quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Não me apetece dar título a isto.

Num país em que a adopção de crianças por casais homossexuais é chumbada e a venda da PT aprovada, só me resta concluir que, infelizmente, é muito melhor termos dezenas de canais, internet ás paletes e telefone fixo, do que dar a oportunidade a uma criança órfã, de ter uma casa. Ai Portugal, Portugal...de que é que estás à espera?
Já sei que possivelmente, ninguém irá aqui opinar, porque sempre que abordo politiquices religião ou futebol, fica tudo calado que nem um rato. Gente, aqui na Sala fala-se de tudo. E eu, como Educadora de Infância vos garanto, que as crianças fazem uma leitura do amor da forma que tem de ser, não distinguem se vem em formato homossexual ou não.
O amor, seja de que forma for, é e será sempre saudável. A ausência ou privação do mesmo, é que tem duras consequências.
(E como diz o Filipe Vargas) Das duas uma: ou os 120 deputados que votaram contra a adopção por casais homossexuais são todos voluntários assíduos em orfanatos e dão metade do seu ordenado às instituições que acolhem estas crianças sem família, ou caso contrário não entendo como é que podem hoje dormir com a consciência tranquila.


14 comentários:

  1. Num país onde uma notícia como a Irina e o Ronaldo ocupam tempo de antena em todos os órgãos de comunicação social, não há tempo nem "disponibilidade" para objectivamente se discutir assuntos importantes.
    A única "coisa" boa no meio desta palermice foi mesmo existir opção de voto nalguns partidos.

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    1. Por acaso já era para ter escrito sobre essa febre do Ronaldo e da Irina...enfim.
      Há de facto temas que afectam muito mais os outros e que merecem até lágrimas e tinta da imprensa...pena a notícia ser tão triste para as crianças que continuam à espera.

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  2. Voltei!! :) E não, não queria dizer votei! lol desculpa estar a brincar com um assunto tão sério, mas no fundo isto é tudo mesmo uma palhaçada de hipócritas certo?... Sabes que há uns anos atrás, quando se começou a ouvir falar nessa possibilidade, confesso sem vergonha que na minha cabeça tal ideia não entrava, me fazia confusão... E como tal era "contra" :( Mas hoje vendo o mundo real como está, é a possibilidade tirada a uma criança de crescer numa casa com amor "em que formato for" (adorei esta tua frase do formato homossexual! ) em vez de numa instituição que respira em silêncio "tiveste azar em nascer!" que não me entra!! :( Mudei, cresci talvez, ou quem sabe comecei a ver o mundo em forma real e não em forma de utopia ao contrário dessa gente que se senta a votar no futuro de desconhecidos como se escolhesse que filme vai ver! :( Há uns tempos numa viagem maravilhosa que fiz, tive a oportunidade de conhecer uma história de vida incrível, de uma menina de 8 anos que ao ter passado pela morte do pai por motivos de saúde, ajudou e incentivou a sua mãe a casar com a namorada! Pois não fazia sentido viverem em casas separadas, complicarem a vida... as fotos do casamento que umas semanas depois chegaram até mim, a felicidade dessa menina, foram mesmo a prova do que escreveste: "que as crianças fazem uma leitura do amor da forma que tem de ser, não distinguem se vem em formato homossexual ou não."
    Beijocas

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    1. Eh láaaaaa, bem vinda outra vez minha linda :))) Saudades tuas cá pela Sala ;)
      Eu confesso que em tempos pensei que uma criança necessitava mesmo de uma Mãe e de um Pai. Com o tempo percebi que estava tão tapadinha com aqueles deputados todos. Vi realidades destas de perto e percebi que a falta de amor ou a negação do mesmo é castradora.

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  3. Crescer é aprender e não há idade para isso. Se já foi ideia para me chocar bastante hoje em dia não me choca tanto. Se continuo a achar que são precisas 2 matrizes para a criança crescer? Sim a do pai e a da mãe. Mas enganei-me outra vez....de que lhe adianta ter um pai e uma mãe e crescer sem amor?
    Talvez Portugal seja como eu...e esteja ainda a crescer e a aprender...talvez....

    jinhoooooooooooooooosssssssssssss

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    1. Eu também andei enganada algum tempo mas percebi que o verdadeiro quadro familiar é feito de abraços e vontade de amar. Seja entre quem for :)
      Beijinhos Suri****

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  4. Tudo o que uma criança quer é pertencer, é sentir-se segura e amada. Não querem saber de géneros, querem ter simplesmente uma família, uma família só sua.

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    1. E só os quadrados não vêem isso...ver com o coração é tão mais importante!!!

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  5. Em Portugal as prioridades estão todas trocadas. Não queremos milhares de canais que não temos capacidade de ver. Um bocadinho de justiça no caso da adopção é que era essencial.
    Uma criança merece um lar, amor e carinho, seja quem for os seus pais.
    Beijinhos

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  6. Acresce a esse problema (de mentalidades) o facto de ser excessivamente burocrática a adopção. Não tenho dúvidas que se fosse mais fácil, haveria muitas mais adopções, e os orfanatos não estariam tão cheios.
    Políticas, minha filha, políticas!

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