E para este ano que aí vem...
"Saudinha companheira,
alegria na carteira,
felicidade conjugal,
desejo animal
alegria no trabalho,
caloteiros no caralho,
páscoa, carnaval,
o verão e o natal
suor na ginástica,
na boca pastilha elástica,
minha senhora vá pela estrada
e tenha cuidado com o ramal
cabelos na boca,
de felicidade a voz rouca,
amor e carinho,
e sempre, sempre, mais um bocadinho."
by Pedro Luzindro
Os melhores desejos que vi e achei que todos iriam entender :)
Façam boas escolhas, errem mil vezes e errem melhor ainda se assim for o caso!
Façam do frio algo que não impeça uma boa companhia, um beijo quente ou um abraço inesperado.
Dancem a conduzir, subam a música no carro, entornem copos com alegria, digam Olá ou Até um dia.
Mas...façam acontecer!!!
Bom ano silenciosos**
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
domingo, 21 de dezembro de 2014
As mortes, como forma de vida...Feliz Natal :)
Pensei em escrever algo fofinho e queridinho, quase como os discursos das Misses segundos antes da sua eleição.
Mas acho que o importante é transmitirmos algo que perdure no pensamento e faça eco cá dentro. Algo que faça sentido.
E isto, do Pedro Chagas Freitas, fez sentido em mim:
"A vida vale pelos momentos em que foges dela. Pelos momentos em que consegues, durante alguns segundos ou alguns minutos ou algumas horas, evadir-te dela – para um limbo onde não estás morto mas onde não deixas de estar morto. Morto de prazer, morto de adrenalina, morto de medo, morto de ansiedade.
Morto de vida.
O melhor da vida são as mortes que ela te oferece.
Se não morreste nenhuma vez: então estás morto."
E porque morro de medo tantas vezes, morro de dúvidas de fazer ou não o certo...decidi que mesmo assim, deixaria aqui a Mãe Natal que vos escreve.
Uma partilha especial, numa época diferente: Euzinha, como quase nunca o faço.
Boas Festas e "Nataliem-se" por aí ;)
Mas acho que o importante é transmitirmos algo que perdure no pensamento e faça eco cá dentro. Algo que faça sentido.
E isto, do Pedro Chagas Freitas, fez sentido em mim:
"A vida vale pelos momentos em que foges dela. Pelos momentos em que consegues, durante alguns segundos ou alguns minutos ou algumas horas, evadir-te dela – para um limbo onde não estás morto mas onde não deixas de estar morto. Morto de prazer, morto de adrenalina, morto de medo, morto de ansiedade.
Morto de vida.
O melhor da vida são as mortes que ela te oferece.
Se não morreste nenhuma vez: então estás morto."
E porque morro de medo tantas vezes, morro de dúvidas de fazer ou não o certo...decidi que mesmo assim, deixaria aqui a Mãe Natal que vos escreve.
Uma partilha especial, numa época diferente: Euzinha, como quase nunca o faço.
Boas Festas e "Nataliem-se" por aí ;)
sábado, 20 de dezembro de 2014
Paneleirices
Há coisas difíceis de perceber. Mesmo! Eu que até nem sou de me chocar com nada, aprecio tudo o que saia da caixa, tenho sérias dificuldades em adaptar-me a algumas ideias estranhas que vão aparecendo por aí. Acho que no fundo nem se trata de adaptação ou não, é talvez falta de necessidade para o que anda a saltitar por aí, só porque é Natal.
Por exemplo, ontem li esta notícia:
"Aproveitando a época das festividades, que tal transformar o seu cocó em algo com mais brilho? Acredita, é para isso que existe a “GlitterPills“. A marca tem um “menu” com 30 tipos de pílulas preenchidas com diferentes cores que vão desde o preto elegante ao dourado, passando por rosa e azul. No entanto, a loja online que vende os produtos alerta para o consumo das pílulas, que são destinadas apenas para fins de decoração, ideal para quem quer presentear os seus amigos com algo inusitado."
Cocó que brilha, portanto. Que lindo. Como se a merda deixasse de ser merda, porque lhe injectam uma espécie de glamour. A sério que há pessoas que ponderam gastar dinheiro nisto?
Se a moda pega, pensem que cada vez que os gases apertam, há uma espécie de brisa de purpurinas a sair (estou a tentar fantasiar a coisa e adornar com palavras bonitas) pelo rabo.
Ou então, podiam pensar em reestruturar todo o conceito da Color Run: sem tintas, só bufinhas coloridas.
Isto na minha terra não se chama glamour, chamam-se de
P-A-N-E-L-E-I-R-I-C-E-S.
Como hoje de manhã por exemplo: vi um croissant a ser servido de faca e garfo.
Fiquei durante longos segundos a apreciar a cena e a pensar "Houve algum UpGrade de boas maneiras ou sou mesmo eu que sou labrega?!"
Bom senso, haja bom senso. E esse sim, até pode ser servido com toda a etiqueta!
Por exemplo, ontem li esta notícia:
"Aproveitando a época das festividades, que tal transformar o seu cocó em algo com mais brilho? Acredita, é para isso que existe a “GlitterPills“. A marca tem um “menu” com 30 tipos de pílulas preenchidas com diferentes cores que vão desde o preto elegante ao dourado, passando por rosa e azul. No entanto, a loja online que vende os produtos alerta para o consumo das pílulas, que são destinadas apenas para fins de decoração, ideal para quem quer presentear os seus amigos com algo inusitado."
Cocó que brilha, portanto. Que lindo. Como se a merda deixasse de ser merda, porque lhe injectam uma espécie de glamour. A sério que há pessoas que ponderam gastar dinheiro nisto?
Se a moda pega, pensem que cada vez que os gases apertam, há uma espécie de brisa de purpurinas a sair (estou a tentar fantasiar a coisa e adornar com palavras bonitas) pelo rabo.
Ou então, podiam pensar em reestruturar todo o conceito da Color Run: sem tintas, só bufinhas coloridas.
Isto na minha terra não se chama glamour, chamam-se de
P-A-N-E-L-E-I-R-I-C-E-S.
Como hoje de manhã por exemplo: vi um croissant a ser servido de faca e garfo.
Fiquei durante longos segundos a apreciar a cena e a pensar "Houve algum UpGrade de boas maneiras ou sou mesmo eu que sou labrega?!"
Bom senso, haja bom senso. E esse sim, até pode ser servido com toda a etiqueta!
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Eu JURO que não andei a beber...
...mas sou só eu que vejo semelhanças nestes dois?!
Oh Jared filho, eu que gostava tanto de ti!
Vou tentar não sonhar com isto. Prometo.
Oh Jared filho, eu que gostava tanto de ti!
Vou tentar não sonhar com isto. Prometo.
domingo, 14 de dezembro de 2014
Já.
Somos bagagem. Pura bagagem. Carregámos o que JÁ fomos e JÁ fizemos. Somos o que fomos e fizemos acontecer.
Já corri até (quase) deixar de respirar.
Já apanhei um susto no mar, fui salva pelo meu pai.
Já fiz uma tatuagem e já pensei numa segunda.
Já acreditei que podia conquistar o Mundo.
Já caí à frente de toda a gente.
Já corei com um elogio.
Já perdi quem gostava.
Já fui a única a rir, numa sala enorme.
Já gaguejei de insegurança.
Já andei na Roda Gigante de Londres.
Já tirei fotos com todos os bonecos de cera do Madame Tussaud.
Já fui pedida em casamento. Casei.
Já disse NÃO quando quis dizer sim.
Já ri até doer a barriga.
Já chorei até adormecer.
Já me controlei para não dizer um "ai".
Já gostei de polvo.
Já fiz um traumatismo craniano.
Já bati palmas sozinha.
Já não passo sem lentes de contacto.
Já comi chocolate ás colheres.
Já encontrei quem eu achava não existir.
Já reencontrei quem sempre quis.
Já senti borboletas na barriga.
Já fiz quase a Península Ibérica toda de carro.
Já acampei.
Já gritei histericamente num concerto.
Já dancei à chuva.
Já me perdi, sem GPS e sem bateria no tlm, quase sem gasolina e sem ponta de sangue!
Já fiz acupunctura.
Já esfolei o joelho.
Já ouvi o que nunca pensei.
Já disse o que nem eu sabia que sentia.
Já comi sopa de barbatana de tubarão.
Já fiz Sku na neve, não Ski.
Já estive nas Ramblas de Barcelona.
Já pus a sopa no prato raso e já pus massa no prato da sopa.
Já reinventei o conceito de saudade, vezes sem conta.
Já fui ao cinema sozinha.
Já me dedicaram uma música a meio de um concerto, com sala cheia.
Já li duas vezes o mesmo livro.
Já tentei dançar Kizomba.
Já mudei de cidade.
Já rebentei um saco de farinha, sem querer.
Já apanhei uma molha em Madrid. Daquelas até ás cuecas, quase!
Já digo menos palavrões a conduzir.
Já andei na maior montanha russa da Europa e já jurei que não repetia.
Já me consigo virar do avesso no Teatro.
Já me apaixonei à primeira vista.
Já me apareceram em casa com o pequeno almoço.
Já perdi um avião.
Já passei 12 horas num aeroporto.
Já fui turista na minha própria cidade.
Já comi caracóis (adoroooo).
Já fui atrás de um sonho.
Já abri mão de muita coisa.
Já não passo sem isto.
Gosto de analisar o que fiz. Perceber aquilo que sou por fora de mim. Gosto de saber aquilo que quem está do outro lado entende. Gosto de compreender aquilo que sou do lado de fora. Aquela parte que, por vezes, tentamos não ver. Até mesmo o quanto as nossas atitudes afectam o outro. O quanto importunamos. Naquilo que agradamos. Gosto de saber o bom. Preciso de saber o mau.
Gosto de me saber pelos vossos olhos. Pelo que me lêem. Gosto de saber o que vos sou. O que vos pareço.
Dizem-me?
Já corri até (quase) deixar de respirar.
Já apanhei um susto no mar, fui salva pelo meu pai.
Já fiz uma tatuagem e já pensei numa segunda.
Já acreditei que podia conquistar o Mundo.
Já caí à frente de toda a gente.
Já corei com um elogio.
Já perdi quem gostava.
Já fui a única a rir, numa sala enorme.
Já gaguejei de insegurança.
Já andei na Roda Gigante de Londres.
Já tirei fotos com todos os bonecos de cera do Madame Tussaud.
Já fui pedida em casamento. Casei.
Já disse NÃO quando quis dizer sim.
Já ri até doer a barriga.
Já chorei até adormecer.
Já me controlei para não dizer um "ai".
Já gostei de polvo.
Já fiz um traumatismo craniano.
Já bati palmas sozinha.
Já não passo sem lentes de contacto.
Já comi chocolate ás colheres.
Já encontrei quem eu achava não existir.
Já reencontrei quem sempre quis.
Já senti borboletas na barriga.
Já fiz quase a Península Ibérica toda de carro.
Já acampei.
Já gritei histericamente num concerto.
Já dancei à chuva.
Já me perdi, sem GPS e sem bateria no tlm, quase sem gasolina e sem ponta de sangue!
Já fiz acupunctura.
Já esfolei o joelho.
Já ouvi o que nunca pensei.
Já disse o que nem eu sabia que sentia.
Já comi sopa de barbatana de tubarão.
Já fiz Sku na neve, não Ski.
Já estive nas Ramblas de Barcelona.
Já pus a sopa no prato raso e já pus massa no prato da sopa.
Já reinventei o conceito de saudade, vezes sem conta.
Já fui ao cinema sozinha.
Já me dedicaram uma música a meio de um concerto, com sala cheia.
Já li duas vezes o mesmo livro.
Já tentei dançar Kizomba.
Já mudei de cidade.
Já rebentei um saco de farinha, sem querer.
Já apanhei uma molha em Madrid. Daquelas até ás cuecas, quase!
Já digo menos palavrões a conduzir.
Já andei na maior montanha russa da Europa e já jurei que não repetia.
Já me consigo virar do avesso no Teatro.
Já me apaixonei à primeira vista.
Já me apareceram em casa com o pequeno almoço.
Já perdi um avião.
Já passei 12 horas num aeroporto.
Já fui turista na minha própria cidade.
Já comi caracóis (adoroooo).
Já fui atrás de um sonho.
Já abri mão de muita coisa.
Já não passo sem isto.
Gosto de analisar o que fiz. Perceber aquilo que sou por fora de mim. Gosto de saber aquilo que quem está do outro lado entende. Gosto de compreender aquilo que sou do lado de fora. Aquela parte que, por vezes, tentamos não ver. Até mesmo o quanto as nossas atitudes afectam o outro. O quanto importunamos. Naquilo que agradamos. Gosto de saber o bom. Preciso de saber o mau.
Gosto de me saber pelos vossos olhos. Pelo que me lêem. Gosto de saber o que vos sou. O que vos pareço.
Dizem-me?
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Somos da nossa Infância, como somos do nosso país...
...já dizia Antoine de Saint-Exupèry.
É uma identidade, um ADN que feliz ou infelizmente, está cá. Faz parte. Somos o que fomos. O que nos permitiram ser.
Quem não teve, pelo menos uma vez na vida, um olhar inocente sobre aquilo que hoje conseguimos complicar?
Quem não roubou o bâton à mãe e depois limpou a boca à toalha das mãos? Quem nunca se virou de frente para o chuveiro, a tentar apanhar a água com a língua? Quem nunca pediu um pão sem nada?
Quem não se lembra de colar os olhos no Tom Sawyer e da liberdade de andarmos descalços? Dos anúncios da OLÁ e da Coca Cola, que faziam sonhar com o que estava fora da porta?
De quando dávamos valor a um guarda chuva de chocolate e de como o mundo acabava quando o Vitinho nos mandava dormir.
Tantas vezes esfolamos. Tantas vezes nem ensaiamos entrar mar adentro. Era quem levasse tudo à frente!
Quem nunca foi mil vezes mais corajoso do que aquilo que é hoje em dia? Maldita consciência, que nos faz hesitar e perder tanta coisa.
Tive uma infância cheia, feliz. Sei bem o que é feirar no Senhor de Matosinhos, andar no Autocarro Louco com a minha mãe, até chorar de rir "E vaaaaai mais uma voltinhaaaaaaaa" e era a loucura. Ainda sei como cheiravam os dias. Os mesmos em que brincava na rua, à macaca ou ao elástico. E também sei a forma despreocupada em como não era boa em nada.
Fui menina das alianças por acaso, aprendi as horas sozinha, separava todos os fios que vinham na sopa mal passada...mas também sei a que sabe o algodão doce, as belas das farturas e sei o que é ter nas pernas as caminhadas de uma noite de São João.
Sei como é gritar "Goooooooooolooooooooooooooo" num daqueles momentos de tensão clubística.
Sei como é participar numa cascata e andar a pedir "esmolinhas" para o Santo António, mesmo quando este já tinha passado.
E o que eu sempre dancei em bailaricos!!! Aiiiiii como eu hoje ainda me perco com isso :)
Lembro-me da primeira vez que acreditei em mim e sem me aperceber já andava numa bicicleta sem rodinhas.
Coleccionei os cromos TOU do Bollycao, vibrei com os cds do Fido Dido, numa época em que o Twix se chamava Raider.
Na infância, o nosso olhar sobre as coisas é sem filtro, mas a esperança é muito maior. O que dizemos pode ser desmedido e da boca para fora, mas o que sentimos e a forma como gostamos, é mais real. Fresca como uma pastilha de mentol.
É uma identidade, um ADN que feliz ou infelizmente, está cá. Faz parte. Somos o que fomos. O que nos permitiram ser.
Quem não teve, pelo menos uma vez na vida, um olhar inocente sobre aquilo que hoje conseguimos complicar?
Quem não roubou o bâton à mãe e depois limpou a boca à toalha das mãos? Quem nunca se virou de frente para o chuveiro, a tentar apanhar a água com a língua? Quem nunca pediu um pão sem nada?
Quem não se lembra de colar os olhos no Tom Sawyer e da liberdade de andarmos descalços? Dos anúncios da OLÁ e da Coca Cola, que faziam sonhar com o que estava fora da porta?
De quando dávamos valor a um guarda chuva de chocolate e de como o mundo acabava quando o Vitinho nos mandava dormir.
Tantas vezes esfolamos. Tantas vezes nem ensaiamos entrar mar adentro. Era quem levasse tudo à frente!
Quem nunca foi mil vezes mais corajoso do que aquilo que é hoje em dia? Maldita consciência, que nos faz hesitar e perder tanta coisa.
Tive uma infância cheia, feliz. Sei bem o que é feirar no Senhor de Matosinhos, andar no Autocarro Louco com a minha mãe, até chorar de rir "E vaaaaai mais uma voltinhaaaaaaaa" e era a loucura. Ainda sei como cheiravam os dias. Os mesmos em que brincava na rua, à macaca ou ao elástico. E também sei a forma despreocupada em como não era boa em nada.
Fui menina das alianças por acaso, aprendi as horas sozinha, separava todos os fios que vinham na sopa mal passada...mas também sei a que sabe o algodão doce, as belas das farturas e sei o que é ter nas pernas as caminhadas de uma noite de São João.
Sei como é gritar "Goooooooooolooooooooooooooo" num daqueles momentos de tensão clubística.
Sei como é participar numa cascata e andar a pedir "esmolinhas" para o Santo António, mesmo quando este já tinha passado.
E o que eu sempre dancei em bailaricos!!! Aiiiiii como eu hoje ainda me perco com isso :)
Lembro-me da primeira vez que acreditei em mim e sem me aperceber já andava numa bicicleta sem rodinhas.
Coleccionei os cromos TOU do Bollycao, vibrei com os cds do Fido Dido, numa época em que o Twix se chamava Raider.
Na infância, o nosso olhar sobre as coisas é sem filtro, mas a esperança é muito maior. O que dizemos pode ser desmedido e da boca para fora, mas o que sentimos e a forma como gostamos, é mais real. Fresca como uma pastilha de mentol.
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Os amigos são como os soutiens: perto do coração e sempre lá para apoiar!
Sou filha única e desde cedo que tive de me desenrascar socialmente, algo no qual nunca tive dificuldade. Somos no fundo, fruto do que cultivamos, porque crescemos com o que recebemos disso.
Os primos são os nossos primeiros amigos mas depressa vamos percebendo que há todo um mundo de companheirismo para descobrir.
Tive amigos que nunca mais vi. Tive amigos dos quais só me recordo da cara (na primeira infância). Amigos que se diziam amigos quando lhes convinha. Amigos que se achavam amigos só porque sim, sem mexerem uma palha. Amigos que ao primeiro sinal de conflito ou desinteresse, se puseram logo a monte...até hoje. Amigos de ocasião. Amigos só "quando dá jeito". Amigos "do alheio".
Tive pessoas que aspiraram a ser amigos, mas que não tinham pedalada nem para me arrancarem um sorriso. Há os típicos conhecidos, colegas e amigos dos amigos.
Todos nós temos pessoas que entram e saem da nossa vida. Tal e qual as peças de roupa: todos temos aquelas peças de estimação, que duram há anos. Temos também as que nos chegam por outras mãos. Outras que precisam de serem renovadas e outras tantas que só estão a precisar de uma boa lavagem.
Depois há também os amigos invisíveis, que fazem parte da nossa vida, que estão lá para tudo mas não andam a tocar um sininho para nos cobrarem a atenção.
Ando a pensar nisto desde o fim de semana e hoje uma amiga minha de longa data, rematou tudo com a frase que dá título a este texto.
Importante mesmo, é o calor que nos chega e o conforto que essas "peças" nos dão.
E eu desejo ser daquelas peças de vestuário que mesmo dobrada ou na prateleira, sirva para vestir a alma de alguém.
Dou uma boleia a um conhecido, salvo o dia de uma colega, viro o mundo por um amigo.
E podia dar tantos exemplos das maluqueiras que já fiz...do que já me ri e fiz rir. Do que disse que ninguém contava e do que não disse...que é quase nada.
E pronto, hoje deu-me para isto.
Os primos são os nossos primeiros amigos mas depressa vamos percebendo que há todo um mundo de companheirismo para descobrir.
Tive amigos que nunca mais vi. Tive amigos dos quais só me recordo da cara (na primeira infância). Amigos que se diziam amigos quando lhes convinha. Amigos que se achavam amigos só porque sim, sem mexerem uma palha. Amigos que ao primeiro sinal de conflito ou desinteresse, se puseram logo a monte...até hoje. Amigos de ocasião. Amigos só "quando dá jeito". Amigos "do alheio".
Tive pessoas que aspiraram a ser amigos, mas que não tinham pedalada nem para me arrancarem um sorriso. Há os típicos conhecidos, colegas e amigos dos amigos.
Todos nós temos pessoas que entram e saem da nossa vida. Tal e qual as peças de roupa: todos temos aquelas peças de estimação, que duram há anos. Temos também as que nos chegam por outras mãos. Outras que precisam de serem renovadas e outras tantas que só estão a precisar de uma boa lavagem.
Depois há também os amigos invisíveis, que fazem parte da nossa vida, que estão lá para tudo mas não andam a tocar um sininho para nos cobrarem a atenção.
Ando a pensar nisto desde o fim de semana e hoje uma amiga minha de longa data, rematou tudo com a frase que dá título a este texto.
Importante mesmo, é o calor que nos chega e o conforto que essas "peças" nos dão.
E eu desejo ser daquelas peças de vestuário que mesmo dobrada ou na prateleira, sirva para vestir a alma de alguém.
Dou uma boleia a um conhecido, salvo o dia de uma colega, viro o mundo por um amigo.
E podia dar tantos exemplos das maluqueiras que já fiz...do que já me ri e fiz rir. Do que disse que ninguém contava e do que não disse...que é quase nada.
E pronto, hoje deu-me para isto.
sábado, 6 de dezembro de 2014
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Escrever.
Escrevo desde sempre, no meu sempre e sinto que sempre o farei. Um pouco como a dança...danço com qualquer música, mesmo não sabendo o que estou a fazer. Abano-me, bato o pé, levanto os braços e anca não pára. Nunca preciso de motivos, sei apenas que é automático em mim.
E assim é a escrita. Não sei o que faço, se o faço bem ou não...está em mim e pronto.
Escrever é chorar palavras, é um espirro consumado do que nem ás paredes confesso.
É uma declaração universal do direito da alma, dos dedos e de todos os pensamentos que ninguém lê nas entrelinhas.
Ler pode fazer-nos viajar...mas escrever dá anos de vida. É um beijo de papel, um abraço que não nos larga, um arrepio formatado com letras.
Escrever é talvez, a melhor maneira de me dar a conhecer. De me fazer entender, para quem não mostro o olhar ou quem nunca ouviu o timbre da minha voz.
Escrever é crescer de dentro para fora, é desdobrar os cruzamentos e as Travessas de um mundo que só nós vemos. É um pensar em voz baixa.
É uma vida que não temos mas que sabemos de cor.
É um tempo que não passa.
É um silêncio cor de rosa.
Um prazer azul celeste.
E um suspiro só meu.
E assim é a escrita. Não sei o que faço, se o faço bem ou não...está em mim e pronto.
Escrever é chorar palavras, é um espirro consumado do que nem ás paredes confesso.
É uma declaração universal do direito da alma, dos dedos e de todos os pensamentos que ninguém lê nas entrelinhas.
Ler pode fazer-nos viajar...mas escrever dá anos de vida. É um beijo de papel, um abraço que não nos larga, um arrepio formatado com letras.
Escrever é talvez, a melhor maneira de me dar a conhecer. De me fazer entender, para quem não mostro o olhar ou quem nunca ouviu o timbre da minha voz.
Escrever é crescer de dentro para fora, é desdobrar os cruzamentos e as Travessas de um mundo que só nós vemos. É um pensar em voz baixa.
É uma vida que não temos mas que sabemos de cor.
É um tempo que não passa.
É um silêncio cor de rosa.
Um prazer azul celeste.
E um suspiro só meu.
domingo, 30 de novembro de 2014
Um mês.
Façam marcha atrás. Ponham a cabeça em looping. Desdobrem esses lençóis mentais e recuem um ano.
Precisamente um ano, nem mais nem menos.
Alguém se lembra do que desejou e projectou para 2014? Do que quiseram alcançar com a mesma força com que mordiam o lábio?
Das pessoas que não conheciam, das viagens que não tinham acontecido? Dos beijos ainda quentes, dos abraços que não se tinham desmanchado e aqueles que estavam prometidos? Alguém se lembra porque tinham chorado com o riso e porque tinham deixado de rir?
Temos só mais um mês para fechar 2014 na gaveta dos "Ainda bem que cá chegamos".
E que ano foi 2014...que ano!
Acho que foi o ano mais intermitente de sempre. Intermitente como aquelas luzes que ás vezes nos cegam, em que temos de decidir se as encaramos de vez ou se fechamos os olhos para não ferirem mais a vista.
Eu decidi que era o ano da verdade. Apaguei algumas luzes, mudei algumas lâmpadas, conheci outros focos de luz e renovei a minha energia.
Chorei. Calei-me também. Engoli em seco. Tive medo. Virei a mesa. Fui. Ri. Percebi. Aceitei. Perdoei. Sonhei. Arrisquei. Ouvi. Ouvi-me. Reconstruí. Renovei-me. Falhei. Acertei também.
E tenho precisamente mais um mês. Temos todos mais um mês. Igual a tantos que já passamos.
E se este conseguir ser ainda melhor?
E se este fizer com que haja aquele arrepio que traz a certeza do "É desta!" ou aquele sorriso do "Finalmente". O brinde do "Caramba, mereci isto!".
Vá, cabeça para cima, respirem fundo.
E venha ele.
Precisamente um ano, nem mais nem menos.
Alguém se lembra do que desejou e projectou para 2014? Do que quiseram alcançar com a mesma força com que mordiam o lábio?
Das pessoas que não conheciam, das viagens que não tinham acontecido? Dos beijos ainda quentes, dos abraços que não se tinham desmanchado e aqueles que estavam prometidos? Alguém se lembra porque tinham chorado com o riso e porque tinham deixado de rir?
Temos só mais um mês para fechar 2014 na gaveta dos "Ainda bem que cá chegamos".
E que ano foi 2014...que ano!
Acho que foi o ano mais intermitente de sempre. Intermitente como aquelas luzes que ás vezes nos cegam, em que temos de decidir se as encaramos de vez ou se fechamos os olhos para não ferirem mais a vista.
Eu decidi que era o ano da verdade. Apaguei algumas luzes, mudei algumas lâmpadas, conheci outros focos de luz e renovei a minha energia.
Chorei. Calei-me também. Engoli em seco. Tive medo. Virei a mesa. Fui. Ri. Percebi. Aceitei. Perdoei. Sonhei. Arrisquei. Ouvi. Ouvi-me. Reconstruí. Renovei-me. Falhei. Acertei também.
E tenho precisamente mais um mês. Temos todos mais um mês. Igual a tantos que já passamos.
E se este conseguir ser ainda melhor?
E se este fizer com que haja aquele arrepio que traz a certeza do "É desta!" ou aquele sorriso do "Finalmente". O brinde do "Caramba, mereci isto!".
Vá, cabeça para cima, respirem fundo.
E venha ele.
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Já o fizeram?
A poesia de rua continua a esbarrar comigo e eu continuo a achar uma preciosidade.
E amanhã...É SEXTA!!!!
Beijinho de silêncio*
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Desculpem?!?
Sempre quis ser jornalista, entre outras paixões. Acabei na missão de Educadora e apenas leitora de jornais. Mesmo assim, tenho a certeza que até os meus miúdos escolheriam uma legenda melhor para estes senhores da Música. "Mais velhos e mais gordos?"?!?
Se isto fosse sobre as Doce, falaria de quê? Varizes e celulite? Perdoa-nos este Jornalismo, música portuguesa.
Se isto fosse sobre as Doce, falaria de quê? Varizes e celulite? Perdoa-nos este Jornalismo, música portuguesa.
sábado, 22 de novembro de 2014
Ainda.
Ainda não mergulhei em alto mar.
Ainda não escrevi um livro.
Ainda não fui mãe.
Ainda não consigo resistir a um bom sentido de humor.
Ainda não vi um concerto do John Mayer.
Ainda não deixei de gostar da Madonna.
Ainda não saio de casa sem perfume ou olhar uma única vez ao espelho.
Ainda não gosto de conduzir á chuva.
Ainda ninguém me roubou para dançar.
Ainda não aprendi a trocar um pneu.
Ainda não sei jogar xadrez.
Ainda não gritei na proa de um navio "I am the Queen of the world".
Ainda não visitei Itália.
Ainda não me canso de maus feitios.
Ainda não me esqueci da tua voz.
Ainda não tenho paciência para falsos moralismos.
Ainda não perdi a angústia de andar de avião.
Ainda não gosto de jogar ás cartas.
Ainda não aprendi a gostar de álcool.
Ainda não venci a asma.
Ainda não sei o que é viver sem saudades.
Ainda ninguém me convenceu que o pôr do sol é mais bonito do que o nascer do dia.
Ainda não vi estradas mais bonitas do que as do Alentejo.
Ainda não sei viver sem amigos.
Ainda me passo com filas de trânsito.
Ainda não deixei de dizer palavrões quando um gato se atravessa à frente do carro e me faz travar em sobressalto.
Ainda não me rendi ao acordo ortográfico.
Ainda não me esqueci do cheiro das torradas da minha avó paterna.
Ainda não passo sem café.
Ainda não tenho respostas para todas as perguntas.
Ainda ninguém me convenceu a gostar de ginástica.
Ainda não consigo resistir a chocolate.
Mas...já fui trabalhar de Pijama. E isso é e será sempre qualidade de vida!
Dia Nacional do Pijama 2014
Ainda não escrevi um livro.
Ainda não fui mãe.
Ainda não consigo resistir a um bom sentido de humor.
Ainda não vi um concerto do John Mayer.
Ainda não deixei de gostar da Madonna.
Ainda não saio de casa sem perfume ou olhar uma única vez ao espelho.
Ainda não gosto de conduzir á chuva.
Ainda ninguém me roubou para dançar.
Ainda não aprendi a trocar um pneu.
Ainda não sei jogar xadrez.
Ainda não gritei na proa de um navio "I am the Queen of the world".
Ainda não visitei Itália.
Ainda não me canso de maus feitios.
Ainda não me esqueci da tua voz.
Ainda não tenho paciência para falsos moralismos.
Ainda não perdi a angústia de andar de avião.
Ainda não gosto de jogar ás cartas.
Ainda não aprendi a gostar de álcool.
Ainda não venci a asma.
Ainda não sei o que é viver sem saudades.
Ainda ninguém me convenceu que o pôr do sol é mais bonito do que o nascer do dia.
Ainda não vi estradas mais bonitas do que as do Alentejo.
Ainda não sei viver sem amigos.
Ainda me passo com filas de trânsito.
Ainda não deixei de dizer palavrões quando um gato se atravessa à frente do carro e me faz travar em sobressalto.
Ainda não me rendi ao acordo ortográfico.
Ainda não me esqueci do cheiro das torradas da minha avó paterna.
Ainda não passo sem café.
Ainda não tenho respostas para todas as perguntas.
Ainda ninguém me convenceu a gostar de ginástica.
Ainda não consigo resistir a chocolate.
Mas...já fui trabalhar de Pijama. E isso é e será sempre qualidade de vida!
Dia Nacional do Pijama 2014
domingo, 16 de novembro de 2014
A vida em camadas.
Detesto cebola. Desde sempre. Aliás, vou reformular: gosto só dela crua. Tudo o resto esqueçam. Minto, também gosto das camadas...porque também as tenho. Já aqui tinha dito que sou muito básica, a típica "girl next door" mas apesar de me acharem muito óbvia ou fácil de decifrar, não o sou assim tanto. Tenho várias camadas em mim, vários traços que nem sempre partilho ou não tenho paciência para explicar ou dizer que não é bem assim.
"A Vânia é distraída" - sim, sou e muito. Mas nem sempre. Dentro da distracção, tenho um olhar raio X que observa e vê o que é mais importante.
"A Vânia está sempre bem disposta" - mostro isso sim, porque acredito que boa energia gera boa energia e o meu sorriso pode salvar o dia de alguém, mesmo que a mim nem me apeteça sorrir. E nem sempre me apetece. Hoje é um deles. Não me apetece e pronto. Não vos negaria nada, mas sozinha no meu canto, não me apetece sorrir, estou como o tempo.
Não gosto de julgar nem criticar ninguém, evito fazer juízos de valor e defenso ao máximo que "nem tudo o que parece, é". Sou humana e isso explica tudo, não é?
"A Vânia faz, ela não se importa" - nem sempre. Há tantas vezes que gostava que me perguntassem o que eu realmente quero. Ou pensassem que talvez por fazer sempre algo, que me reserve ao direito das excepções.
"A Vânia está óptima, foi ela que decidiu assim" - só porque mudamos o rumo ou tomamos uma decisão, seja ela qual for, não quer dizer que não haja um processo custoso e eu passo sempre por algum. Já mudei tantas vezes o rumo da minha vida, já abri mão de tanta gente em prol do bem delas ou do meu. E em todas as situações fechei os olhos e respirei fundo.
"Vânia, está a tocar Mafalda Veiga, não és tu que só gostas disto?" - adorava que alguém percebesse que há tanta coisa que ouço, distinta uma da outra, mas que gosto tanto de ouvir. Sei que nunca disse porque não tenho de ser um jornal aberto: adoro Josh Groban e só quem realmente percebe a minha maneira de ser, consegue lá chegar. E eu adoro não ter que ser eu a dizer.
"A Vânia tem uma paciência de Jó" - já tive mais, muito mais. A vida vai dando ou retirando as doses certas para cada momento.
" A Vânia gosta de teatro, música, de falar, de escrever..." - eu gosto mesmo é de PESSOAS. E chegar a elas. A provocar emoções, a inseri-las em emoções tiradas delas próprias.
"Temos de ser verdadeiros, transparentes" - não confundam genuinidade com privacidade. Ninguém tem de mostrar mesmo o que é. Quem disse que sim? Temos de agir de acordo com a nossa vontade, isso sim. Temos de ser francos. Mas transparentes...nem sempre.
Então o que podemos esperar dessas pessoas, perguntam vocês? Não se trata de esperar, trata-se de entender que a pessoa à vossa frente é muito mais do que aquilo que mostra, há sempre algo que preservamos numa das camadas, por isso o juízo de valor é sempre o pior caminho.
Todos nós temos camadas. Sub - camadas. E sub-minicamadas.
Todos nós temos segredos dentro de segredos.
Todos nós somos mais um pouco do que aquilo que os outros vêm.
Todos nós temos uma vida em camadas, mesmo que ninguém as conheça todas. Mesmo que façamos silêncio perante cada uma :)
Boa semana silenciosos***
(sim, sou eu na foto)
"A Vânia é distraída" - sim, sou e muito. Mas nem sempre. Dentro da distracção, tenho um olhar raio X que observa e vê o que é mais importante.
"A Vânia está sempre bem disposta" - mostro isso sim, porque acredito que boa energia gera boa energia e o meu sorriso pode salvar o dia de alguém, mesmo que a mim nem me apeteça sorrir. E nem sempre me apetece. Hoje é um deles. Não me apetece e pronto. Não vos negaria nada, mas sozinha no meu canto, não me apetece sorrir, estou como o tempo.
Não gosto de julgar nem criticar ninguém, evito fazer juízos de valor e defenso ao máximo que "nem tudo o que parece, é". Sou humana e isso explica tudo, não é?
"A Vânia faz, ela não se importa" - nem sempre. Há tantas vezes que gostava que me perguntassem o que eu realmente quero. Ou pensassem que talvez por fazer sempre algo, que me reserve ao direito das excepções.
"A Vânia está óptima, foi ela que decidiu assim" - só porque mudamos o rumo ou tomamos uma decisão, seja ela qual for, não quer dizer que não haja um processo custoso e eu passo sempre por algum. Já mudei tantas vezes o rumo da minha vida, já abri mão de tanta gente em prol do bem delas ou do meu. E em todas as situações fechei os olhos e respirei fundo.
"Vânia, está a tocar Mafalda Veiga, não és tu que só gostas disto?" - adorava que alguém percebesse que há tanta coisa que ouço, distinta uma da outra, mas que gosto tanto de ouvir. Sei que nunca disse porque não tenho de ser um jornal aberto: adoro Josh Groban e só quem realmente percebe a minha maneira de ser, consegue lá chegar. E eu adoro não ter que ser eu a dizer.
"A Vânia tem uma paciência de Jó" - já tive mais, muito mais. A vida vai dando ou retirando as doses certas para cada momento.
" A Vânia gosta de teatro, música, de falar, de escrever..." - eu gosto mesmo é de PESSOAS. E chegar a elas. A provocar emoções, a inseri-las em emoções tiradas delas próprias.
"Temos de ser verdadeiros, transparentes" - não confundam genuinidade com privacidade. Ninguém tem de mostrar mesmo o que é. Quem disse que sim? Temos de agir de acordo com a nossa vontade, isso sim. Temos de ser francos. Mas transparentes...nem sempre.
Então o que podemos esperar dessas pessoas, perguntam vocês? Não se trata de esperar, trata-se de entender que a pessoa à vossa frente é muito mais do que aquilo que mostra, há sempre algo que preservamos numa das camadas, por isso o juízo de valor é sempre o pior caminho.
Todos nós temos camadas. Sub - camadas. E sub-minicamadas.
Todos nós temos segredos dentro de segredos.
Todos nós somos mais um pouco do que aquilo que os outros vêm.
Todos nós temos uma vida em camadas, mesmo que ninguém as conheça todas. Mesmo que façamos silêncio perante cada uma :)
Boa semana silenciosos***
(sim, sou eu na foto)
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
A verdade da mentira.
Acho graça ás pessoas que se dedicam aos mais fabulosos Estudos e Estatísticas sobre diversos e variados assuntos.
Nas redes sociais, volta e meia, há quem partilhe o mais recente Estudo sobre assuntos que não lembram ninguém...do género: "Pessoas que ingerem álcool vivem mais anos" - aposto que foi escrito por alguém já em coma alcoólico ou um fã do Jorge Palma, que sonha ardentemente que o próprio viva até aos 120. E se isto for verdade, acabamos de descobrir o segredo do Manoel de Oliveira.
Há também aquele muito partilhado por aí de "Os irmãos mais novos são mais inteligentes" - a ser verdade, é bom que os filhos únicos como eu, nasçam com uma dose bem concentrada, o que me parece que confere ;) ahahah
E já leram aquele Estudo de "Pessoas com mau feitio são mais saudáveis"? - a sério que há pessoas que se dedicam a comparar este tipo de padrões? "o que vais fazer hoje? - Pá, se calhar vou tentar perceber porque é que o velho da mercearia com aquele mau feitio, nunca teve nenhum badagaio". Pois se isto for verdade, o cão do meu vizinho ainda vai ladrar muitos anos.
Hoje, por exemplo, li um Estudo que afirmava "Mães depois dos 33 anos, vivem mais anos" - ufa, que alívio! Isso quer dizer que ainda vou a tempo e que posso atravessar a estrada à vontadinha, meter os dedos na tomada, que nada me acontecerá!! Pois claro.
E aqueles ditados que andam de boca em boca e que de tanto se ouvirem, se tornam verdades absolutas?
"As crianças dizem sempre a verdade" - o maior dos mitos meus caros, o maior!!!
"Natal é quando um homem quiser" - Era o que faltava! Não, não é e ainda bem!!! (quem trabalha na área da Educação, percebe-me bem)
Enfim, nestes dez minutos devo ter perdido algum Estudo novo e tenho de me manter actualizada. Ás tantas já deve haver uma relação sobre os dias de chuva e a roupa interior às bolinhas.
O que vale...é que amanhã já é Sexta!!!
Nas redes sociais, volta e meia, há quem partilhe o mais recente Estudo sobre assuntos que não lembram ninguém...do género: "Pessoas que ingerem álcool vivem mais anos" - aposto que foi escrito por alguém já em coma alcoólico ou um fã do Jorge Palma, que sonha ardentemente que o próprio viva até aos 120. E se isto for verdade, acabamos de descobrir o segredo do Manoel de Oliveira.
Há também aquele muito partilhado por aí de "Os irmãos mais novos são mais inteligentes" - a ser verdade, é bom que os filhos únicos como eu, nasçam com uma dose bem concentrada, o que me parece que confere ;) ahahah
E já leram aquele Estudo de "Pessoas com mau feitio são mais saudáveis"? - a sério que há pessoas que se dedicam a comparar este tipo de padrões? "o que vais fazer hoje? - Pá, se calhar vou tentar perceber porque é que o velho da mercearia com aquele mau feitio, nunca teve nenhum badagaio". Pois se isto for verdade, o cão do meu vizinho ainda vai ladrar muitos anos.
Hoje, por exemplo, li um Estudo que afirmava "Mães depois dos 33 anos, vivem mais anos" - ufa, que alívio! Isso quer dizer que ainda vou a tempo e que posso atravessar a estrada à vontadinha, meter os dedos na tomada, que nada me acontecerá!! Pois claro.
E aqueles ditados que andam de boca em boca e que de tanto se ouvirem, se tornam verdades absolutas?
"As crianças dizem sempre a verdade" - o maior dos mitos meus caros, o maior!!!
"Natal é quando um homem quiser" - Era o que faltava! Não, não é e ainda bem!!! (quem trabalha na área da Educação, percebe-me bem)
Enfim, nestes dez minutos devo ter perdido algum Estudo novo e tenho de me manter actualizada. Ás tantas já deve haver uma relação sobre os dias de chuva e a roupa interior às bolinhas.
O que vale...é que amanhã já é Sexta!!!
terça-feira, 11 de novembro de 2014
E esta que não me sai da cabeça...
Mikkel Solnado Feat. Joana Alegre´
"E Agora?"
O que foi feito de ti?
Eras perfeita em mim.
Será que te foste tentar encontrar?
Que te foste libertar?
Esperei tanto por ti
E caiu-me um manto em mim...
Será que te perdeste a caminhar?
Ou foi só para me castigar?
E agora, será que te perdi?
E agora, se terminar aqui
O que será de mim, sem ti?
Corri o mundo por ti,
Mas o mundo correu sem mim
Será que tu partiste para além mar
Só para me abandonar?
E agora, será que te perdi?
E agora, se terminar aqui
O que será de mim, sem ti?
Não fiques para trás meu bem,
Não quero que te percas por aí
Nesta selva de betão,
É só confusão...
E agora, será que te perdi?
E agora, se terminar aqui
O que será de mim, sem ti?
"E Agora?"
O que foi feito de ti?
Eras perfeita em mim.
Será que te foste tentar encontrar?
Que te foste libertar?
Esperei tanto por ti
E caiu-me um manto em mim...
Será que te perdeste a caminhar?
Ou foi só para me castigar?
E agora, será que te perdi?
E agora, se terminar aqui
O que será de mim, sem ti?
Corri o mundo por ti,
Mas o mundo correu sem mim
Será que tu partiste para além mar
Só para me abandonar?
E agora, será que te perdi?
E agora, se terminar aqui
O que será de mim, sem ti?
Não fiques para trás meu bem,
Não quero que te percas por aí
Nesta selva de betão,
É só confusão...
E agora, será que te perdi?
E agora, se terminar aqui
O que será de mim, sem ti?
Mas porque é que ninguém me avisou?
Estão a ver aquele filme que deixamos escapar no cinema e andamos com ele engasgado, meses a fio, até o conseguirmos ver?
Foi tal e qual o que me aconteceu com este,
O que ninguém me disse foi que, sendo eu uma chorona nata, credenciada pelos lenços Renova e mestre em chorar em todas as situações possiveis e imaginárias, me tinha que preparar para um rio lacrimal. Mas daqueles à séria!!! Não se faz minha gente, não se faz.
É um filme de Domingo à tarde? É.
Já sabia que era uma história de amor? Sim.
Mas puxa...tenham piedade de mim!!
A história conta-nos como Hazel (cuja actriz tem a voz mais doce de sempre!) e Augustus Waters (aquele miúdo com pinta de ser o mais popular no liceu e que achamos que nunca, mas nunca irá olhar para nós, a não ser para nos passar à frente na fila do refeitório) se apaixonam, quando se conhecem num grupo de apoio e a maneira extraordinária como ambos encaram o pouco tempo que têm para aproveitar a vida. Ambos têm doenças terminais que, aparentemente, estão controladas durante tempo suficiente para viver com alguma "normalidade". As vidas de Hazel e Augustus sofrem um revés e é aí que dói. Não desatam a fazer tudo o que lhes apetece, mas desatam a querer sentir as coisas. Permitem-se a amar. A viver o "infinito" deles, dentro dos dias contados.
E há sempre alguém que parte primeiro. E há sempre alguém que sofre primeiro pela perda do outro.
E deve doer tanto, tanto.
E como me lembrei da Alice e do Vítor (http://saladosilenciocorderosa.blogspot.pt/2013/09/26.html), de toda a história de amor deles e de ela me dizer mais do que uma vez, que não importa o pouco tempo que o "sentiu com ela", porque soube o que era o verdadeiro amor. Dentro de um tempo que pressentia que ia acabar. Foi uma espécie de "para sempre".
Enfim, gostei muito mas só sei que me fartei de chorar, com direito a tremeliques e tudo. Chiça penico!
(Só quem viu o filme, perceberá esta última imagem...Certo? Certo.)
Foi tal e qual o que me aconteceu com este,
O que ninguém me disse foi que, sendo eu uma chorona nata, credenciada pelos lenços Renova e mestre em chorar em todas as situações possiveis e imaginárias, me tinha que preparar para um rio lacrimal. Mas daqueles à séria!!! Não se faz minha gente, não se faz.
É um filme de Domingo à tarde? É.
Já sabia que era uma história de amor? Sim.
Mas puxa...tenham piedade de mim!!
A história conta-nos como Hazel (cuja actriz tem a voz mais doce de sempre!) e Augustus Waters (aquele miúdo com pinta de ser o mais popular no liceu e que achamos que nunca, mas nunca irá olhar para nós, a não ser para nos passar à frente na fila do refeitório) se apaixonam, quando se conhecem num grupo de apoio e a maneira extraordinária como ambos encaram o pouco tempo que têm para aproveitar a vida. Ambos têm doenças terminais que, aparentemente, estão controladas durante tempo suficiente para viver com alguma "normalidade". As vidas de Hazel e Augustus sofrem um revés e é aí que dói. Não desatam a fazer tudo o que lhes apetece, mas desatam a querer sentir as coisas. Permitem-se a amar. A viver o "infinito" deles, dentro dos dias contados.
E há sempre alguém que parte primeiro. E há sempre alguém que sofre primeiro pela perda do outro.
E deve doer tanto, tanto.
E como me lembrei da Alice e do Vítor (http://saladosilenciocorderosa.blogspot.pt/2013/09/26.html), de toda a história de amor deles e de ela me dizer mais do que uma vez, que não importa o pouco tempo que o "sentiu com ela", porque soube o que era o verdadeiro amor. Dentro de um tempo que pressentia que ia acabar. Foi uma espécie de "para sempre".
Enfim, gostei muito mas só sei que me fartei de chorar, com direito a tremeliques e tudo. Chiça penico!
(
domingo, 9 de novembro de 2014
Chapitô, meu amô!
Ainda eu morava no Porto, já ouvia falar no Chapitô. Pela Tv, pelos Magazines de Cultura e sempre que a Teresa Ricou (mentora e directora do Projecto) aparecia por este ou aquele motivo.
Para quem gosta das Expressões, o Chapitô (Escola de Circo, arte essa que curiosamente não sou muito fã) é O sítio a ir. É O lugar para estar.
O Chapitô é uma organização não governamental situada na Costa do Castelo em Lisboa, com uma vista de cortar a respiração, num espaço pluridisciplinar onde se desenvolvem actividades em três áreas distintas em permanente articulação: Apoio Social, Formação e Cultura.
Como associação cultural sem fins lucrativos, ONG e Instituição Particular de Solidariedade Social, com estatuto de Superior Interesse Social e Manifesto Interesse Cultural, tem como matriz a intervenção e integração social através das artes.
O que eu não sabia e fiquei a saber, no ano em que me mudei para cá,2009, o Chapitô foi o vencedor do Prémio Gulbenkian Beneficência 2009, sendo reconhecido o mérito do esforço desenvolvido com vista à reinserção social e capacitação profissional, essencialmente orientada para os jovens.
Um sítio com uma carga emocional enorme, que nos coloca um bichinho que rói rói rói e não sai mais.
Fui lá esta Sexta Feira que passou e fiquei apaixonada. Mal pus o pé lá dentro, senti borboletas na barriga e num suspiro, percebi que o Chapitô entrava para o meu Top 5 dos lugares que aquecem o coração.
Mal entrei lá, dei de caras com a loja deles, onde há de tudo um pouco referente ás artes do espectáculo, artigos de artesanato e algumas brincadeiras com crítica social, como estes bonecos de Voodoo,
Somos depois brindados com uma série de pormenores circenses, românticos e líricos, e até frases mágicas que nos envolvem do início ao fim.
Lá dentro, tudo se torna intimista, a meia luz, tal e qual a vida se torna quando nos viramos mais para nós, quando nos permitimos sentir!
E claro...foi mais uma vez o Teatro que me levou a conhecer este espaço. "A Culpa é do Mordomo" é uma comédia bem portuguesa, com muitos momentos de chorar a rir. Conheço pessoalmente um dos actores e recomendo vivamente a peça, não se irão arrepender!
Obrigada Pedro Luzindro ( o próprio do Mordomo!) pela simpatia pós-espectáculo, por nos receberes tão bem, pelo talento que mostras e por manteres o teatro ao nível que eu gosto de ver: o que faz a gargalhada sair, os olhos ficarem sem piscar e o coração a bater palmas.
Visitem o Chapitô, vejam a peça e sejam felizes :)
Para quem gosta das Expressões, o Chapitô (Escola de Circo, arte essa que curiosamente não sou muito fã) é O sítio a ir. É O lugar para estar.
O Chapitô é uma organização não governamental situada na Costa do Castelo em Lisboa, com uma vista de cortar a respiração, num espaço pluridisciplinar onde se desenvolvem actividades em três áreas distintas em permanente articulação: Apoio Social, Formação e Cultura.
Como associação cultural sem fins lucrativos, ONG e Instituição Particular de Solidariedade Social, com estatuto de Superior Interesse Social e Manifesto Interesse Cultural, tem como matriz a intervenção e integração social através das artes.
O que eu não sabia e fiquei a saber, no ano em que me mudei para cá,2009, o Chapitô foi o vencedor do Prémio Gulbenkian Beneficência 2009, sendo reconhecido o mérito do esforço desenvolvido com vista à reinserção social e capacitação profissional, essencialmente orientada para os jovens.
Um sítio com uma carga emocional enorme, que nos coloca um bichinho que rói rói rói e não sai mais.
Fui lá esta Sexta Feira que passou e fiquei apaixonada. Mal pus o pé lá dentro, senti borboletas na barriga e num suspiro, percebi que o Chapitô entrava para o meu Top 5 dos lugares que aquecem o coração.
Mal entrei lá, dei de caras com a loja deles, onde há de tudo um pouco referente ás artes do espectáculo, artigos de artesanato e algumas brincadeiras com crítica social, como estes bonecos de Voodoo,
Somos depois brindados com uma série de pormenores circenses, românticos e líricos, e até frases mágicas que nos envolvem do início ao fim.
Lá dentro, tudo se torna intimista, a meia luz, tal e qual a vida se torna quando nos viramos mais para nós, quando nos permitimos sentir!
E claro...foi mais uma vez o Teatro que me levou a conhecer este espaço. "A Culpa é do Mordomo" é uma comédia bem portuguesa, com muitos momentos de chorar a rir. Conheço pessoalmente um dos actores e recomendo vivamente a peça, não se irão arrepender!
Obrigada Pedro Luzindro ( o próprio do Mordomo!) pela simpatia pós-espectáculo, por nos receberes tão bem, pelo talento que mostras e por manteres o teatro ao nível que eu gosto de ver: o que faz a gargalhada sair, os olhos ficarem sem piscar e o coração a bater palmas.
Visitem o Chapitô, vejam a peça e sejam felizes :)
sábado, 8 de novembro de 2014
Girls´s Stuff #10
Quem disse que os dias de chuva não têm a sua piada?
Sim, sou fã de galochas e não quero saber se passo por parola ou não.
Estou que nem posso com as minhas bebés!
Sim, sou fã de galochas e não quero saber se passo por parola ou não.
Estou que nem posso com as minhas bebés!
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Feelings
Quem me conhece bem, sabe que me encosto ao invulgar da distracção e que despassarada é o meu nome do meio. Mas sinto tudo.
Já tentei limar algumas arestas, já me tentei superar mas sou mesmo assim. E já desisti de não o ser. Meto-me por ruas e vielas e acabo sempre a rir-me de mim própria. Gosto de me sentir assim. Distraio-me à grande e perco-me de forma perfeita...sempre. Falho uma, duas e três vezes.
Já menti, já omiti. Já prometi em desespero e já jurei em euforia. Já deixei de cumprir. E senti tudo isso.
Aprendi a diverti-me no insólito dos meus dias. A lembrar-me dos não-beijos e os não-abraços, como trampolim para uma paixão que esteja do outro lado da porta. E imagino que a sinto.
Não gosto de rir "mais ou menos", não gosto de tempo "morno" ou de uma história "assim-assim". Gosto de ser intensa. E de sentir. De me rir alto durante 5 segundos e outros cinco segundos passado um bom bocado. Gosto de cair de cansaço em cima da cama, com vontade, mesmo que nem tenha aberto os lençóis. E sentir o impacto. Prefiro contar que troquei os sapatos e saí assim para a rua, do que não ter nenhum episódio para me lembrar.
Gosto de chorar com os filmes, de cantar alto nas viagens de carro e tentar disfarçar quando chego à janelinha da portagem. E sentir o que fiz.
Fecho os olhos quando danço e mordo o lábio com vontade. E sinto.
Nunca entorno pouca água, faço sempre uma bela asneira e um rio para formigas.
Quando me queimo sai-me sempre um "Ah F***-se!" e sou perita em ficar roxa de dor quando deixo o dedo mindinho na perna da mesa, e mesmo assim com força para ainda dizer outro "F***********************-seeeeee" mas mais longo. Doeu só de pensarem, aposto. Pois, eu senti-vos.
Porque ou se sente, ou não se sente.
Ou há arrepios ou não há.
Ou se morre de vez em quando em vida ou então nada vale a pena.
Já tentei limar algumas arestas, já me tentei superar mas sou mesmo assim. E já desisti de não o ser. Meto-me por ruas e vielas e acabo sempre a rir-me de mim própria. Gosto de me sentir assim. Distraio-me à grande e perco-me de forma perfeita...sempre. Falho uma, duas e três vezes.
Já menti, já omiti. Já prometi em desespero e já jurei em euforia. Já deixei de cumprir. E senti tudo isso.
Aprendi a diverti-me no insólito dos meus dias. A lembrar-me dos não-beijos e os não-abraços, como trampolim para uma paixão que esteja do outro lado da porta. E imagino que a sinto.
Não gosto de rir "mais ou menos", não gosto de tempo "morno" ou de uma história "assim-assim". Gosto de ser intensa. E de sentir. De me rir alto durante 5 segundos e outros cinco segundos passado um bom bocado. Gosto de cair de cansaço em cima da cama, com vontade, mesmo que nem tenha aberto os lençóis. E sentir o impacto. Prefiro contar que troquei os sapatos e saí assim para a rua, do que não ter nenhum episódio para me lembrar.
Gosto de chorar com os filmes, de cantar alto nas viagens de carro e tentar disfarçar quando chego à janelinha da portagem. E sentir o que fiz.
Fecho os olhos quando danço e mordo o lábio com vontade. E sinto.
Nunca entorno pouca água, faço sempre uma bela asneira e um rio para formigas.
Quando me queimo sai-me sempre um "Ah F***-se!" e sou perita em ficar roxa de dor quando deixo o dedo mindinho na perna da mesa, e mesmo assim com força para ainda dizer outro "F***********************-seeeeee" mas mais longo. Doeu só de pensarem, aposto. Pois, eu senti-vos.
Porque ou se sente, ou não se sente.
Ou há arrepios ou não há.
Ou se morre de vez em quando em vida ou então nada vale a pena.
Vou ali e venho já...
...para decidir se me descabelo toda ou continuo aos gritos, por um dos meus escritores de eleição, que já me fez sonhar tanto com as palavras, me ter dado a sua opinião sobre alguns textos escritos aqui na Sala.
Mais densa...é para já Sr. Pedro!
Obrigada, mil vezes :)))
Mais densa...é para já Sr. Pedro!
Obrigada, mil vezes :)))
terça-feira, 4 de novembro de 2014
domingo, 2 de novembro de 2014
3 filmes. 2 restaurantes. 1 concerto.
Com o tempo, fui perdendo o hábito de partilhar o que vou conhecendo e de vos passar as minhas sugestões. Não se trata de preguiça, mas talvez vontade de "recolher" mais informação para fazer depois um texto como este: cheio de tudo, com alma e vontade.
Há por aí amantes de cinema? Então juntem-se a mim:)
Confesso que quando vi este cartaz, não dei nada por ele. Mesmo assim, arrisquei e foi o melhor que fiz.
"Entre 1983 e 2005, durante os terríveis anos da Guerra Civil que assolou o Sudão, estima-se que mais de dois milhões de pessoas tenham perdido a vida. Em busca de abrigo, um sem-número de famílias deixou as suas casas e seguiu em direcção a campos de refugiados. Devido à situação caótica em que viviam, perto de 27 mil crianças foram separadas dos pais, fazendo o trajecto sozinhas. Eram estes os "lost boys/girls", crianças de todas as idades que, fugindo aos perigos e, muitas vezes, acompanhadas pelos irmãos, percorriam milhares de quilómetros para alcançar os campos. Alguns anos mais tarde, um esforço humanitário levou para os EUA algumas destas crianças".
Uma realidade recente, muito recente, assustadoramente real. Com que direito se tira a vida a alguém? Com que direito se definem outras vidas à força? Chorei, ri-me, senti o coração apertadinho e fiquei incrédula, no final, quando nos é revelado que os principais actores sãos os PRÓPRIOS refugiados. Vejam! Este é um verdadeiro soco no estômago, mas daqueles que não abrem ferida, abrem a mente!
É o filme que todos falam, é verdade, mas não o fui ver por isso. Fui ver porque conheço o actor de teatros amadores e gosto do seu trabalho.
Fui agradavelmente surpreendida, mas gostei mais das paisagens e vistas de Lisboa (lindas!) e da banda sonora (Ana Moura e não só) do que o argumento. Conta a história de Jó que é expulso de casa pelo pai no dia em que faz anos. Sem ter sítio para onde ir, refugia-se no terraço do prédio de Rosa, que acabou de perder o marido. Ele tem 18 anos e ela 73. É o mote para uma amizade fora de série. Com realização de António-Pedro Vasconcelos ("Jaime"), é uma história incomum sobre o amor e a amizade entre dois seres que, contra todas as probabilidades, se completam nas suas diferenças.
Preparem-se apenas para o tipo de vocabulário que continuam a insistir em usar, como se nós portugueses disséssemos sete palavrões em cada dez palavras. Sei que pode dar mais ênfase ao texto e puxa a gargalhada em muitas situações, mas chega a um ponto que é falta de gosto.
Tirando isso, vale a pena ver!
Grande, grande filme!!! Um dos melhores do ano e imperdível. A adaptação do best-seller de Gillian Flynn (no original, "Gone Girl") conta uma história sórdida entre várias camadas de ilusão, mentiras e frenesim mediático; uma história que se alicerça no poder do storytelling (tanto no próprio enredo, como nos utilizados mecanismos para o trazer à vida) e na eterna contenda entre a percepção e a realidade.
Sagaz, cáustico e perverso, parte como uma exploração fascinante sobre narrativas duvidosas e do poder escorregadio dos media, capaz de agarrar ideias profundas sobre a identidade pessoal, a forma como nos apresentamos perante o outro e as relações, e transpô-las para um enredo metafórico que serve totalmente as necessidades de entretenimento do público moderno.
Vejam!!!
Toda a gente que me conhece sabe que fico vidrada de uma boa vista, de uma boa paisagem. De tal maneira, que quase morro para o resto à minha volta.
Há dois sítios em Lisboa, distintos entre eles, quer em preço quer em conceito, que em comum têm um postal vivo de Lisboa, enquanto comemos.
Noo Bai - A dois passos do Bairro Alto e Chiado.
o espaço é simpático e confortável, as esplanadas bem dispostas, o salão interior bonito e viajado, a banda sonora escolhida a dedo, as sugestões de bebidas e comidas são airosas...
La Paparrucha - No Príncipe Real.
Este tira o fôlego, mal entramos! É um sítio diferente, com qualidade nos pratos, simpatia no atendimento e uma envolvência de cair o queixo. O preço também faz-nos cair qualquer coisa, é daqueles restaurantes bons para ir uma vez ou duas no ano e já é uma festa!
Para acabar o dia em beleza, que tal um concerto a fazer recordar velhos tempos?
Sara Tavares
Ainda era pequena quando te vi pela primeira vez, tímida, no concurso sensação da altura. Segui-te desde então, sabia que serias a Estrela das Estrelas no meio da Chuva. E fui, na Sexta, outra vez pequena, ao aplaudir-te como se fosse a primeira vez!
Sala cheia, coração cheio, num Teatro lindo de morrer, a fazer jus a todo o espectáculo! Cantar o "Bom feeling" de braços abertos e olhos fechados, com toda a gente de pé, é uma imagem que dificilmente vou esquecer.
E por me sentir uma miúda, fui vestida como uma miúda!! (momento de gajas agora, desculpem!)
Quem me conhece, sabe que NUNCA uso calções ou saias. Mas viva ás excepções :)))
Um bem hajas Sara!!!
Bom Domingo silenciosos :)
Há por aí amantes de cinema? Então juntem-se a mim:)
Confesso que quando vi este cartaz, não dei nada por ele. Mesmo assim, arrisquei e foi o melhor que fiz.
"Entre 1983 e 2005, durante os terríveis anos da Guerra Civil que assolou o Sudão, estima-se que mais de dois milhões de pessoas tenham perdido a vida. Em busca de abrigo, um sem-número de famílias deixou as suas casas e seguiu em direcção a campos de refugiados. Devido à situação caótica em que viviam, perto de 27 mil crianças foram separadas dos pais, fazendo o trajecto sozinhas. Eram estes os "lost boys/girls", crianças de todas as idades que, fugindo aos perigos e, muitas vezes, acompanhadas pelos irmãos, percorriam milhares de quilómetros para alcançar os campos. Alguns anos mais tarde, um esforço humanitário levou para os EUA algumas destas crianças".
Uma realidade recente, muito recente, assustadoramente real. Com que direito se tira a vida a alguém? Com que direito se definem outras vidas à força? Chorei, ri-me, senti o coração apertadinho e fiquei incrédula, no final, quando nos é revelado que os principais actores sãos os PRÓPRIOS refugiados. Vejam! Este é um verdadeiro soco no estômago, mas daqueles que não abrem ferida, abrem a mente!
É o filme que todos falam, é verdade, mas não o fui ver por isso. Fui ver porque conheço o actor de teatros amadores e gosto do seu trabalho.
Fui agradavelmente surpreendida, mas gostei mais das paisagens e vistas de Lisboa (lindas!) e da banda sonora (Ana Moura e não só) do que o argumento. Conta a história de Jó que é expulso de casa pelo pai no dia em que faz anos. Sem ter sítio para onde ir, refugia-se no terraço do prédio de Rosa, que acabou de perder o marido. Ele tem 18 anos e ela 73. É o mote para uma amizade fora de série. Com realização de António-Pedro Vasconcelos ("Jaime"), é uma história incomum sobre o amor e a amizade entre dois seres que, contra todas as probabilidades, se completam nas suas diferenças.
Preparem-se apenas para o tipo de vocabulário que continuam a insistir em usar, como se nós portugueses disséssemos sete palavrões em cada dez palavras. Sei que pode dar mais ênfase ao texto e puxa a gargalhada em muitas situações, mas chega a um ponto que é falta de gosto.
Tirando isso, vale a pena ver!
Grande, grande filme!!! Um dos melhores do ano e imperdível. A adaptação do best-seller de Gillian Flynn (no original, "Gone Girl") conta uma história sórdida entre várias camadas de ilusão, mentiras e frenesim mediático; uma história que se alicerça no poder do storytelling (tanto no próprio enredo, como nos utilizados mecanismos para o trazer à vida) e na eterna contenda entre a percepção e a realidade.
Sagaz, cáustico e perverso, parte como uma exploração fascinante sobre narrativas duvidosas e do poder escorregadio dos media, capaz de agarrar ideias profundas sobre a identidade pessoal, a forma como nos apresentamos perante o outro e as relações, e transpô-las para um enredo metafórico que serve totalmente as necessidades de entretenimento do público moderno.
Vejam!!!
Toda a gente que me conhece sabe que fico vidrada de uma boa vista, de uma boa paisagem. De tal maneira, que quase morro para o resto à minha volta.
Há dois sítios em Lisboa, distintos entre eles, quer em preço quer em conceito, que em comum têm um postal vivo de Lisboa, enquanto comemos.
Noo Bai - A dois passos do Bairro Alto e Chiado.
o espaço é simpático e confortável, as esplanadas bem dispostas, o salão interior bonito e viajado, a banda sonora escolhida a dedo, as sugestões de bebidas e comidas são airosas...
La Paparrucha - No Príncipe Real.
Este tira o fôlego, mal entramos! É um sítio diferente, com qualidade nos pratos, simpatia no atendimento e uma envolvência de cair o queixo. O preço também faz-nos cair qualquer coisa, é daqueles restaurantes bons para ir uma vez ou duas no ano e já é uma festa!
Para acabar o dia em beleza, que tal um concerto a fazer recordar velhos tempos?
Sara Tavares
Ainda era pequena quando te vi pela primeira vez, tímida, no concurso sensação da altura. Segui-te desde então, sabia que serias a Estrela das Estrelas no meio da Chuva. E fui, na Sexta, outra vez pequena, ao aplaudir-te como se fosse a primeira vez!
Sala cheia, coração cheio, num Teatro lindo de morrer, a fazer jus a todo o espectáculo! Cantar o "Bom feeling" de braços abertos e olhos fechados, com toda a gente de pé, é uma imagem que dificilmente vou esquecer.
E por me sentir uma miúda, fui vestida como uma miúda!! (momento de gajas agora, desculpem!)
Quem me conhece, sabe que NUNCA uso calções ou saias. Mas viva ás excepções :)))
Um bem hajas Sara!!!
Bom Domingo silenciosos :)
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Há livros e livros. E há Pedro Chagas Freitas.
" Silêncio, que se vai amar.
Todos os amores começam assim. No silêncio de um olhar, no silêncio de uma mão dependente da outra (...). É fundamental o silêncio entre duas pessoas que se querem falar. É fundamental o silêncio para que o amor se entenda. E «Amo-te» é uma palavra que só se diz assim:
Shiu. (...)
Prometo falhar. Sem hesitar. Prometo ser humano, aqui e ali ser incoerente, aqui e ali dizer a palavra errada, a frase errada, até o texto errado, aqui e ali agir sem pensar, para que raios serve pensar quando te amo tão desalmadamente assim? Prometo compreender, prometo querer, prometo acreditar. Prometo insistir, prometo lutar, descobrir, aprender, ensinar. Tudo para te dizer que prometo falhar. E Deus te livre de não me prometeres o mesmo.
«Foste a maneira mais bonita de errar.»
E ela sentiu a respiração a faltar, hesitou como nunca tinha hesitado, quis pensar aquilo tudo, colocar todas as possibilidades nos pratos da balança, mas quando deu por si não disse «quero tanto mas deixa lá», quando deu por si estava a pensar em como conseguira deixar de pensar, um ou dois segundos de ela própria, o amor só existe quando nos oferece pelo menos um ou dois segundos de nós próprios.
«Se voltas a falhar juro que te amo para sempre.»
E ela falhou."
in "Prometo falhar", de Pedro Chagas Freitas
Todos os amores começam assim. No silêncio de um olhar, no silêncio de uma mão dependente da outra (...). É fundamental o silêncio entre duas pessoas que se querem falar. É fundamental o silêncio para que o amor se entenda. E «Amo-te» é uma palavra que só se diz assim:
Shiu. (...)
Prometo falhar. Sem hesitar. Prometo ser humano, aqui e ali ser incoerente, aqui e ali dizer a palavra errada, a frase errada, até o texto errado, aqui e ali agir sem pensar, para que raios serve pensar quando te amo tão desalmadamente assim? Prometo compreender, prometo querer, prometo acreditar. Prometo insistir, prometo lutar, descobrir, aprender, ensinar. Tudo para te dizer que prometo falhar. E Deus te livre de não me prometeres o mesmo.
«Foste a maneira mais bonita de errar.»
E ela sentiu a respiração a faltar, hesitou como nunca tinha hesitado, quis pensar aquilo tudo, colocar todas as possibilidades nos pratos da balança, mas quando deu por si não disse «quero tanto mas deixa lá», quando deu por si estava a pensar em como conseguira deixar de pensar, um ou dois segundos de ela própria, o amor só existe quando nos oferece pelo menos um ou dois segundos de nós próprios.
«Se voltas a falhar juro que te amo para sempre.»
E ela falhou."
in "Prometo falhar", de Pedro Chagas Freitas
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Mai nada!
Tendo em conta que sou uma Amiga-Galinha, uma Filha-Galinha e uma Tudo-Galinha, não resisti a esta...
Bom arranque de semana :)
Bom arranque de semana :)
domingo, 26 de outubro de 2014
Para ler e pensar.
Para os nascidos antes de 1986...
"De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípios de 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebê eram pintadas com cores bonitas, em tinta à base de chumbo, altamente tóxicas, que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.
Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas à prova de crianças, ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas numa boa.
Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes, cotoveleiras e joelheiras!
Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos de segurança e airbags, ir no banco da frente era um bônus.
Bebíamos água da mangueira do jardim e não de garrafa, que na época nem vendia.
Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e outras porcarias mas dificilmente engordávamos porque estávamos sempre loucos para brincar na rua com os amigos.
Partilhávamos garrafas e copos com dezenas de colegas e nunca morremos disso.
Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pela rua mais íngreme, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar algum tipo de freio.
Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.
Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.
Não tínhamos Play Station, X Box, nada de 100 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet.
A Tv apanhava no máximo RTP e RTP2.
Tínhamos amigos e para vê-los era só ir pra rua.
Caíamos de muros e de árvores, cortávamo-nos, até partíamos ossos, apertávamos as campainhas dos vizinhos, fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.
Tudo isso sem ninguém processar ninguém!
Íamos a pé para casa dos amigos.
Acreditem ou não íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mãe ou o pai nos levassem.
Criávamos jogos com simples paus e bolas.
Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem.
Eles estavam era do lado da lei.
Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre.
Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.
Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.
És um deles?
Parabéns!"
"De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípios de 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebê eram pintadas com cores bonitas, em tinta à base de chumbo, altamente tóxicas, que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.
Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas à prova de crianças, ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas numa boa.
Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes, cotoveleiras e joelheiras!
Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos de segurança e airbags, ir no banco da frente era um bônus.
Bebíamos água da mangueira do jardim e não de garrafa, que na época nem vendia.
Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e outras porcarias mas dificilmente engordávamos porque estávamos sempre loucos para brincar na rua com os amigos.
Partilhávamos garrafas e copos com dezenas de colegas e nunca morremos disso.
Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pela rua mais íngreme, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar algum tipo de freio.
Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.
Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.
Não tínhamos Play Station, X Box, nada de 100 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet.
A Tv apanhava no máximo RTP e RTP2.
Tínhamos amigos e para vê-los era só ir pra rua.
Caíamos de muros e de árvores, cortávamo-nos, até partíamos ossos, apertávamos as campainhas dos vizinhos, fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.
Tudo isso sem ninguém processar ninguém!
Íamos a pé para casa dos amigos.
Acreditem ou não íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mãe ou o pai nos levassem.
Criávamos jogos com simples paus e bolas.
Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem.
Eles estavam era do lado da lei.
Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre.
Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.
Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.
És um deles?
Parabéns!"
sábado, 25 de outubro de 2014
Lado a Lado.
Sei que toda a gente vai ler isto. Gente que vem de outros blogues. Gente que tem outras vidas, outras histórias. Gente que não me conhece bem, nem mais ou menos e umas que vão conhecendo. Gente que acha que me vê com olhos de ver. E até as poucas que realmente permiti que me conhecessem. Muitas não vão entender nada do que irão ler a seguir...outras sentirão de olhos fechados.
Mas a mim só me interessa que sejas tu a ler.
Apareceste na viragem da minha vida e em tantos outros episódios a seguir. Viste os meus cortes de cabelo, os meus pijamas parvos, a minha panca pelas cápsulas de café do Continente, o meu fascínio por malas da Cavalinho que em nada se modernizaram ou adequavam aos tempos actuais, mas era eu, eu era assim e sei que tens saudades disso. Sei mesmo. Nunca penses que não tenho a noção...aliás, aprendi que a amizade ou o carinho por alguém nunca são superiores à falta que sentimos. A falta, as saudades, são sempre superiores.
E eu também as sinto e muito.
Não precisei de estar fechada para me sentir isolada do mundo. Podemos sentir-nos assim mesmo rodeados de gente. E de barulho. E de coisas. E de tudo. Podemos até estar cheios da nossa própria confusão diária, não ter tempo para sequer dormir! Podemos ter os amigos por perto, até. Podemos preencher os nossos dias com todos os compromissos que conseguirmos. Só para ocupar tempo. Para nos escusarmos a ver o que queremos esconder. Para disfarçarmos de nós próprios o que nos falta. Mas, no fim de um dia atribulado, aquilo que se nos ocorre é o vazio. Contigo nunca tive essa sensação, sei que podias amparar as minhas quedas. Sei que só o saber-te ali ao lado já me fazia respirar fundo.
Desculpa se não o fiz, se soou a um "virar costas" ingrato. Mas, arriscando dar-te a mais parva das desculpas...eu não quis que soubesses o meu estado, porque sei que ferverias por dentro. Claro que as amigas são para isso mesmo, lógico! Mas para mim, eras e és família. Sempre foste. Ocultar-te ou omitir o que quer que fosse em prol de não fazer barulho à volta das coisas, em prol de eu ter mais um tempo de silêncio interior, era só o que precisava.
Assististe a conquistas pequenas, a desilusões grandes mas silenciosas, a mudanças boas e significativas. Vibraste. Riste-te. Emocionaste-te. Estivemos sempre lado a lado.
Obriguei-te a dizeres-me adeus quando se calhar podia ter-me deixado dormir no teu abraço e esperado mais uns tempos.
Tenho a imagem desse dia tão gravada em mim, como o som que esse espanta-espíritos deve fazer. E ele, foi até hoje, a prova de nunca nos termos despedido de verdade. A prova em que se calhar, de uma forma ou de outra, continuo sentada nas escadas da varanda ou a responder-te aos gritos "Já voooooou!".
Sei que sabes que tinha de fazer esta escolha e sei que por outros motivos me queres dar umas quantas chapadas, para meu bem. Já as senti e já as tinha aceite mesmo antes de abrires a boca. Temos isso em comum. Topamos as coisas à distância! Vemos com o coração.
Nunca penses que me fui embora. Nunca penses que ando propositadamente ligada à corrente. Nem tudo o que parece, é. Mas...como se diz em Teatro, "the show must go on", sabe Deus como. Deus e eu.
E eu, Vânia, me confesso, que nesta fase que ambas sabemos, cheguei a tomar banho mais do que três vezes por dia, por não ter mais que fazer e para o tempo deste lado passar depressa. Senti tantas vezes que corri pela vida e que a vida tinha corrido sem mim, sem esperar.
E perguntas tu "Porque não me ligaste?? És mesmo parva!" - eu sei. Mas cada um se defende da dor e protege os seus como consegue e nem sempre se fazem boas escolhas. Faz parte.
Por isso, continua tudo a valer a pena porque há pessoas em mim que não abdico, nunca abdicarei. Obrigada pela amiga e pessoa que sempre foste, por eu nem precisar de falar.
Disseste hoje que não me saberias perder...e sabes porquê? Porque sempre me salvaste!!!
Nickles***
Mas a mim só me interessa que sejas tu a ler.
Apareceste na viragem da minha vida e em tantos outros episódios a seguir. Viste os meus cortes de cabelo, os meus pijamas parvos, a minha panca pelas cápsulas de café do Continente, o meu fascínio por malas da Cavalinho que em nada se modernizaram ou adequavam aos tempos actuais, mas era eu, eu era assim e sei que tens saudades disso. Sei mesmo. Nunca penses que não tenho a noção...aliás, aprendi que a amizade ou o carinho por alguém nunca são superiores à falta que sentimos. A falta, as saudades, são sempre superiores.
E eu também as sinto e muito.
Não precisei de estar fechada para me sentir isolada do mundo. Podemos sentir-nos assim mesmo rodeados de gente. E de barulho. E de coisas. E de tudo. Podemos até estar cheios da nossa própria confusão diária, não ter tempo para sequer dormir! Podemos ter os amigos por perto, até. Podemos preencher os nossos dias com todos os compromissos que conseguirmos. Só para ocupar tempo. Para nos escusarmos a ver o que queremos esconder. Para disfarçarmos de nós próprios o que nos falta. Mas, no fim de um dia atribulado, aquilo que se nos ocorre é o vazio. Contigo nunca tive essa sensação, sei que podias amparar as minhas quedas. Sei que só o saber-te ali ao lado já me fazia respirar fundo.
Desculpa se não o fiz, se soou a um "virar costas" ingrato. Mas, arriscando dar-te a mais parva das desculpas...eu não quis que soubesses o meu estado, porque sei que ferverias por dentro. Claro que as amigas são para isso mesmo, lógico! Mas para mim, eras e és família. Sempre foste. Ocultar-te ou omitir o que quer que fosse em prol de não fazer barulho à volta das coisas, em prol de eu ter mais um tempo de silêncio interior, era só o que precisava.
Assististe a conquistas pequenas, a desilusões grandes mas silenciosas, a mudanças boas e significativas. Vibraste. Riste-te. Emocionaste-te. Estivemos sempre lado a lado.
Obriguei-te a dizeres-me adeus quando se calhar podia ter-me deixado dormir no teu abraço e esperado mais uns tempos.
Tenho a imagem desse dia tão gravada em mim, como o som que esse espanta-espíritos deve fazer. E ele, foi até hoje, a prova de nunca nos termos despedido de verdade. A prova em que se calhar, de uma forma ou de outra, continuo sentada nas escadas da varanda ou a responder-te aos gritos "Já voooooou!".
Sei que sabes que tinha de fazer esta escolha e sei que por outros motivos me queres dar umas quantas chapadas, para meu bem. Já as senti e já as tinha aceite mesmo antes de abrires a boca. Temos isso em comum. Topamos as coisas à distância! Vemos com o coração.
Nunca penses que me fui embora. Nunca penses que ando propositadamente ligada à corrente. Nem tudo o que parece, é. Mas...como se diz em Teatro, "the show must go on", sabe Deus como. Deus e eu.
E eu, Vânia, me confesso, que nesta fase que ambas sabemos, cheguei a tomar banho mais do que três vezes por dia, por não ter mais que fazer e para o tempo deste lado passar depressa. Senti tantas vezes que corri pela vida e que a vida tinha corrido sem mim, sem esperar.
E perguntas tu "Porque não me ligaste?? És mesmo parva!" - eu sei. Mas cada um se defende da dor e protege os seus como consegue e nem sempre se fazem boas escolhas. Faz parte.
Por isso, continua tudo a valer a pena porque há pessoas em mim que não abdico, nunca abdicarei. Obrigada pela amiga e pessoa que sempre foste, por eu nem precisar de falar.
Disseste hoje que não me saberias perder...e sabes porquê? Porque sempre me salvaste!!!
Nickles***
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Amo o Teatro quando...
...não há razões. Quando não há explicações. Quando nem se sabe exactamente o porquê. Quando não é lógico, nem acertado. Quando não é racional, nem pensado.
Quando é e pronto. Sem vastas explicações ou razões complicadas. Quando é intuído. Quando sem saber, sabe-se. Quando se quer. Quando se quer ainda mais um pouco. Quando o muito nunca chega. Quando do pouco se aproveita muito.
Quando sei o que sempre quis.
Quis-te ontem. Quero-te hoje. Amanhã continuarei a querer-te exactamente da mesma forma. Quero-te na ansiedade dos dias. Quero-te na urgência de te ter. Ou quero-me aí. A rir, a chorar, a deixar sair tudo.
E assim continua o teatro para mim. A acertar-me em cheio no coração!
Quando é e pronto. Sem vastas explicações ou razões complicadas. Quando é intuído. Quando sem saber, sabe-se. Quando se quer. Quando se quer ainda mais um pouco. Quando o muito nunca chega. Quando do pouco se aproveita muito.
Quando sei o que sempre quis.
Quis-te ontem. Quero-te hoje. Amanhã continuarei a querer-te exactamente da mesma forma. Quero-te na ansiedade dos dias. Quero-te na urgência de te ter. Ou quero-me aí. A rir, a chorar, a deixar sair tudo.
E assim continua o teatro para mim. A acertar-me em cheio no coração!
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