ou retirando as doses certas para cada momento.
" A Vânia gosta de teatro, música, de falar, de escrever..." - eu gosto mesmo é de PESSOAS. E chegar a elas. A provocar emoções, a inseri-las em emoções tiradas delas próprias.
"Temos de ser verdadeiros, transparentes" - não confundam genuinidade com privacidade. Ninguém tem de mostrar mesmo o que é. Quem disse que sim? Temos de agir de acordo com a nossa vontade, isso sim. Temos de ser francos. Mas transparentes...nem sempre.
Então o que podemos esperar dessas pessoas, perguntam vocês? Não se trata de esperar, trata-se de entender que a pessoa à vossa frente é muito mais do que aquilo que mostra, há sempre algo que preservamos numa das camadas, por isso o juízo de valor é sempre o pior caminho.
Todos nós temos camadas. Sub - camadas. E sub-minicamadas.
Todos nós temos segredos dentro de segredos.
Todos nós somos mais um pouco do que aquilo que os outros vêm.
Todos nós temos uma vida em camadas, mesmo que ninguém as conheça todas. Mesmo que façamos silêncio perante cada uma :)
Boa semana silenciosos***
(sim, sou eu na foto)
"A Vânia é distraída" - sim, sou e muito. Mas nem sempre. Dentro da distracção, tenho um olhar raio X que observa e vê o que é mais importante.
"A Vânia está sempre bem disposta" - mostro isso sim, porque acredito que boa energia gera boa energia e o meu sorriso pode salvar o dia de alguém, mesmo que a mim nem me apeteça sorrir. E nem sempre me apetece. Hoje é um deles. Não me apetece e pronto. Não vos negaria nada, mas sozinha no meu canto, não me apetece sorrir, estou como o tempo.
Não gosto de julgar nem criticar ninguém, evito fazer juízos de valor e defenso ao máximo que "nem tudo o que parece, é". Sou humana e isso explica tudo, não é?
"A Vânia faz, ela não se importa" - nem sempre. Há tantas vezes que gostava que me perguntassem o que eu realmente quero. Ou pensassem que talvez por fazer sempre algo, que me reserve ao direito das excepções.
"A Vânia está óptima, foi ela que decidiu assim" - só porque mudamos o rumo ou tomamos uma decisão, seja ela qual for, não quer dizer que não haja um processo custoso e eu passo sempre por algum. Já mudei tantas vezes o rumo da minha vida, já abri mão de tanta gente em prol do bem delas ou do meu. E em todas as situações fechei os olhos e respirei fundo.
"Vânia, está a tocar Mafalda Veiga, não és tu que só gostas disto?" - adorava que alguém percebesse que há tanta coisa que ouço, distinta uma da outra, mas que gosto tanto de ouvir. Sei que nunca disse porque não tenho de ser um jornal aberto: adoro Josh Groban e só quem realmente percebe a minha maneira de ser, consegue lá chegar. E eu adoro não ter que ser eu a dizer.
"A Vânia tem uma paciência de Jó" - já tive mais, muito mais. A vida vai dando ou retirando as doses certas para cada momento.
" A Vânia gosta de teatro, música, de falar, de escrever..." - eu gosto mesmo é de PESSOAS. E chegar a elas. A provocar emoções, a inseri-las em emoções tiradas delas próprias.
"Temos de ser verdadeiros, transparentes" - não confundam genuinidade com privacidade. Ninguém tem de mostrar mesmo o que é. Quem disse que sim? Temos de agir de acordo com a nossa vontade, isso sim. Temos de ser francos. Mas transparentes...nem sempre.
Então o que podemos esperar dessas pessoas, perguntam vocês? Não se trata de esperar, trata-se de entender que a pessoa à vossa frente é muito mais do que aquilo que mostra, há sempre algo que preservamos numa das camadas, por isso o juízo de valor é sempre o pior caminho.
Todos nós temos camadas. Sub - camadas. E sub-minicamadas.
Todos nós temos segredos dentro de segredos.
Todos nós somos mais um pouco do que aquilo que os outros vêm.
Todos nós temos uma vida em camadas, mesmo que ninguém as conheça todas. Mesmo que façamos silêncio perante cada uma :)
Boa semana silenciosos***
(sim, sou eu na foto)
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
A verdade da mentira.
Acho graça ás pessoas que se dedicam aos mais fabulosos Estudos e Estatísticas sobre diversos e variados assuntos.
Nas redes sociais, volta e meia, há quem partilhe o mais recente Estudo sobre assuntos que não lembram ninguém...do género: "Pessoas que ingerem álcool vivem mais anos" - aposto que foi escrito por alguém já em coma alcoólico ou um fã do Jorge Palma, que sonha ardentemente que o próprio viva até aos 120. E se isto for verdade, acabamos de descobrir o segredo do Manoel de Oliveira.
Há também aquele muito partilhado por aí de "Os irmãos mais novos são mais inteligentes" - a ser verdade, é bom que os filhos únicos como eu, nasçam com uma dose bem concentrada, o que me parece que confere ;) ahahah
E já leram aquele Estudo de "Pessoas com mau feitio são mais saudáveis"? - a sério que há pessoas que se dedicam a comparar este tipo de padrões? "o que vais fazer hoje? - Pá, se calhar vou tentar perceber porque é que o velho da mercearia com aquele mau feitio, nunca teve nenhum badagaio". Pois se isto for verdade, o cão do meu vizinho ainda vai ladrar muitos anos.
Hoje, por exemplo, li um Estudo que afirmava "Mães depois dos 33 anos, vivem mais anos" - ufa, que alívio! Isso quer dizer que ainda vou a tempo e que posso atravessar a estrada à vontadinha, meter os dedos na tomada, que nada me acontecerá!! Pois claro.
E aqueles ditados que andam de boca em boca e que de tanto se ouvirem, se tornam verdades absolutas?
"As crianças dizem sempre a verdade" - o maior dos mitos meus caros, o maior!!!
"Natal é quando um homem quiser" - Era o que faltava! Não, não é e ainda bem!!! (quem trabalha na área da Educação, percebe-me bem)
Enfim, nestes dez minutos devo ter perdido algum Estudo novo e tenho de me manter actualizada. Ás tantas já deve haver uma relação sobre os dias de chuva e a roupa interior às bolinhas.
O que vale...é que amanhã já é Sexta!!!
Nas redes sociais, volta e meia, há quem partilhe o mais recente Estudo sobre assuntos que não lembram ninguém...do género: "Pessoas que ingerem álcool vivem mais anos" - aposto que foi escrito por alguém já em coma alcoólico ou um fã do Jorge Palma, que sonha ardentemente que o próprio viva até aos 120. E se isto for verdade, acabamos de descobrir o segredo do Manoel de Oliveira.
Há também aquele muito partilhado por aí de "Os irmãos mais novos são mais inteligentes" - a ser verdade, é bom que os filhos únicos como eu, nasçam com uma dose bem concentrada, o que me parece que confere ;) ahahah
E já leram aquele Estudo de "Pessoas com mau feitio são mais saudáveis"? - a sério que há pessoas que se dedicam a comparar este tipo de padrões? "o que vais fazer hoje? - Pá, se calhar vou tentar perceber porque é que o velho da mercearia com aquele mau feitio, nunca teve nenhum badagaio". Pois se isto for verdade, o cão do meu vizinho ainda vai ladrar muitos anos.
Hoje, por exemplo, li um Estudo que afirmava "Mães depois dos 33 anos, vivem mais anos" - ufa, que alívio! Isso quer dizer que ainda vou a tempo e que posso atravessar a estrada à vontadinha, meter os dedos na tomada, que nada me acontecerá!! Pois claro.
E aqueles ditados que andam de boca em boca e que de tanto se ouvirem, se tornam verdades absolutas?
"As crianças dizem sempre a verdade" - o maior dos mitos meus caros, o maior!!!
"Natal é quando um homem quiser" - Era o que faltava! Não, não é e ainda bem!!! (quem trabalha na área da Educação, percebe-me bem)
Enfim, nestes dez minutos devo ter perdido algum Estudo novo e tenho de me manter actualizada. Ás tantas já deve haver uma relação sobre os dias de chuva e a roupa interior às bolinhas.
O que vale...é que amanhã já é Sexta!!!
terça-feira, 11 de novembro de 2014
E esta que não me sai da cabeça...
Mikkel Solnado Feat. Joana Alegre´
"E Agora?"
O que foi feito de ti?
Eras perfeita em mim.
Será que te foste tentar encontrar?
Que te foste libertar?
Esperei tanto por ti
E caiu-me um manto em mim...
Será que te perdeste a caminhar?
Ou foi só para me castigar?
E agora, será que te perdi?
E agora, se terminar aqui
O que será de mim, sem ti?
Corri o mundo por ti,
Mas o mundo correu sem mim
Será que tu partiste para além mar
Só para me abandonar?
E agora, será que te perdi?
E agora, se terminar aqui
O que será de mim, sem ti?
Não fiques para trás meu bem,
Não quero que te percas por aí
Nesta selva de betão,
É só confusão...
E agora, será que te perdi?
E agora, se terminar aqui
O que será de mim, sem ti?
"E Agora?"
O que foi feito de ti?
Eras perfeita em mim.
Será que te foste tentar encontrar?
Que te foste libertar?
Esperei tanto por ti
E caiu-me um manto em mim...
Será que te perdeste a caminhar?
Ou foi só para me castigar?
E agora, será que te perdi?
E agora, se terminar aqui
O que será de mim, sem ti?
Corri o mundo por ti,
Mas o mundo correu sem mim
Será que tu partiste para além mar
Só para me abandonar?
E agora, será que te perdi?
E agora, se terminar aqui
O que será de mim, sem ti?
Não fiques para trás meu bem,
Não quero que te percas por aí
Nesta selva de betão,
É só confusão...
E agora, será que te perdi?
E agora, se terminar aqui
O que será de mim, sem ti?
Mas porque é que ninguém me avisou?
Estão a ver aquele filme que deixamos escapar no cinema e andamos com ele engasgado, meses a fio, até o conseguirmos ver?
Foi tal e qual o que me aconteceu com este,
O que ninguém me disse foi que, sendo eu uma chorona nata, credenciada pelos lenços Renova e mestre em chorar em todas as situações possiveis e imaginárias, me tinha que preparar para um rio lacrimal. Mas daqueles à séria!!! Não se faz minha gente, não se faz.
É um filme de Domingo à tarde? É.
Já sabia que era uma história de amor? Sim.
Mas puxa...tenham piedade de mim!!
A história conta-nos como Hazel (cuja actriz tem a voz mais doce de sempre!) e Augustus Waters (aquele miúdo com pinta de ser o mais popular no liceu e que achamos que nunca, mas nunca irá olhar para nós, a não ser para nos passar à frente na fila do refeitório) se apaixonam, quando se conhecem num grupo de apoio e a maneira extraordinária como ambos encaram o pouco tempo que têm para aproveitar a vida. Ambos têm doenças terminais que, aparentemente, estão controladas durante tempo suficiente para viver com alguma "normalidade". As vidas de Hazel e Augustus sofrem um revés e é aí que dói. Não desatam a fazer tudo o que lhes apetece, mas desatam a querer sentir as coisas. Permitem-se a amar. A viver o "infinito" deles, dentro dos dias contados.
E há sempre alguém que parte primeiro. E há sempre alguém que sofre primeiro pela perda do outro.
E deve doer tanto, tanto.
E como me lembrei da Alice e do Vítor (http://saladosilenciocorderosa.blogspot.pt/2013/09/26.html), de toda a história de amor deles e de ela me dizer mais do que uma vez, que não importa o pouco tempo que o "sentiu com ela", porque soube o que era o verdadeiro amor. Dentro de um tempo que pressentia que ia acabar. Foi uma espécie de "para sempre".
Enfim, gostei muito mas só sei que me fartei de chorar, com direito a tremeliques e tudo. Chiça penico!
(Só quem viu o filme, perceberá esta última imagem...Certo? Certo.)
Foi tal e qual o que me aconteceu com este,
O que ninguém me disse foi que, sendo eu uma chorona nata, credenciada pelos lenços Renova e mestre em chorar em todas as situações possiveis e imaginárias, me tinha que preparar para um rio lacrimal. Mas daqueles à séria!!! Não se faz minha gente, não se faz.
É um filme de Domingo à tarde? É.
Já sabia que era uma história de amor? Sim.
Mas puxa...tenham piedade de mim!!
A história conta-nos como Hazel (cuja actriz tem a voz mais doce de sempre!) e Augustus Waters (aquele miúdo com pinta de ser o mais popular no liceu e que achamos que nunca, mas nunca irá olhar para nós, a não ser para nos passar à frente na fila do refeitório) se apaixonam, quando se conhecem num grupo de apoio e a maneira extraordinária como ambos encaram o pouco tempo que têm para aproveitar a vida. Ambos têm doenças terminais que, aparentemente, estão controladas durante tempo suficiente para viver com alguma "normalidade". As vidas de Hazel e Augustus sofrem um revés e é aí que dói. Não desatam a fazer tudo o que lhes apetece, mas desatam a querer sentir as coisas. Permitem-se a amar. A viver o "infinito" deles, dentro dos dias contados.
E há sempre alguém que parte primeiro. E há sempre alguém que sofre primeiro pela perda do outro.
E deve doer tanto, tanto.
E como me lembrei da Alice e do Vítor (http://saladosilenciocorderosa.blogspot.pt/2013/09/26.html), de toda a história de amor deles e de ela me dizer mais do que uma vez, que não importa o pouco tempo que o "sentiu com ela", porque soube o que era o verdadeiro amor. Dentro de um tempo que pressentia que ia acabar. Foi uma espécie de "para sempre".
Enfim, gostei muito mas só sei que me fartei de chorar, com direito a tremeliques e tudo. Chiça penico!
(
domingo, 9 de novembro de 2014
Chapitô, meu amô!
Ainda eu morava no Porto, já ouvia falar no Chapitô. Pela Tv, pelos Magazines de Cultura e sempre que a Teresa Ricou (mentora e directora do Projecto) aparecia por este ou aquele motivo.
Para quem gosta das Expressões, o Chapitô (Escola de Circo, arte essa que curiosamente não sou muito fã) é O sítio a ir. É O lugar para estar.
O Chapitô é uma organização não governamental situada na Costa do Castelo em Lisboa, com uma vista de cortar a respiração, num espaço pluridisciplinar onde se desenvolvem actividades em três áreas distintas em permanente articulação: Apoio Social, Formação e Cultura.
Como associação cultural sem fins lucrativos, ONG e Instituição Particular de Solidariedade Social, com estatuto de Superior Interesse Social e Manifesto Interesse Cultural, tem como matriz a intervenção e integração social através das artes.
O que eu não sabia e fiquei a saber, no ano em que me mudei para cá,2009, o Chapitô foi o vencedor do Prémio Gulbenkian Beneficência 2009, sendo reconhecido o mérito do esforço desenvolvido com vista à reinserção social e capacitação profissional, essencialmente orientada para os jovens.
Um sítio com uma carga emocional enorme, que nos coloca um bichinho que rói rói rói e não sai mais.
Fui lá esta Sexta Feira que passou e fiquei apaixonada. Mal pus o pé lá dentro, senti borboletas na barriga e num suspiro, percebi que o Chapitô entrava para o meu Top 5 dos lugares que aquecem o coração.
Mal entrei lá, dei de caras com a loja deles, onde há de tudo um pouco referente ás artes do espectáculo, artigos de artesanato e algumas brincadeiras com crítica social, como estes bonecos de Voodoo,
Somos depois brindados com uma série de pormenores circenses, românticos e líricos, e até frases mágicas que nos envolvem do início ao fim.
Lá dentro, tudo se torna intimista, a meia luz, tal e qual a vida se torna quando nos viramos mais para nós, quando nos permitimos sentir!
E claro...foi mais uma vez o Teatro que me levou a conhecer este espaço. "A Culpa é do Mordomo" é uma comédia bem portuguesa, com muitos momentos de chorar a rir. Conheço pessoalmente um dos actores e recomendo vivamente a peça, não se irão arrepender!
Obrigada Pedro Luzindro ( o próprio do Mordomo!) pela simpatia pós-espectáculo, por nos receberes tão bem, pelo talento que mostras e por manteres o teatro ao nível que eu gosto de ver: o que faz a gargalhada sair, os olhos ficarem sem piscar e o coração a bater palmas.
Visitem o Chapitô, vejam a peça e sejam felizes :)
Para quem gosta das Expressões, o Chapitô (Escola de Circo, arte essa que curiosamente não sou muito fã) é O sítio a ir. É O lugar para estar.
O Chapitô é uma organização não governamental situada na Costa do Castelo em Lisboa, com uma vista de cortar a respiração, num espaço pluridisciplinar onde se desenvolvem actividades em três áreas distintas em permanente articulação: Apoio Social, Formação e Cultura.
Como associação cultural sem fins lucrativos, ONG e Instituição Particular de Solidariedade Social, com estatuto de Superior Interesse Social e Manifesto Interesse Cultural, tem como matriz a intervenção e integração social através das artes.
O que eu não sabia e fiquei a saber, no ano em que me mudei para cá,2009, o Chapitô foi o vencedor do Prémio Gulbenkian Beneficência 2009, sendo reconhecido o mérito do esforço desenvolvido com vista à reinserção social e capacitação profissional, essencialmente orientada para os jovens.
Um sítio com uma carga emocional enorme, que nos coloca um bichinho que rói rói rói e não sai mais.
Fui lá esta Sexta Feira que passou e fiquei apaixonada. Mal pus o pé lá dentro, senti borboletas na barriga e num suspiro, percebi que o Chapitô entrava para o meu Top 5 dos lugares que aquecem o coração.
Mal entrei lá, dei de caras com a loja deles, onde há de tudo um pouco referente ás artes do espectáculo, artigos de artesanato e algumas brincadeiras com crítica social, como estes bonecos de Voodoo,
Somos depois brindados com uma série de pormenores circenses, românticos e líricos, e até frases mágicas que nos envolvem do início ao fim.
Lá dentro, tudo se torna intimista, a meia luz, tal e qual a vida se torna quando nos viramos mais para nós, quando nos permitimos sentir!
E claro...foi mais uma vez o Teatro que me levou a conhecer este espaço. "A Culpa é do Mordomo" é uma comédia bem portuguesa, com muitos momentos de chorar a rir. Conheço pessoalmente um dos actores e recomendo vivamente a peça, não se irão arrepender!
Obrigada Pedro Luzindro ( o próprio do Mordomo!) pela simpatia pós-espectáculo, por nos receberes tão bem, pelo talento que mostras e por manteres o teatro ao nível que eu gosto de ver: o que faz a gargalhada sair, os olhos ficarem sem piscar e o coração a bater palmas.
Visitem o Chapitô, vejam a peça e sejam felizes :)
sábado, 8 de novembro de 2014
Girls´s Stuff #10
Quem disse que os dias de chuva não têm a sua piada?
Sim, sou fã de galochas e não quero saber se passo por parola ou não.
Estou que nem posso com as minhas bebés!
Sim, sou fã de galochas e não quero saber se passo por parola ou não.
Estou que nem posso com as minhas bebés!
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Feelings
Quem me conhece bem, sabe que me encosto ao invulgar da distracção e que despassarada é o meu nome do meio. Mas sinto tudo.
Já tentei limar algumas arestas, já me tentei superar mas sou mesmo assim. E já desisti de não o ser. Meto-me por ruas e vielas e acabo sempre a rir-me de mim própria. Gosto de me sentir assim. Distraio-me à grande e perco-me de forma perfeita...sempre. Falho uma, duas e três vezes.
Já menti, já omiti. Já prometi em desespero e já jurei em euforia. Já deixei de cumprir. E senti tudo isso.
Aprendi a diverti-me no insólito dos meus dias. A lembrar-me dos não-beijos e os não-abraços, como trampolim para uma paixão que esteja do outro lado da porta. E imagino que a sinto.
Não gosto de rir "mais ou menos", não gosto de tempo "morno" ou de uma história "assim-assim". Gosto de ser intensa. E de sentir. De me rir alto durante 5 segundos e outros cinco segundos passado um bom bocado. Gosto de cair de cansaço em cima da cama, com vontade, mesmo que nem tenha aberto os lençóis. E sentir o impacto. Prefiro contar que troquei os sapatos e saí assim para a rua, do que não ter nenhum episódio para me lembrar.
Gosto de chorar com os filmes, de cantar alto nas viagens de carro e tentar disfarçar quando chego à janelinha da portagem. E sentir o que fiz.
Fecho os olhos quando danço e mordo o lábio com vontade. E sinto.
Nunca entorno pouca água, faço sempre uma bela asneira e um rio para formigas.
Quando me queimo sai-me sempre um "Ah F***-se!" e sou perita em ficar roxa de dor quando deixo o dedo mindinho na perna da mesa, e mesmo assim com força para ainda dizer outro "F***********************-seeeeee" mas mais longo. Doeu só de pensarem, aposto. Pois, eu senti-vos.
Porque ou se sente, ou não se sente.
Ou há arrepios ou não há.
Ou se morre de vez em quando em vida ou então nada vale a pena.
Já tentei limar algumas arestas, já me tentei superar mas sou mesmo assim. E já desisti de não o ser. Meto-me por ruas e vielas e acabo sempre a rir-me de mim própria. Gosto de me sentir assim. Distraio-me à grande e perco-me de forma perfeita...sempre. Falho uma, duas e três vezes.
Já menti, já omiti. Já prometi em desespero e já jurei em euforia. Já deixei de cumprir. E senti tudo isso.
Aprendi a diverti-me no insólito dos meus dias. A lembrar-me dos não-beijos e os não-abraços, como trampolim para uma paixão que esteja do outro lado da porta. E imagino que a sinto.
Não gosto de rir "mais ou menos", não gosto de tempo "morno" ou de uma história "assim-assim". Gosto de ser intensa. E de sentir. De me rir alto durante 5 segundos e outros cinco segundos passado um bom bocado. Gosto de cair de cansaço em cima da cama, com vontade, mesmo que nem tenha aberto os lençóis. E sentir o impacto. Prefiro contar que troquei os sapatos e saí assim para a rua, do que não ter nenhum episódio para me lembrar.
Gosto de chorar com os filmes, de cantar alto nas viagens de carro e tentar disfarçar quando chego à janelinha da portagem. E sentir o que fiz.
Fecho os olhos quando danço e mordo o lábio com vontade. E sinto.
Nunca entorno pouca água, faço sempre uma bela asneira e um rio para formigas.
Quando me queimo sai-me sempre um "Ah F***-se!" e sou perita em ficar roxa de dor quando deixo o dedo mindinho na perna da mesa, e mesmo assim com força para ainda dizer outro "F***********************-seeeeee" mas mais longo. Doeu só de pensarem, aposto. Pois, eu senti-vos.
Porque ou se sente, ou não se sente.
Ou há arrepios ou não há.
Ou se morre de vez em quando em vida ou então nada vale a pena.
Vou ali e venho já...
...para decidir se me descabelo toda ou continuo aos gritos, por um dos meus escritores de eleição, que já me fez sonhar tanto com as palavras, me ter dado a sua opinião sobre alguns textos escritos aqui na Sala.
Mais densa...é para já Sr. Pedro!
Obrigada, mil vezes :)))
Mais densa...é para já Sr. Pedro!
Obrigada, mil vezes :)))
terça-feira, 4 de novembro de 2014
domingo, 2 de novembro de 2014
3 filmes. 2 restaurantes. 1 concerto.
Com o tempo, fui perdendo o hábito de partilhar o que vou conhecendo e de vos passar as minhas sugestões. Não se trata de preguiça, mas talvez vontade de "recolher" mais informação para fazer depois um texto como este: cheio de tudo, com alma e vontade.
Há por aí amantes de cinema? Então juntem-se a mim:)
Confesso que quando vi este cartaz, não dei nada por ele. Mesmo assim, arrisquei e foi o melhor que fiz.
"Entre 1983 e 2005, durante os terríveis anos da Guerra Civil que assolou o Sudão, estima-se que mais de dois milhões de pessoas tenham perdido a vida. Em busca de abrigo, um sem-número de famílias deixou as suas casas e seguiu em direcção a campos de refugiados. Devido à situação caótica em que viviam, perto de 27 mil crianças foram separadas dos pais, fazendo o trajecto sozinhas. Eram estes os "lost boys/girls", crianças de todas as idades que, fugindo aos perigos e, muitas vezes, acompanhadas pelos irmãos, percorriam milhares de quilómetros para alcançar os campos. Alguns anos mais tarde, um esforço humanitário levou para os EUA algumas destas crianças".
Uma realidade recente, muito recente, assustadoramente real. Com que direito se tira a vida a alguém? Com que direito se definem outras vidas à força? Chorei, ri-me, senti o coração apertadinho e fiquei incrédula, no final, quando nos é revelado que os principais actores sãos os PRÓPRIOS refugiados. Vejam! Este é um verdadeiro soco no estômago, mas daqueles que não abrem ferida, abrem a mente!
É o filme que todos falam, é verdade, mas não o fui ver por isso. Fui ver porque conheço o actor de teatros amadores e gosto do seu trabalho.
Fui agradavelmente surpreendida, mas gostei mais das paisagens e vistas de Lisboa (lindas!) e da banda sonora (Ana Moura e não só) do que o argumento. Conta a história de Jó que é expulso de casa pelo pai no dia em que faz anos. Sem ter sítio para onde ir, refugia-se no terraço do prédio de Rosa, que acabou de perder o marido. Ele tem 18 anos e ela 73. É o mote para uma amizade fora de série. Com realização de António-Pedro Vasconcelos ("Jaime"), é uma história incomum sobre o amor e a amizade entre dois seres que, contra todas as probabilidades, se completam nas suas diferenças.
Preparem-se apenas para o tipo de vocabulário que continuam a insistir em usar, como se nós portugueses disséssemos sete palavrões em cada dez palavras. Sei que pode dar mais ênfase ao texto e puxa a gargalhada em muitas situações, mas chega a um ponto que é falta de gosto.
Tirando isso, vale a pena ver!
Grande, grande filme!!! Um dos melhores do ano e imperdível. A adaptação do best-seller de Gillian Flynn (no original, "Gone Girl") conta uma história sórdida entre várias camadas de ilusão, mentiras e frenesim mediático; uma história que se alicerça no poder do storytelling (tanto no próprio enredo, como nos utilizados mecanismos para o trazer à vida) e na eterna contenda entre a percepção e a realidade.
Sagaz, cáustico e perverso, parte como uma exploração fascinante sobre narrativas duvidosas e do poder escorregadio dos media, capaz de agarrar ideias profundas sobre a identidade pessoal, a forma como nos apresentamos perante o outro e as relações, e transpô-las para um enredo metafórico que serve totalmente as necessidades de entretenimento do público moderno.
Vejam!!!
Toda a gente que me conhece sabe que fico vidrada de uma boa vista, de uma boa paisagem. De tal maneira, que quase morro para o resto à minha volta.
Há dois sítios em Lisboa, distintos entre eles, quer em preço quer em conceito, que em comum têm um postal vivo de Lisboa, enquanto comemos.
Noo Bai - A dois passos do Bairro Alto e Chiado.
o espaço é simpático e confortável, as esplanadas bem dispostas, o salão interior bonito e viajado, a banda sonora escolhida a dedo, as sugestões de bebidas e comidas são airosas...
La Paparrucha - No Príncipe Real.
Este tira o fôlego, mal entramos! É um sítio diferente, com qualidade nos pratos, simpatia no atendimento e uma envolvência de cair o queixo. O preço também faz-nos cair qualquer coisa, é daqueles restaurantes bons para ir uma vez ou duas no ano e já é uma festa!
Para acabar o dia em beleza, que tal um concerto a fazer recordar velhos tempos?
Sara Tavares
Ainda era pequena quando te vi pela primeira vez, tímida, no concurso sensação da altura. Segui-te desde então, sabia que serias a Estrela das Estrelas no meio da Chuva. E fui, na Sexta, outra vez pequena, ao aplaudir-te como se fosse a primeira vez!
Sala cheia, coração cheio, num Teatro lindo de morrer, a fazer jus a todo o espectáculo! Cantar o "Bom feeling" de braços abertos e olhos fechados, com toda a gente de pé, é uma imagem que dificilmente vou esquecer.
E por me sentir uma miúda, fui vestida como uma miúda!! (momento de gajas agora, desculpem!)
Quem me conhece, sabe que NUNCA uso calções ou saias. Mas viva ás excepções :)))
Um bem hajas Sara!!!
Bom Domingo silenciosos :)
Há por aí amantes de cinema? Então juntem-se a mim:)
Confesso que quando vi este cartaz, não dei nada por ele. Mesmo assim, arrisquei e foi o melhor que fiz.
"Entre 1983 e 2005, durante os terríveis anos da Guerra Civil que assolou o Sudão, estima-se que mais de dois milhões de pessoas tenham perdido a vida. Em busca de abrigo, um sem-número de famílias deixou as suas casas e seguiu em direcção a campos de refugiados. Devido à situação caótica em que viviam, perto de 27 mil crianças foram separadas dos pais, fazendo o trajecto sozinhas. Eram estes os "lost boys/girls", crianças de todas as idades que, fugindo aos perigos e, muitas vezes, acompanhadas pelos irmãos, percorriam milhares de quilómetros para alcançar os campos. Alguns anos mais tarde, um esforço humanitário levou para os EUA algumas destas crianças".
Uma realidade recente, muito recente, assustadoramente real. Com que direito se tira a vida a alguém? Com que direito se definem outras vidas à força? Chorei, ri-me, senti o coração apertadinho e fiquei incrédula, no final, quando nos é revelado que os principais actores sãos os PRÓPRIOS refugiados. Vejam! Este é um verdadeiro soco no estômago, mas daqueles que não abrem ferida, abrem a mente!
É o filme que todos falam, é verdade, mas não o fui ver por isso. Fui ver porque conheço o actor de teatros amadores e gosto do seu trabalho.
Fui agradavelmente surpreendida, mas gostei mais das paisagens e vistas de Lisboa (lindas!) e da banda sonora (Ana Moura e não só) do que o argumento. Conta a história de Jó que é expulso de casa pelo pai no dia em que faz anos. Sem ter sítio para onde ir, refugia-se no terraço do prédio de Rosa, que acabou de perder o marido. Ele tem 18 anos e ela 73. É o mote para uma amizade fora de série. Com realização de António-Pedro Vasconcelos ("Jaime"), é uma história incomum sobre o amor e a amizade entre dois seres que, contra todas as probabilidades, se completam nas suas diferenças.
Preparem-se apenas para o tipo de vocabulário que continuam a insistir em usar, como se nós portugueses disséssemos sete palavrões em cada dez palavras. Sei que pode dar mais ênfase ao texto e puxa a gargalhada em muitas situações, mas chega a um ponto que é falta de gosto.
Tirando isso, vale a pena ver!
Grande, grande filme!!! Um dos melhores do ano e imperdível. A adaptação do best-seller de Gillian Flynn (no original, "Gone Girl") conta uma história sórdida entre várias camadas de ilusão, mentiras e frenesim mediático; uma história que se alicerça no poder do storytelling (tanto no próprio enredo, como nos utilizados mecanismos para o trazer à vida) e na eterna contenda entre a percepção e a realidade.
Sagaz, cáustico e perverso, parte como uma exploração fascinante sobre narrativas duvidosas e do poder escorregadio dos media, capaz de agarrar ideias profundas sobre a identidade pessoal, a forma como nos apresentamos perante o outro e as relações, e transpô-las para um enredo metafórico que serve totalmente as necessidades de entretenimento do público moderno.
Vejam!!!
Toda a gente que me conhece sabe que fico vidrada de uma boa vista, de uma boa paisagem. De tal maneira, que quase morro para o resto à minha volta.
Há dois sítios em Lisboa, distintos entre eles, quer em preço quer em conceito, que em comum têm um postal vivo de Lisboa, enquanto comemos.
Noo Bai - A dois passos do Bairro Alto e Chiado.
o espaço é simpático e confortável, as esplanadas bem dispostas, o salão interior bonito e viajado, a banda sonora escolhida a dedo, as sugestões de bebidas e comidas são airosas...
La Paparrucha - No Príncipe Real.
Este tira o fôlego, mal entramos! É um sítio diferente, com qualidade nos pratos, simpatia no atendimento e uma envolvência de cair o queixo. O preço também faz-nos cair qualquer coisa, é daqueles restaurantes bons para ir uma vez ou duas no ano e já é uma festa!
Para acabar o dia em beleza, que tal um concerto a fazer recordar velhos tempos?
Sara Tavares
Ainda era pequena quando te vi pela primeira vez, tímida, no concurso sensação da altura. Segui-te desde então, sabia que serias a Estrela das Estrelas no meio da Chuva. E fui, na Sexta, outra vez pequena, ao aplaudir-te como se fosse a primeira vez!
Sala cheia, coração cheio, num Teatro lindo de morrer, a fazer jus a todo o espectáculo! Cantar o "Bom feeling" de braços abertos e olhos fechados, com toda a gente de pé, é uma imagem que dificilmente vou esquecer.
E por me sentir uma miúda, fui vestida como uma miúda!! (momento de gajas agora, desculpem!)
Quem me conhece, sabe que NUNCA uso calções ou saias. Mas viva ás excepções :)))
Um bem hajas Sara!!!
Bom Domingo silenciosos :)
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