quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Bora lá!!!!

E para este ano que aí vem...

"Saudinha companheira,
alegria na carteira,
felicidade conjugal,
desejo animal

alegria no trabalho,
caloteiros no caralho,
páscoa, carnaval,
o verão e o natal

suor na ginástica,
na boca pastilha elástica,
minha senhora vá pela estrada
e tenha cuidado com o ramal

cabelos na boca,
de felicidade a voz rouca,
amor e carinho,
e sempre, sempre, mais um bocadinho."


by Pedro Luzindro


Os melhores desejos que vi e achei que todos iriam entender :)

Façam boas escolhas, errem mil vezes e errem melhor ainda se assim for o caso!
Façam do frio algo que não impeça uma boa companhia, um beijo quente ou um abraço inesperado.
Dancem a conduzir, subam a música no carro, entornem copos com alegria, digam Olá ou Até um dia.
Mas...façam acontecer!!!

Bom ano silenciosos**


domingo, 21 de dezembro de 2014

As mortes, como forma de vida...Feliz Natal :)

Pensei em escrever algo fofinho e queridinho, quase como os discursos das Misses segundos antes da sua eleição.
Mas acho que o importante é transmitirmos algo que perdure no pensamento e faça eco cá dentro. Algo que faça sentido.
E isto, do Pedro Chagas Freitas, fez sentido em mim:

"A vida vale pelos momentos em que foges dela. Pelos momentos em que consegues, durante alguns segundos ou alguns minutos ou algumas horas, evadir-te dela – para um limbo onde não estás morto mas onde não deixas de estar morto. Morto de prazer, morto de adrenalina, morto de medo, morto de ansiedade.
Morto de vida.
O melhor da vida são as mortes que ela te oferece.
Se não morreste nenhuma vez: então estás morto."


E porque morro de medo tantas vezes, morro de dúvidas de fazer ou não o certo...decidi que mesmo assim, deixaria aqui a Mãe Natal que vos escreve.
Uma partilha especial, numa época diferente: Euzinha, como quase nunca o faço.


Boas Festas e "Nataliem-se" por aí ;)

sábado, 20 de dezembro de 2014

Paneleirices

Há coisas difíceis de perceber. Mesmo! Eu que até nem sou de me chocar com nada, aprecio tudo o que saia da caixa, tenho sérias dificuldades em adaptar-me a algumas ideias estranhas que vão aparecendo por aí. Acho que no fundo nem se trata de adaptação ou não, é talvez falta de necessidade para o que anda a saltitar por aí, só porque é Natal.
Por exemplo, ontem li esta notícia:

"Aproveitando a época das festividades, que tal transformar o seu cocó em algo com mais brilho? Acredita, é para isso que existe a “GlitterPills“. A marca tem um “menu” com 30 tipos de pílulas preenchidas com diferentes cores que vão desde o preto elegante ao dourado, passando por rosa e azul. No entanto, a loja online que vende os produtos alerta para o consumo das pílulas, que são destinadas apenas para fins de decoração, ideal para quem quer presentear os seus amigos com algo inusitado."


Cocó que brilha, portanto. Que lindo. Como se a merda deixasse de ser merda, porque lhe injectam uma espécie de glamour. A sério que há pessoas que ponderam gastar dinheiro nisto?
Se a moda pega, pensem que cada vez que os gases apertam, há uma espécie de brisa de purpurinas a sair (estou a tentar fantasiar a coisa e adornar com palavras bonitas) pelo rabo.
Ou então, podiam pensar em reestruturar todo o conceito da Color Run: sem tintas, só bufinhas coloridas.
Isto na minha terra não se chama glamour, chamam-se de
P-A-N-E-L-E-I-R-I-C-E-S.

Como hoje de manhã por exemplo: vi um croissant a ser servido de faca e garfo.
Fiquei durante longos segundos a apreciar a cena e a pensar "Houve algum UpGrade de boas maneiras ou sou mesmo eu que sou labrega?!"
Bom senso, haja bom senso. E esse sim, até pode ser servido com toda a etiqueta!

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Eu JURO que não andei a beber...

...mas sou só eu que vejo semelhanças nestes dois?!
Oh Jared filho, eu que gostava tanto de ti!


Vou tentar não sonhar com isto. Prometo.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Já.

Somos bagagem. Pura bagagem. Carregámos o que JÁ fomos e JÁ fizemos. Somos o que fomos e fizemos acontecer.

Já corri até (quase) deixar de respirar.
Já apanhei um susto no mar, fui salva pelo meu pai.
Já fiz uma tatuagem e já pensei numa segunda.
Já acreditei que podia conquistar o Mundo.
Já caí à frente de toda a gente.
Já corei com um elogio.
Já perdi quem gostava.
Já fui a única a rir, numa sala enorme.
Já gaguejei de insegurança.
Já andei na Roda Gigante de Londres.
Já tirei fotos com todos os bonecos de cera do Madame Tussaud.
Já fui pedida em casamento. Casei.
Já disse NÃO quando quis dizer sim.
Já ri até doer a barriga.
Já chorei até adormecer.
Já me controlei para não dizer um "ai".
Já gostei de polvo.
Já fiz um traumatismo craniano.
Já bati palmas sozinha.
Já não passo sem lentes de contacto.
Já comi chocolate ás colheres.
Já encontrei quem eu achava não existir.
Já reencontrei quem sempre quis.
Já senti borboletas na barriga.
Já fiz quase a Península Ibérica toda de carro.
Já acampei.
Já gritei histericamente num concerto.
Já dancei à chuva.
Já me perdi, sem GPS e sem bateria no tlm, quase sem gasolina e sem ponta de sangue!
Já fiz acupunctura.
Já esfolei o joelho.
Já ouvi o que nunca pensei.
Já disse o que nem eu sabia que sentia.
Já comi sopa de barbatana de tubarão.
Já fiz Sku na neve, não Ski.
Já estive nas Ramblas de Barcelona.
Já pus a sopa no prato raso e já pus massa no prato da sopa.
Já reinventei o conceito de saudade, vezes sem conta.
Já fui ao cinema sozinha.
Já me dedicaram uma música a meio de um concerto, com sala cheia.
Já li duas vezes o mesmo livro.
Já tentei dançar Kizomba.
Já mudei de cidade.
Já rebentei um saco de farinha, sem querer.
Já apanhei uma molha em Madrid. Daquelas até ás cuecas, quase!
Já digo menos palavrões a conduzir.
Já andei na maior montanha russa da Europa e já jurei que não repetia.
Já me consigo virar do avesso no Teatro.
Já me apaixonei à primeira vista.
Já me apareceram em casa com o pequeno almoço.
Já perdi um avião.
Já passei 12 horas num aeroporto.
Já fui turista na minha própria cidade.
Já comi caracóis (adoroooo).
Já fui atrás de um sonho.
Já abri mão de muita coisa.
Já não passo sem isto.

Gosto de analisar o que fiz. Perceber aquilo que sou por fora de mim. Gosto de saber aquilo que quem está do outro lado entende. Gosto de compreender aquilo que sou do lado de fora. Aquela parte que, por vezes, tentamos não ver. Até mesmo o quanto as nossas atitudes afectam o outro. O quanto importunamos. Naquilo que agradamos. Gosto de saber o bom. Preciso de saber o mau.

Gosto de me saber pelos vossos olhos. Pelo que me lêem. Gosto de saber o que vos sou. O que vos pareço.
Dizem-me?








quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Somos da nossa Infância, como somos do nosso país...

...já dizia Antoine de Saint-Exupèry.
É uma identidade, um ADN que feliz ou infelizmente, está cá. Faz parte. Somos o que fomos. O que nos permitiram ser.
Quem não teve, pelo menos uma vez na vida, um olhar inocente sobre aquilo que hoje conseguimos complicar?
Quem não roubou o bâton à mãe e depois limpou a boca à toalha das mãos? Quem nunca se virou de frente para o chuveiro, a tentar apanhar a água com a língua? Quem nunca pediu um pão sem nada?
Quem não se lembra de colar os olhos no Tom Sawyer e da liberdade de andarmos descalços? Dos anúncios da OLÁ e da Coca Cola, que faziam sonhar com o que estava fora da porta?
De quando dávamos valor a um guarda chuva de chocolate e de como o mundo acabava quando o Vitinho nos mandava dormir.
Tantas vezes esfolamos. Tantas vezes nem ensaiamos entrar mar adentro. Era quem levasse tudo à frente!
Quem nunca foi mil vezes mais corajoso do que aquilo que é hoje em dia? Maldita consciência, que nos faz hesitar e perder tanta coisa.
Tive uma infância cheia, feliz. Sei bem o que é feirar no Senhor de Matosinhos, andar no Autocarro Louco com a minha mãe, até chorar de rir "E vaaaaai mais uma voltinhaaaaaaaa" e era a loucura. Ainda sei como cheiravam os dias. Os mesmos em que brincava na rua, à macaca ou ao elástico. E também sei a forma despreocupada em como não era boa em nada.
Fui menina das alianças por acaso, aprendi as horas sozinha, separava todos os fios que vinham na sopa mal passada...mas também sei a que sabe o algodão doce, as belas das farturas e sei o que é ter nas pernas as caminhadas de uma noite de São João.
Sei como é gritar "Goooooooooolooooooooooooooo" num daqueles momentos de tensão clubística.
Sei como é participar numa cascata e andar a pedir "esmolinhas" para o Santo António, mesmo quando este já tinha passado.
E o que eu sempre dancei em bailaricos!!! Aiiiiii como eu hoje ainda me perco com isso :)
Lembro-me da primeira vez que acreditei em mim e sem me aperceber já andava numa bicicleta sem rodinhas.
Coleccionei os cromos TOU do Bollycao, vibrei com os cds do Fido Dido, numa época em que o Twix se chamava Raider.

Na infância, o nosso olhar sobre as coisas é sem filtro, mas a esperança é muito maior. O que dizemos pode ser desmedido e da boca para fora, mas o que sentimos e a forma como gostamos, é mais real. Fresca como uma pastilha de mentol.





terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Os amigos são como os soutiens: perto do coração e sempre lá para apoiar!

Sou filha única e desde cedo que tive de me desenrascar socialmente, algo no qual nunca tive dificuldade. Somos no fundo, fruto do que cultivamos, porque crescemos com o que recebemos disso.
Os primos são os nossos primeiros amigos mas depressa vamos percebendo que há todo um mundo de companheirismo para descobrir.
Tive amigos que nunca mais vi. Tive amigos dos quais só me recordo da cara (na primeira infância). Amigos que se diziam amigos quando lhes convinha. Amigos que se achavam amigos só porque sim, sem mexerem uma palha. Amigos que ao primeiro sinal de conflito ou desinteresse, se puseram logo a monte...até hoje. Amigos de ocasião. Amigos só "quando dá jeito". Amigos "do alheio".
Tive pessoas que aspiraram a ser amigos, mas que não tinham pedalada nem para me arrancarem um sorriso. Há os típicos conhecidos, colegas e amigos dos amigos.
Todos nós temos pessoas que entram e saem da nossa vida. Tal e qual as peças de roupa: todos temos aquelas peças de estimação, que duram há anos. Temos também as que nos chegam por outras mãos. Outras que precisam de serem renovadas e outras tantas que só estão a precisar de uma boa lavagem.
Depois há também os amigos invisíveis, que fazem parte da nossa vida, que estão lá para tudo mas não andam a tocar um sininho para nos cobrarem a atenção.
Ando a pensar nisto desde o fim de semana e hoje uma amiga minha de longa data, rematou tudo com a frase que dá título a este texto.
Importante mesmo, é o calor que nos chega e o conforto que essas "peças" nos dão.

E eu desejo ser daquelas peças de vestuário que mesmo dobrada ou na prateleira, sirva para vestir a alma de alguém.
Dou uma boleia a um conhecido, salvo o dia de uma colega, viro o mundo por um amigo.
E podia dar tantos exemplos das maluqueiras que já fiz...do que já me ri e fiz rir. Do que disse que ninguém contava e do que não disse...que é quase nada.
E pronto, hoje deu-me para isto.


sábado, 6 de dezembro de 2014

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Escrever.

Escrevo desde sempre, no meu sempre e sinto que sempre o farei. Um pouco como a dança...danço com qualquer música, mesmo não sabendo o que estou a fazer. Abano-me, bato o pé, levanto os braços e anca não pára. Nunca preciso de motivos, sei apenas que é automático em mim.
E assim é a escrita. Não sei o que faço, se o faço bem ou não...está em mim e pronto.
Escrever é chorar palavras, é um espirro consumado do que nem ás paredes confesso.
É uma declaração universal do direito da alma, dos dedos e de todos os pensamentos que ninguém lê nas entrelinhas.
Ler pode fazer-nos viajar...mas escrever dá anos de vida. É um beijo de papel, um abraço que não nos larga, um arrepio formatado com letras.
Escrever é talvez, a melhor maneira de me dar a conhecer. De me fazer entender, para quem não mostro o olhar ou quem nunca ouviu o timbre da minha voz.
Escrever é crescer de dentro para fora, é desdobrar os cruzamentos e as Travessas de um mundo que só nós vemos. É um pensar em voz baixa.
É uma vida que não temos mas que sabemos de cor.
É um tempo que não passa.

É um silêncio cor de rosa.
Um prazer azul celeste.

E um suspiro só meu.