segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Desejos para 2014

Tirando os Post-Its que caíram na altura da foto - "Continuar a ter a capacidade de rir até nas mais insólitas situações. Deixar de ser tão distraída. Vontade para encarar 365 novas oportunidades", acho que não me esqueci de nada...


Sentadinha no sofá desta Sala que é vossa, espero que 2014 seja especial em cada um de vocês****

domingo, 29 de dezembro de 2013

Sushizar

Num ano em que me dediquei a mim e experimentei de tudo um pouco, decidi que o ano não podia acabar sem concretizar mais uma curiosidade.
Depois de fazer acupunctura, massagem Tui Na, de ter conhecido Madrid, de ter feito depilação definitiva, de ter secado derrames, de ter feito uma tatuagem, de ter feito a única dieta da minha vida...chegou a altura de me aventurar no Sushi ( um prato da culinária japonesa que possui origem numa antiga técnica de conservação da carne de peixe em arroz avinagrado).


Antes de provar pensei "seja o que Deus quiser...!" mas não precisei de rezas nenhumas. Gostei muito, sobrevivi e curiosamente não me soube a peixe mesmo...aquele sabor que nos faz franzir a sobrancelha com ar de nojo.
Fui sem medo até porque não sou esquisita, adoro comer e conhecer novos pratos.
Expliquei à senhora que era a primeira vez e sendo assim, prepararam um prato "leve" com Sushi e Sashimi (consiste em finíssimas lâminas de peixe cru) muito apetecível. No entanto, o primeiro prato servido foi Sushi quente...e isso sim, foi o melhor, sem dúvida!
Não delirei com o Sashimi, confesso que me fui esquivando. Mas o Sushi surpreendeu-me!!!
Não fiquei viciada como dizem tantas vezes que se fica...talvez vá ficando nas próximas oportunidades.
Acompanhei com um Chá Verde e só faltou aquela musiquinha de fundo oriental (tim non ning on tu na ning).


Para sobremesa, virei-me para o chocolate, com a desculpa que queria cortar o sabor dos pratos. Na realidade, chocolate é sempre bem vindo!!!
Fiquei foi impressionada com o preço...puxa, muito caro. Duas pessoas, 40€ (ok, tínhamos um voucher de 20€...mas pagamos o resto, foi o que safou!) e não comemos quase nada.
Chiça, doeu...sobe-me logo a veia nortenha, dá logo vontade de dizer "Obrigadinha mas vão roubar para o C****" - mas vá, calma, deixamos um sorriso ;)

Fica a dica, mesmo a fechar o ano. Não tenham medo só porque parece estranho.
Há surpresas escondidas, basta termos vontade de as procurar!
Bom resto de Domingo***

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

E depois da festa...

...vem a ressaca. Dos doces, da azáfama, dos beijinhos em série, dos telefonemas em cadeia e das mensagens parecidas umas com as outras que não param de chegar.
Hoje, é aquele dia bom, que aconteça o que acontecer...estás em paz. Casa em pantanas, mas só se ouve os teus suspiros.
O chamado "The Day After", em que fechamos a mente e a alma para balanço.
E é nesta altura, que há certas melodias que não nos saem da cabeça.
Esta, é a que está em looping agora.

"Como eu não sei rezar
um dia pus-me a contar
quantas estrelas há no céu
comecei na tua rua
naquela estrela que é tua
a estrela que deus te deu

Quanto mais estrelas contava
mais o céu se iluminava
mais luzinhas se acendiam
nem o astro se cansava
eram tantas que eu cegava
e era por ti que nasciam

Quando o coração da gente
tem uma estrela cadente
morre para nascer depois
inventei uma oração
que uma tivesse o condão
de nascer para nós os dois

Adormeci com a esperança
até onde a vista alcança
quando o céu é mais estrelado
acordei à luz do sol
afastei o meu lençol
e tu estavas a meu lado"


António Zambujo - https://www.youtube.com/watch?v=dgxhmGfvPB8&list=PLiW7xTlN9XDLAn0vpgfYi2k4D15T60hMR





terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Neste Natal...uma partilha especial :)

Em Março deste ano, partilhei com vocês (na altura muitos menos do que são agora) uma primeira e única fotografia minha que jurei nunca partilhar aqui.
Mas as palavras vão-se soltando, a Sala vai sendo mais vossa que minha, vão-se decorando os móveis em volta, pintando quadros e pondo molduras em estantes. Esta "casa" vai ganhando rostos, cheiros.
E nesta altura de Natal, em que transbordam imagens reluzentes desta época, apeteceu-me voltar a colocá-la aqui. Meia desfocada, é certo. Mas focada no desejo que todos vocês tenham uma alma bem cheia nesta quadra.
Cheia daquilo que interessa. Sem filas e sem nervosismos de correrias de shoppings.
Um Natal como aqueles em que fomos crianças.
Cheio. Quente.


De mim, com amor :)

sábado, 21 de dezembro de 2013

Eu e o Alentejo :)

Sou do Porto. Tenho sangue tripeiro e alma portuense.
Mas tenho uma adoração pelo Alentejo que não escondo a ninguém. Uma ligação especial, desde sempre.
Seduzem-me as paisagens, as pessoas, o silêncio escondido a qualquer altura do dia.
O ar que entra e nos faz abrandar, um ambiente em forma de abraço que sou incapaz de recusar.
Há alguns anitos que venho cá, ao Alentejo, cm um grupo de amigos, para um espaço mágico que carinhosamente chamamos "a herdade do tio", que pertence ao pai de um desses amigos.
Estão a ver aqueles espaços verdes, com redes de descanso no alpendre, árvores de fruto, casa rústica por dentro e quentinha quando o frio aperta?


É isto.
É aqui que recarrego parte das minhas energias :)
Bom fim de semana****

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Raios de Sol

Podia falar da dor de cabeça que me perseguiu o dia todo, da tosse que nunca me deixa. Das dores de costas e do corpo pesado pronto a ficar de molho. Da falta de paciência que tantas vezes me assombra. Do quanto eu desejo vir para o meu sofá.
Mas eles salvaram-me o dia. Como fazem tantas vezes sem o saberem.


Quando vi e li o que tinham dito e sido registado na tela, o queixo começou a tremer.
Pus a tela à frente da cara e caíram umas lágrimas. E eles, coitadinhos, assustados por acharem que eu não tinha gostado.
Expliquei num instante que tinha sido "uma mosca" a entrar para os meus olhos, nada mais. Expliquei que tinha adorado e li, frase a frase. A Matilde acha que sou "docinha" e isso ficou retido em mim.
A Madalena, deve ter sido a única que não acreditou na história da mosca que me fez chorar. Levantou-se, passou a mão na minha cara e deu-me um beijinho com um sorriso maroto.
E naquele segundo, não precisei de lhes explicar nada.
Obrigada também a quem trabalha directamente comigo, na mesma sala, que tanto me tem ajudado e que faz o tempo andar tão rápido.
Ela sabe que agradeço e eu faço questão de dizer várias vezes o quanto gosto dela.

Foram os raios de sol mais brilhantes do dia.
Porque são meus, todos eles :)

Um excelente início de semana para todos***

sábado, 14 de dezembro de 2013

O último abraço que me dás

Este é, provavelmente, o melhor texto que li este ano.
Porque aperta tudo cá dentro. Porque congela e derrete as emoções como num looping de um carrocel.
Leiam, absorvam e reflitam.

"O lugar onde, até hoje, senti mais orgulho em ser pessoa foi o Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria, onde a elegância dos doentes os transforma em reis. Numa das últimas vezes que lá fui encontrei um homem que conheço há muitos anos. Estava tão magro que demorei a perceber quem era. Disse-me

- Abrace-me porque é o último abraço que me dá

durante o abraço

- Tenho muita pena de não acabar a tese de doutoramento

e, ao afastarmo-nos, sorriu. Nunca vi um sorriso com tanta dor entre parêntesis, nunca imaginei que fosse tão bonito.

Com o meu corpo contra o dele veio-me à cabeça, instantâneo, o fragmento de um poema do meu amigo Alexandre O'Neill, que diz que apenas entre os homens, e por eles, vale a pena viver. E descobri-me cheio de respeito e amor. Um rapaz, de cerca de vinte anos, que fazia quimioterapia ao pé de mim, numa determinação tranquila:

- Estou aqui para lutar

e, por estranho que pareça, havia alegria em cada gesto seu. Achei nele o medo também, mais do que o medo, o terror e, ao mesmo tempo que o terror, a coragem e a esperança.

A extraordinária delicadeza e atenção dos médicos, dos enfermeiros, comoveu-me. Tropecei no desespero, no malestar físico, na presença da morte, na surpresa da dor, na horrível solidão da proximidade do fim, que se me afigura de uma injustiça intolerável. Não fomos feitos para isto, fomos feitos para a vida. O cabelo cresce-me de novo, acho-me, fisicamente, como antes, estou a acabar o livro e o meu pensamento desvia-se constantemente para a voz de um homem no meu ouvido

- Acabar a tese de doutoramento, acabar a tese de doutoramento, acabar a tese de doutoramento

porque não aceito a aceitação, porque não aceito a crueldade, porque não aceito que destruam companheiros. A rapariga com a peruca no braço da cadeira. O senhor que não olhava para ninguém, olhava para o vazio. Ali, na sala de quimioterapia, jamais escutei um gemido, jamais vi uma lágrima. Somente feições sérias, de uma seriedade que não topei em mais parte alguma, rostos com o mundo inteiro em cada prega, traços esculpidos a fogo na pele. Vi morrer gente quando era médico, vi morrer gente na guerra, e continuo sem compreender. Isso eu sei que não compreenderei. Que me espanta. Que me faz zangar. Abrace-me porque é o último abraço que me dá: é uma frase que se entenda, esta? Morreu há muito pouco tempo. Foda-se. Perdoem esta palavra mas é a única que me sai. Foda-se. Quando eu era pequeno ninguém morria. Porque carga de água se morre agora, pelo simples facto de eu ter crescido? Morra um homem fique fama, declaravam os contrabandistas da raia. Se tivermos sorte alguém se lembrará de nós com saudade. De mim ficarão os livros. E depois? Tolstoi, no seu diário: sou o melhor; e depois? E depois nada porque a fama é nada.

O que é muito mais do que nada são estas criaturas feridas, a recordação profundamente lancinante de uma peruca de mulher num braço de cadeira. Se eu estivesse ali sozinho, sem ninguém a ver-me, acariciava uma daquelas madeixas horas sem fim. No termo das sessões de quimioterapia as pessoas vão-se embora. Ao desaparecerem na porta penso: o que farão agora? E apetece-me ir com eles, impedir que lhes façam mal:

- Abrace-me porque talvez não seja o último abraço que me dá.

Ao M. foi. E pode afigurar-se estranho mas ainda o trago na pele. Durante quanto tempo vou ficar com ele tatuado? O lugar onde, até hoje, senti mais orgulho em ser pessoa foi o Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria onde a dignidade dos escravos da doença os transforma em gigantes, onde só existem, nas palavras do Luís, Heróis.

Onde só existem Heróis. Não estou doente agora. Não sei se voltarei a estar. Se voltar a estar, embora não chegue aos calcanhares de herói algum, espero comportar-me como um homem. Oxalá o consiga. Como escreveu Torga o destino destina mas o resto é comigo. E é. Muito boa tarde a todos e as melhoras: é assim que se despedem no Serviço de Oncologia. Muito boa tarde a todos e até já, mesmo que seja o último abraço que damos."



António Lobo Antunes - in VISÃO



sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Há momentos assim :)

E quando recebo isto, a Sexta Feira 13 passa a ter um sabor bem doce!


Bom fim de semana***

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

The girl next door.

No outro dia, uma amiga lembrou-se de mim ao ver este vídeo - http://www.ela-e-ele.com/um-video-que-te-vai-fazer-dar-valor-pessoa-que-tens-ao-teu-lado - que fala da importância de valorizarmos quem temos ao lado. Por mais simples e por mais banal que a sua presença seja. Mesmo que já faça parte da mobília e da rotina.
Diz que se lembrou de mim porque achava que, à semelhança do que pensava dela própria, não era nem nunca fui aquele tipo de menina muito feminina, vistosa e com sex appeal. E que, segundo ela, tinha algo que prendia ou cativava. E foi isto que me tocou e me fez pensar mais sobre o bom daquilo que não se vê.
Sempre fui muito trapalhona, distraída. Uma miúda básica, a típica "girl next door" como dizem nos States.
Com um riso fácil e expressivo sim, mas muito real. A miúda que fala com a diretora e com a empregada da limpeza com a mesma postura e educação. Que cumprimenta os senhores das portagens e deseja "bom trabalho" mesmo antes de arrancar viagem.
Nunca fui magra, nunca fui gorda. Entorno muitas vezes o copo antes de beber o que lá tem dentro, porque como diz o meu pai "Devo achar que tenho bico" :)
Ponho muitas vezes a sopa no prato raso e o resto no prato da sopa, por pura aselhice.
Escolho a roupa no dia anterior para poder dormir mais 5 minutos. Mesmo assim, o despertador toca cinquenta vezes e ainda chego a tempo, todos os dias.
Não vibro com filmes de terror nem sei cozinhar nenhum prato XPTO. E quando tento, rio-me e não coro.
Decoro todas a datas de aniversário, mais do que possam imaginar, mas que não digo que assim é para não passar por maluquinha.
Nunca me deito numa cama que não esteja feita, nem que a tenha que fazer antes de me deitar, só pelo prazer de abrir e esticar os lençóis.
Nunca me maquilhei, só mesmo agora uso uma certa cor para não ir transparente para a rua. Sim, porque sou muito branca. Branca pálida e ao contrário do que possam achar, não gosto que reparem tantas vezes nisso, como se fosse uma raridade.
Não gosto de falar para multidões nem tenho postura de líder. Gosto de chegar a todos sem sair do sítio ou sem dizer uma palavra.
Não tenho a silhueta de um cisne, não sou alta nem estico as costas como todos devíamos fazer.
Sou sempre (ou quase) a única que nunca bebe álcool porque não gosto, a única que segura uma Fanta na mão, no meio de uma Queima das Fitas cheia de Imperiais. Sou a amiga 100% cool, que pode sempre levar o carro, mas que ás vezes acha que não é valorizada por isso.
Como se fazer parte de uma manada, me excluísse da Selva de forma subtil.
Sou aquela que pega nas canetas enquanto fala, gesticulando, abrindo e fechando a tampa até partir. E de todas as vezes, fico espantada por me acontecer o mesmo.
Sou aquela que dá pisca para sair da garagem, prefiro correr e fugir da chuva só para não abrir o guarda chuva, que por acaso continua no carro, junto ás peças "essenciais".


E sou aquela que raramente diz não, que me rio sem medida e sem controlo de volume, que faz zapping nas rádios todas as manhãs até dar a música certa.
Que fecho os olhos quando saboreio um chocolate delicioso ou quando aquele perfume vem ter comigo.
Aquela que se emociona com uma cena de novela, que nem vê e que nem sabe os nomes das personagens.
Que prefere a Primavera ou o sol de Inverno, ás praias e ao calor desmedido.

Sou eu.



domingo, 8 de dezembro de 2013

Ajudem por favor!!!

Já todos sabem que aqui na Sala todos ajudamos e neste caso, embora não conheça a filha da pessoa desaparecida, tocou-me especialmente por ser do Porto, minha cidade.
Vou colocar aqui o texto transmitido pelo Roger daqui da Blogosfera.


"A minha mãe está desaparecida desde ontem, por volta das 16h. Foi vista pela última vez no Porto, junto ao Palácio de Cristal, tendo vestido um casaco polar azul, calças e sabrinas azuis. Pedia a todos que divulgassem esta informação para tentarmos achar o paradeiro dela. Ela saiu de casa sem documentação, sem telemóvel, sem dinheiro, sem óculos e deixou a porta trancada e a chave no correio. Pensamos que o objectivo dela era mesmo não voltar, mas não podemos perder a esperança de a encontrar (com ou sem vida). Eu, o meu pai e restante família e amigos estamos desesperados e não sabemos mais por onde procurar e a quem recorrer. Foi criada uma página de facebook (https://www.facebook.com/pages/Ajudem-nos-a-encontrar-a-Irene-Correia/1443938082494137) que pedia pf que partilhassem com os vossos contactos. É uma dor imensa não sabermos onde está uma das pessoas mais importantes da nossa vida. Não consigo dormir, não consigo parar de chorar e não sei onde vou arranjar forças para aguentar. Agradeço desde já a vossa partilha e ajuda neste momento tão complicado."

Partilhem por favor, podia ser qualquer um de nós...
Que corra tudo bem!

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Um jantar. Um espectáculo. Um pensamento.

Andei um pouco desaparecida, mil desculpas!
Mas com a azáfama do Natal a chegar, a vida nos Colégios acelera e muito. Está aberta a temporada de purpurinas coloridas espalhadas por todo o lado e agarradas ao cabelo e à roupa, de horas que passam a correr, de trabalhos que têm que ser feitos e paredes que têm de ser decoradas.
Mesmo assim, há que ter tempo para tudo e por isso vim sentar-me um pouco aqui no sofá da Sala, pôr-me à conversa com vocês enquanto bebo um cappuccino e partilho algumas sugestões.
Na Terça Feira, o maridão levou-me a jantar...a uma Gruta. Sim, literalmente ou quase.


A Gruta do Paraíso é um restaurante inserido num ambiente histórico, onde se pode rever parte da Cerca Fernandina. Uma sala bem pequena mas acolhedora, perto do Terreiro do Paço em Lisboa. Para quem quiser jantares românticos e acessíveis, fica a dica.
A meu ver, não é muito bem servido na quantidade, mas a qualidade da degustação pareceu-me bastante bem.
Gostei :)

Ontem foi dia de ir ver meu ídolo de sempre, pela terceira vez desde que cá estou em Lisboa: venham os cépticos todos, os desmancha prazeres mas o Herman José é o MÁORIIIII!
No Teatro Villaret, a Sala encheu e ainda bem...ele merece :)


O que eu me ri, o que eu fui feliz ao ouvi-lo!!!
Pelo que foi e pelo que me passou na infância, quando era uma pirralhita que só comia a sopa se estivesse a dar Tal Canal...acreditam nisto?!
Vai estar dia 19, mais uma vez no Villaret. Quem puder, não perca :))

Quando o espetáculo terminou, soube da morte de Mandela.
Não foi surpresa, verdade, mas há sempre aquele suspiro inevitável de quando o mundo se encolhe.
Esteja onde estiver Mandela, que continue ver as melhores coisas da vida. As de um Mundo que, um dia, foi melhor.


Bom fim de semana***

domingo, 1 de dezembro de 2013

Paul Walker

Então o rapaz é giro que dói, faz as minhas amigas babarem no cinema, põe a "Velocidade Furiosa" na boca do Mundo, torna-se um deleite para os olhinhos ao mesmo tempo que mostra talento para a sétima arte, e espeta-se assim num Porshe?
Estava eu a ver as minhas mariquices aqui no computador, quando leio isto:

O ator Paul Walker, protagonista da série de ação «Fast & Furious» («Velocidade Furiosa») morreu sábado aos 40 anos, vítima de um acidente de viação, confirmou o seu agente.

A notícia foi divulgada pelo sítio na Internet TMZ.com, que refere que o acidente de carro se deu na região norte de Los Angeles.

O ator estava num Porsche quando o motorista perdeu o controlo e bateu com o carro. A colisão fez com que o veículo se incendiasse e ambos os ocupantes morreram.

Paul Walker estava em Santa Clarita para uma exposição de carros num evento beneficente para arrecadar fundos para a tragédia nas Filipinas.


(Revista Lux)


A minha alma está parva.
Não é que fosse fã fã fã, mas mexeu comigo. talvez pela ironia de ter morrido numa situação que tantas vezes controlou em cena, a filmar para todos nós.
Perde-se um borracho, perde-se um grande talento, perde-se mais uma vida, ficando porém a certeza (quem sabe...) que o céu agora se pode tornar mesmo num paraíso.
Um bem hajas!!!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Que saudades...

...isto me traz da infância e de casa.
Que delícia :)

Como quando o Porto perde em casa
Ou me deito com o grão na asa
Fico tonto, zonzo assim só de me lembrar
Ou como quando andava nos carrinhos
Do senhor de Matosinhos
Perna à banda, bamba assim só de me lembrar

E agora, quem me diz onde é o norte?
Se fui tonto em tentar a sorte
Com quem não tem dó de mim
Tanto que eu às tantas fico tão, tonto de ti.

Como quando me negaste um beijo
Na noite do cortejo
Fico zonzo, zonzo assim só de me lembrar

Ou como daquela vez na escola
No recreio a cheirar cola
Fico tonto, zonzo assim só de me lembrar

E agora, quem me diz onde é o norte?
Se fui tonto em tentar a sorte
Com quem não tem dó de mim
Tento há tanto tempo que ando tão, tonto de ti.
Tonto de ti. Tonto de ti.

E agora, quem me diz onde é o norte?
Se fui tonto em tentar a sorte
Com quem não tem dó de mim
Tento há tanto tempo que ando tão, tonto de ti.
Tonto, tonto de ti.
Tonto, tonto de ti.


Azeitonas - Tonto de ti

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Há sítios fantásticos...

...Como este café em Lisboa (Príncipe Real) que põe em prática aquilo que me apetece tantas vezes obrigar os outros a fazer.



Não é educação, é mais do que isso. É carácter.
Um bom exemplo para começar a semana****

sábado, 23 de novembro de 2013

Continente

Ontem aqui na sala, estava eu a acabar de arrumar a cozinha, e ouvi três ou quatro vezes no espaço de dois minutos, o mesmo anúncio ao Continente.
Já não há paciência para o fetiche do Belmiro por velhinhas que contam "cum o Cuntinente" e se desmancham em gargalhadas.


De facto, não têm culpa...mas ouvir o anúncio tantas vezes cansa qualquer um e até já nem resulta mudar de canal. Estão em todo o lado!!! As velhinhas bem podiam recusar entrar, ou então exigir fazer algo mais simples, as gargalhadas forçadas dão-me logo vontade de ir buscar fisgas e começar a fazer tiro ao alvo.
Se calhar até acumulava uns pontitos no Cartão.
Eu não deixava a minha avó fazer aquelas figurinhas...até porque no tempo delas como dizem, não havia Continente.
Por favor senhores publicitários, deixem as senhoras em paz e façam algo que cative mesmo a sério.
Pode ser?

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O amor é igual em todo o lado*

Quando vim para Lisboa, deixei todo um caminho de luz para trás.
Não estou nada arrependida, estou só a constatar que não me daria mal certamente. Falo mais a nível profissional, porque já se sabe que sendo filha única, ficar em casa ou arredores, seria sempre bom.
Em 2009, quando me despedi do meu emprego, estava no meu 4º ano lectivo e pela primeira vez, ia acompanhar um grupo. ~
Apanhei-os no Berçário, vi-os a andar, vi-os a tirar as fraldas e a refilarem por tudo e por nada.
Vi-os a olhar para mim, como se não tivessem nenhum medo.
Eram os meus finalistas da Creche e nesse ano, havia a forte possibilidade de eu os acompanhar até outras salas.
E esse sim, era um sonho que acalentava desde sempre, como Educadora e como pessoa. Ver os frutos do meu trabalho, acompanhar de perto sem ter de entregar de mão beijada a outra colega. Sem tirar o mérito de ninguém que os orientasse a seguir, claro...mas eram "meus", só "meus" e a partir daí, não consigo explicar mais nada.
Mesmo assim, escrevi uma carta a todos eles, que foi colocada no livro de Finalistas. Até hoje, foi a carta mais sincera que escrevi em toda a vida.
Estava em minha casa, ao computador, na sala. E de repente, enquanto ouvia o Daughters do John Mayer, desato num pranto tal que até o meu pai veio atrás de mim a perguntar o que se tinha passado. E era só emoção. Emoção da despedida, de um "Desculpem" que não cabia no peito. De um "Força, vocês vão ficar sem a 'M´ânia mas vão ser uns crescidos".


E assim foi, o meu grupo no ano seguinte ficou com uma excelente colega e eu vim, armada em corajosa, orientar um novo grupo de 2 anos, muito verdinho e a precisar de crescer.
Quando cá cheguei, achei que não ia conseguir gostar deles como tinha gostado do grupo anterior.
Achava que não me ia afeiçoar a ninguém e que a saudade me ia corroer.

Nada disso.

Estava enganada, tão enganada. Estupidamente iludida com a minha certeza.
Não houve uma birra, uns olhos de choro, um dia difícil que não me desarmasse.
E aí...o amor aconteceu.
Foi aqui que percebi que as caras mudam, mas o afecto aparece na mesma.
Foi aqui que percebi que o amor, afinal, é igual em todo o lado.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Cheiros.

Com um título destes, este texto poderia ser algo bem deprimente se nos puséssemos a falar de assuntos que não nos cheiram ou até mesmo daquilo que o nosso nariz foge.
Mas não é nada disso, nada mesmo.
Falo de cheiros como quem fala de uma memória invisível. Falo de cheiros como quem fala de uma saudade que não fala, de uns olhos que não veem. Os cheiros que nos fazem festas à pele, aqueles que nos fazem fechar os olhos uns simples segundos e nos levantam os pés.
Isso acontece comigo e sei que é mais comum do que se pensa.
Aquele perfume que ficou guardado na quarta gaveta de uma memória passada, que traz uma cara atrás ou uma imagem risonha.
O cheiro daquela comida que se espalha pelo hall de entrada e nos empurra para a infância. Que vai buscar primos e tios, numa tarde de Domingo.
Aqueles cheiros que trazem abraços embrulhados. Lágrimas também. E caras, muitas caras.
Aqueles cheiros que nos arrancam suspiros, que nos fazem fixar no espelho. Os que nos dão aqueles olhares distantes, que nos levam para tão longe, onde sabemos que já não podemos voltar.
Eu vivo muito com tudo isso...na minha profissão, quando há casacos ou camisolas perdidas, basta encosta-los a mim e reconhecer a quem pertencem: "O cheirinho doce do Tiago..." "É da Verinha", "Júlia, de certeza :)"
Há sensores em mim que nunca falham.

E há outros sensores que me dão ainda mais vida, que apitam em uníssono quando me deparo com eles.
O cheiro a terra molhada e o cheiro do café acabado de fazer.
Ganho anos de vida!!!

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

E isto que não me sai da cabeça...



I remember years ago
Someone told me I should take
Caution when it comes to love, I did
And you were strong and I was not
My illusion, my mistake
I was careless, I forgot, I did

And now, when all is done, there is nothing to say
You have gone and so effortlessly
You have won, you can go ahead, tell them

Tell them all I know now
Shout it from the roof tops
Write it on the sky line
All we had is gone now
Tell them I was happy
And my heart is broken
All my scars are open
Tell them what I hoped would be
Impossible, impossible
Impossible, impossible

Falling out of love is hard
Falling for betrayal is worse
Broken trust and broken hearts, I know, I know
And thinking all you need is there
Building faith on love and words
Empty promises will wear, I know, I know

And now, when all is done, there is nothing to say
And if you're done with embarrassing me
On your own you can go ahead, tell them

Tell them all I know now
Shout it from the roof tops
Write it on the sky line
All we had is gone now
Tell them I was happy
And my heart is broken
All my scars are open
Tell them what I hoped would be
Impossible, impossible
Impossible, impossible

I remember years ago
Someone told me I should take
Caution when it comes to love, I did

Tell them all I know now
Shout it from the roof tops
Write it on the sky line
All we had is gone now
Tell them I was happy
And my heart is broken, oh, oh, oh, oh, oh
Hoped would be
Impossible (impossible), impossible (impossible)
Impossible, impossible
Impossible (impossible), impossible (impossible)
Impossible, impossible

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Buongiorno Principessa


Esta é, sem dúvida, a minha expressão favorita :)
E que venham os cépticos e os patriotas exagerados, estou preparada para dizer que a língua italiana é a minha predilecta.
Gosto da nossa sim, uso e abuso das palavras portuguesas e orgulho-me do som e do que transmitem. SAUDADE, é a minha palavra de eleição.
Mas este BUONGIORNO PRINCIPESSA tem algo de macio e de doce, faz sonhar com as histórias de amor infinito.
Ouvia-a no filme "A vida é bela" e nunca mais que esqueci.
Aliás, este blogue era para se chamar assim mesmo, sabiam?
Não sei explicar, há sensações assim, quase de Dejá Vu até! Sim, porque devo ter dito ou me disseram isso vezes sem conta, noutra vida ou dentro de um sonho.

E hoje, ao partilhar isto mesmo numa rede social, o meu pai escreveu assim:

"Ciao figlia del mio cuore" - e nesse momento, senti-me a mais bonita Principessa :)

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Resultado do Desafio

Olá silenciosos :)
Antes de mais, peço desculpa pela ausência, mas esta semana foi bem cheia e houve mais participações do que estava à espera.
De tal maneira, que dei voltas e voltas e tive mesmo que escolher dois vencedores.
Dois textos totalmente diferentes, duas vidas diferentes e duas pessoas muito distintas.
Ambos me cativaram e agradeço por isso, pela partilha e empenho nesta iniciativa.
Um deles é repetente, mas não tive culpa de esforçar tanto e tão bem para algo.
É merecido!!!

Aqui vão as fotos e os textos vencedores:

Ana Ribeiro



“Uma Viagem…”


…No tempo

E foi tempo

De reviver

Cada momento



De recordar

Cada sorriso



De fotografar

À beira rio sentada



Cada pedaço

Que o rolo fez esquecer

Não me deixou guardar nada



De lembrar

Os passeios

No eterno apeadeiro

Os infinitos passos

No meio da multidão



Os cheiros

Que lá ficaram

Os olhares

Que não se cruzaram

Os muitos abraços

Que não consolaram




Chego à noite

Cansada

Com muito para contar

Histórias e Memórias

Que quero partilhar

Sem esquecer nada



E assim me despeço

Al-Lishbuna fica para trás

Regresso à realidade

As férias até nem foram más





Carpe Diem To Me




Percorri este caminho durante seis meses.
Saindo da residência universitária que partilhava com pessoas dos mais variados cantos do mundo, sentia aquele doce aroma a liberdade, a uma novidade irresistível que agitava o meu mundo.
Pé ante pé, com o pequeno-almoço engolido à pressa, saía da minha nova casa bem antes das aulas. Feliz, rendido aos encantos daquele país diferente e distante que me acolhia naquele Inverno gelado.
Percorri aquele caminho centenas de vezes, mochila aos ombros, sorriso nos lábios, coração quente e revigorado.
E, nessa altura, nesse mundo de novos desafios, renascia uma paixão de sempre que me aquecia no difícil Inverno Escandinavo: a magia da fotografia, o olhar dentro do olhar.
Para lá das saudades, para lá das dificuldades, depois das lágrimas quentes na pele fria, depois das inseguranças e do “não sei”… tudo mudava, tudo se tornava familiar.
As vozes, as caras, as conversas, os sorrisos, os gelados, a música do fim-de-semana… tudo o que me envolvia superava expectativas e envolvia-me numa aura de bem-estar que me marcou até hoje.
Depois de tudo, sim. Fui feliz no reino da Dinamarca.
E tudo começou com aquela fotografia, com aquela primeira fotografia.


Parabéns aos dois e enviem-me vossa morada por email :)
Obrigada e boa semana***



domingo, 3 de novembro de 2013

Desafio: 1 imagem, 1000 palavras.

Gosto de viajar. Aliás, adoro viajar!
O medo de andar de avião trava-me muitos percursos mas sei que um dia isso não me impedirá de nada.
Se pudesse, espalhava um pouco de mim pelo mundo, e trazia um pouco do mundo dentro do bolso.
Ficam as experiências, as memórias e as fotos. Tantas fotos!
E sei que desse lado, também há fãs de estradas e céus diferentes...por isso, para celebrar e estimular a paixão por outros horizontes e partilhar histórias aqui no sofá da sala, criei um Desafio que acho que vão gostar.
aqui ficam os pontos principais:

1 - Partilhar no vosso blogue (quem o tiver, claro) ou pagina de rede social, o link deste Desafio;
2 - Enviar uma fotografia de uma viagem, a que gostem mais, com a história da mesma ou seu significado. O email é vaniafilipasilva@hotmail.com
3 - Quando o fizerem, deixem aqui um comentário, em forma de confirmação da vossa participação no Desafio.



A melhor participação terá um prémio surpresa, relacionado com a mesma.
O resultado será publicado dia 10 Novembro com a divulgação da foto, do autor e do respectivo blogue, caso o tenham :)
Mãos à Obra!!!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O difícil do fácil.

Este texto foi-me enviado por uma pessoa muito especial, de olhar macio e que tem o dom de cuidar de toda a gente, sem se deixar quebrar, embora eu saiba que quebra.
É uma espécie de alma-irmã e sei que ela me entende.
Não escreveu estas palavras, mas presenteou-me com este mimo, no dia de anos do maridão e que também serve para pôr muitas cabecinhas a pensar...

" É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o batido é gelado. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.

Difícil é amar quando o outro desaba.

Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado.

Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja.

Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro.

Difícil é amar quem já não se ama a si mesmo.

Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa de se sentir amado.
Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura magia.
Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste de nós."


Ao meu amor, que hoje faz trinta anos e está mais jeitoso que nunca!
Parabéns :)))))



segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Seja Agora

Porque é forte. Porque toda eu danço. Porque adoro mudanças e a energia dos recomeços.
Que venha daí essa semana!



Nós havemos de nos ver os dois
ver no que isto dá
ficar um pouco mais a conversar
Ter a eternidade para nós
Quem sabe, jantar,
Se tu quiseres pode ser hoje

Tem de acontecer, porque tem de ser
e o que tem de ser tem muita força
E sei que vai ser, porque tem de ser
Se é pra acontecer, pois que seja agora

Nós havemos ambos de encontrar
um destino qualquer
ou um banquinho bom para sentar
Vai ser tão bonito descobrir
que no futuro só
quem decide é a vontade

Tem de acontecer, porque tem de ser
e o que tem de ser tem muita força
E sei que vai ser, porque tem de ser
Se é pra acontecer, pois que seja agora

Tem de acontecer, porque tem de ser
e o que tem de ser tem muita força
E sei que vai ser, porque tem de ser
Se é pra acontecer, pois que seja agora

Que seja agora
Que seja agora
Se é pra acontecer
Pois que seja agora

Que seja agora
Que seja agora
Se é pra acontecer
Pois que seja agora

Que seja agora
Que seja agora
Se é pra acontecer
Pois que seja agora

Que seja agora
Que seja a hora
Se é pra acontecer
Pois que seja agora!


Deolinda.

domingo, 27 de outubro de 2013

Bom Domingo***

Impossível não ficar com um brilhozinho nos olhos.
Aqui na Sala somos uns românticos incuráveis.

sábado, 26 de outubro de 2013

Um dia destes...

...perco outra vez a cabeça, minha mãe deserda-me de vez, contorço-me de dor, mas ainda faço uma destas.



Ou as duas.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Dá que pensar...

Hoje li esta frase,

"Os mortos recebem mais flores que os vivos, porque o remorso ė mais forte que a gratidão."

E fiquei a pensar nela até agora.
Talvez porque reconheça verdade nisto e por eu própria não o fazer. Não vou a cemitérios nem alimento campas.
Faço tudo em vida, pelo menos o que posso.
E quando quero falar com alguém...fecho os olhos e já está. Simples assim.

domingo, 20 de outubro de 2013

Um lugar dentro de nós.

Sempre pensei com o coração. Sempre fui impulsiva, precipitada, ansiosa até dizer chega.
Continuo assim, embora a idade me tenha posto mais receosa ou mais parva, nem sei.
A cabeça anda sempre comigo e distraída como sou, ainda bem, estar presa ao pescoço já é uma vantagem para mim.
Em todos os caminhos que tive de escolher até hoje, usei sempre o coração. Fechava os olhos e isolava o pensamento, tentava ouvir a voz cá dentro. E de todas as opções, falhadas ou não, nunca me arrependi.

À excepção de uma. E essa, tal como todas as outras em que não seguimos o coração e ouvimos a razão, mudou a minha vida para sempre.

No Liceu, sempre me esforcei por tirar boas notas e orgulho-me de nunca ter tirado nenhuma negativa. Achava que se me mantivesse focada em ser boa aluna, os objetivos seriam mais fáceis de alcançar.
A minha média não chegava a 15, era uma aluna mediana e sonhava com Jornalismo. Naquela altura, há 12 anos atrás, só havia uma escola e era privada. Conceituada sim, mas cara e isso era um entrave forte.
Coincidência das coincidências, a escola fechou e o corpo docente ingressou na Faculdade de Letras, abrindo o mesmo curso...no público. Era a minha chance!!!
Fui toda contente para as filas de candidatura, levei uma grande amiga comigo para me fazer companhia, que acabou também por colocar essa mesma opção de curso na candidatura dela. Ate já fazíamos planos de andarmos juntas na faculdade!!!
As listas saíram...ela entrou, eu não.
Chorei, chorei, chorei.
No primeiro ano de curso, por ser o primeiro, em vez de baixarem as médias, subiram e puseram o Jornalismo com 18 de média.
Impossível para mim, claro.

Teimosa, não quis ficar parada, achei que era um sinal do destino e inscrevi-me no curso de Guia Intérprete, já que diziam que tinha tanto jeito para línguas.
Frequentei durante 1 mês, fiz alguns amigos de circunstância, mas não gostava daquilo. Sentia uma apatia total em relação a tudo.
E no meio de uma aula de Espanhol, pedi para sair mais cedo e nunca mais lá apareci.
Tinha decidido naquela altura, que ia voltar ao 12º ano e subir médias para conseguir entrar no curso da minha vida.
Voltei e não consegui modificar grande coisa. Tinha seguido o coração, não estava nada arrependida, mas não tinha dado certo.
Na altura, falou-se na hipótese de ir para Braga ou Coimbra, mas optei por outro caminho - Educação de Infância - que sempre tinha gostado, mas nunca me tinha imaginado.
Achava que os meus pais teriam mais despesa comigo se eu estivesse fora do que na mesma cidade, numa privada.
E assim foi, segui a razão (tinha de tocar a minha vida para a frente e se calhar era o melhor) e perdeu-se uma futura jornalista.

E essa opção, virou a minha vida totalmente.
Se não tivesse seguido o Ensino, não teria conhecido todas as pessoas que hoje conheço, não teria feito e vivido um monte de coisas.
Estou agradecida por isso, claro, mas também sei que se tivesse tentado (só tentado, não iria perder nada) seguir o Jornalismo para Braga ou outra cidade, teria ouvido o coração.
E isso sim, persegue-me até hoje. Não no sentido de "anda-lá-tenta-outra-vez-nunca-é-tarde", porque esse tempo para mim já passou e hoje, sei que sou boa no que faço e que nada acontece por acaso.
Mas algo de mim se perdeu nessa escolha.
O mesmo pedaço que me faz duvidar do meu papel profissional, que me faz perder a paciência tantas vezes.
Sempre que não ouvi este mini relógio, fiz asneira. "Perdi" o que tive de mais próximo do conceito de melhor amiga, achava-me senhora do meu nariz. E hoje, adoro-a na mesma, mas há uma parte de mim que não se perdoa pelo tempo perdido.
Que figuras tristes eu fiz!!!

Ouçam o coração, sempre.
Nem tudo o que nos ata, nos pode prender.
Porque ninguém pode fugir do coração. Ele está dentro de nós.
Tudo o resto, se resolve cá fora.

sábado, 19 de outubro de 2013

Aprendam!

Para todos os meus camaradas lisboetas, cujo discurso eu fui adaptando desde há 4 anos a esta parte, mas que ainda me ouvem dizer certas expressões da minha cidade.
Por isso, vejam isto com atenção, para eu parar de me traduzir e para saberem de uma vez por todas, o que é que eu quero dizer!


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Ainda bem que há pessoas assim...

...mas será que o noivo gostou?


Sim, é ele é! Abram bem os olhinhos porque isto passou-se mesmo.
A noiva sortuda da imagem é Branka Delic, de 34 anos, e pelos vistos tinha feito uma verdadeira campanha pelas redes sociais para tentar concretizar o sonho de ser acompanhada por Bon Jovi ao altar. «Bon Jovi, Walk Me Down the Aisle?» ahahaha, adorei!
Foi mesmo este o nome da página criada no facebook. E a noiva, toda espirituosa, ainda brincou com este desejo (que cá entre nós, é comum a muuuuuuuita gente!) ao escrever - "Por toda a sua vida, Branka pensou que iria se casar com Bon Jovi. Infelizmente, aos 34 anos ela percebeu que isso jamais iria acontecer, então decidiu aceitar a proposta de Gonzo" - Gostei!
E o mesmo achou o fofinho do Jon Bon Jovi...que depois de tantos pedidos e partilhas, decidiu aproveitar a folga e apareceu mesmo na capela de Las Vegas surpreendendo a noiva que quase desmaiou de comoção. Lógico, quem é que não tinha um fanico?

Ironia das ironias...a mesma capela onde se tinha casado com a mulher, Dorothea, há 24 anos :) Coisa mai linda!!!
Estou encantada e a pensar cá para comigo, que se eu criar algo do género a dizer "Diogo Morgado, levas-me ás Maldivas?", será que resulta?




sábado, 12 de outubro de 2013

E se a morte for uma solução para a vida?

Perdi o meu avô há quase dois anos e a minha avó começou a perder-se desde aí.
Quando moravam os dois juntos, estavam já naquela fase da implicância e de se "aturarem" um ao outro...sem passarem um sem o outro.
O meu avô sempre mais desperto e mais fresco de cabeça, de raciocínio. A minha avó, a mais polivalente em tudo, mas a mais cansada, a mais confusa, que já deixava o fogão ligado e se esquecia de tudo um pouco.
A que caía a meio da noite e já não se levantava, até que a encontrassem no dia seguinte. Uma cabeça cansada, com o dobro da idade que o corpo tinha e tem.
A vida foi generosa com o meu avô, não lhe contou que doença lhe ia dar e quando o cancro apareceu, durou apenas 21 dias e sem dor.
Dizem que quando morremos, perdemos 21 gramas. O peso da alma, a sair de nós.
21 dias, 21 gramas a menos. Curioso, não é?
A minha avó foi tomando consciência aos poucos, mas a demência dela não a permite ter uma realidade como a minha ou outra pessoa qualquer. Vive com os meus pais, está dependente e a chegar aquela fase da vida, que ninguém merece.
Lembra-se de mim, a primeira neta de sangue e das pessoas mais próximas, embora se baralhe nos tempos e nos nomes. Se lhe perguntarmos em que ano está, diz estar em 1982...ano em que nasci.
Quando me responde isso, tento brincar com ela ("Olha que sorte avó, não tens a Troika atrás de ti!")explicando que mesmo que pareça impossível, já estamos em 2013.
Fica sempre admirada e só se acredita nisso, por ser eu a dizer. Confia em mim, diz muitas vezes "És o amor da minha vida" e por cá fico, sem jeito.
O olhar dela foi-se perdendo, foi ficando triste como a noite.
Já quase não fala, dorme horas e horas e senta-se no lugar de sempre à janela, no sofá.
Ainda acha que o meu avô vai entrar, depois de vir de um jogo de futebol. Levanta-se a meio da noite para fazer peixe cozido e pergunta-me porque estou longe. E os olhos nunca mudam...nunca.
Cada vez mais triste, cada vez mais sem vida.
Uma das vezes que lhe perguntei porque tinha um ar tão triste, disse-me "Não tenho motivos para estar contente. Já pedi ao teu avô para me levar, não estou aqui a fazer nada, filha" - e esse, foi dos momentos mais lúcidos que teve.
Amo-a com todo o meu coração, mas sei que partir é o maior desejo dela e não consigo contrariar isso. Sei que para ela, será um alívio, quando esse dia chegar. Quando já não precisar que lhe dêem banho ou lhe ponham uma fralda.
Até eu, numa fase assim, também preferisse ir para outro nível.
Possivelmente, só assim terá sossego e paz.

Talvez a morte seja, por vezes, a forma de sentirmos que a vida não foi em vão. Uma forma de recomeço e de soltar amarras invisíveis que não nos levam a lado nenhum.
Talvez a morte, nestes casos, nos leve a outra vida.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

E é isto.

"Ama a Arte. Porque de todas as mentiras, talvez seja a menos falsa" - como eu te entendo Flaubert!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Guardiões das Ruas

Hoje não vou falar do que me irrita, se apanhei ou não trânsito. Não acho sequer que seja relevante, pelo menos por agora.
Não vou falar de programas, de vouchers espectaculares, de músicas ou restaurantes.
Vou falar de pessoas, que merecem toda a minha atenção, que me prendem os olhos e me empurram o coração para as costas, sempre que os vejo. Podiam ser meus avós, meus pais.
Há muito que lhes "devia" isto, para me sentir bem comigo, para fazer alguma justiça e algum reconhecimento a todas as pessoas que passam quase camufladas nas ruas.
Não falo dos Sem-Abrigo (embora a maior parte talvez o seja) nem dos arrumadores.
Falo de outros lutadores.


Nestes últimos dias, fui por duas vezes a Lisboa ao fim do dia.
Muita gente, muitos turistas.
A noite chegou e as esplanadas estavam a abarrotar.
Uma noite de Verão atrasado, aquele clima ideal para passear e apreciar tudo à volta. Ouviam-se gargalhadas e manifestações de amizade de pessoas que não se viam desde as férias.
Brindes, abraços!
Homens estátuas, pintados até ás orelhas, sem se mexerem e a fazerem graçolas quando a moeda caía na caixa.
E à volta, a meio da rua, no intervalo das esplanadas e em frente aos ditos jantares de amigos, havia sempre quem rematasse o clima com um violino, uma guitarra ou uma voz sem instrumental.
Ninguém olhava para eles. Cantavam, tocavam a ver os outros a comer, a viver.
Os que passavam a pé nem se aproximavam, ignoravam.
De vez em quando, o barulho de umas moedas a cair e a voz nunca falhava.
E eu olhava, olhava, engolia em seco.


Que vidas são estas? Há uma casa à espera deles? Um cama? Um sofá?
Se calhar nem um abraço.
Não me interessa que digam que o dinheiro é para a droga, que tem perninhas e saúde para mais. Será que têm?
E mesmo que tenham...não será preciso uma grande coragem para passar horas a animar os outros sem que nos olhem na cara ou agradeçam?
Por mais indigno que seja o percurso deles até ali, não deveriam ser admirados por se prestarem a isso?
Acho que sim. Acharei sempre que sim.

E naquelas noites, sei que se algum deles caísse de cansaço, eu ia levantá-los.
Para mim, são os Guardiões das ruas.
E mesmo que eles não saibam, eu também os guardo.
Num patamar onde o Respeito dura mais do que as horas que passam nas ruas.






domingo, 6 de outubro de 2013

15 anos depois.

Verdade, já se passaram tantos anos. 15. E continuam a gerar boa energia!
Hoje revivi a minha adolescência, voltei aos tempos dos corredores de Liceu , ás revistas da berra que não falhavam uma semana.
Hoje fui feliz, tão feliz!
Venham os cépticos e os desmancha prazeres.
Venham os gostos e os desgostos, os sermões "Sério? - não-sabia-que-gostavas-disto", porque ninguém me estraga a noite.
Aqui na Sala ouve-se boa música e hoje foi noite de concerto.
E que concerto...!

Gritei, saltei, bati palmas até me doerem as mãos.
Dancei até suar a camisola, fiz coro quando se calavam.
Vocês diziam que "A vida faz-me bem" e perguntavam no fim "Porquê... não somos imortais?". Isto fez-me bem sim. Não sou imortal mas vivi muitos anos naquela bancada.


Este Campo, foi de facto, muito Pequeno para vos dizer...Obrigada Anjos, deram-me um dos melhores espetáculos da minha vida.
Viva à música portuguesa, viva à paixão pela arte!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

E eis...

...que hoje percebi que já não estamos longe dos 100 seguidores :)
Alguém desse lado que ainda se queira registar e sentar no sofá da Sala?
Quando atingirmos a centena, haverá desafio/passatempo daqueles jeitosos!


BOA SEXTAAAAA****

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Serei só eu...

...que nunca consigo acertar as horas do rádio do carro?
Quando passo nos painéis da estrada confirmo a hora e fico toda contente por bater certo.
Mal mudo para as estações de rádio, está sempre um minuto atrasado.
Quando volto a acertar, passado uns tempos, o filho da mãe do minuto em atraso lá aparece.
Mas que raio!!!

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Wake me up

"Feeling my way through the darkness
Guided by a beating heart
I can't tell where the journey will end
But I know where to start

They tell me I'm too young to understand
They say I'm caught up in a dream
Well life will pass me by if I don't open up my eyes
Well, that's fine by me

So wake me up when it's all over
When I'm wiser and I'm older
All this time I was finding myself
And I didn't know I was lost"


Avicii


E é isto que não me sai da cabeça, nesta Segunda chuvosa :(
Bom início de semana***

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

26

Ainda não passei da primeira linha e já estou com os olhos cheios de lágrimas.
O dia 26 de Setembro irá sempre mexer comigo. O número 26, irá sempre mexer comigo.
E uma mistura de tudo, de alegria e tristeza, que bem abanado, dá um simples e forte aperto no peito.
Hoje já felicitei amigos pelo respectivo casamento, já dei parabéns a dois outros amigos (e à minha querida Mente Flutuante) e a uma prima minha.
E já me lembrei do Vítor. Lembro-me sempre do Vítor e por mais anos que viva, sei que me vou lembrar.
Não era meu irmão, não era meu primo nem colega de trabalho.
Era o namorado de uma das minhas melhores amigas, o único que lhe conheci até hoje. A Alice, que conheço quase desde sempre, é enfermeira e foi-se aproximando do Vítor no Hospital (não o do trabalho dela, mas como visita - já se conheciam por amigos comuns e achou por bem ir vê-lo e acompanhá-lo).
O Vítor começou a queixar-se de dores de costas e depressa descobriu que tinha um cancro (intestinos, creio eu).
A Alice, como amiga e enfermeira, acompanhou-o e foi-se aproximando dele, cada vez mais.
O amor surgiu e apesar de eu a entender e ficar feliz por ela, avisei-a que era um terreno perigoso, a situação dele era delicada e ela podia magoar-se com aquilo que a vida (ou não) lhe poderia dar com essa história.
E ela lutou. Lutou muito. Virou o mundo do avesso para o salvar e tratar.
Durante quase dois anos, as quimioterapias e as mudanças na alimentação e rotinas foram constantes.
Quantas vezes senti que a Alice queria chorar e não podia, para que ele também não desistisse.
Lembro-me como se fosse hoje, de fazermos vídeos e sketches para o Vítor se animar.
Lembro-me como se fosse hoje, da Alice me dizer em prantos, que ele era um Quimio resistente e que tinha decidido parar. O Vítor tinha desistido de se tratar, de sofrer mais.
Lembro-me como se fosse hoje, de o ir visitar a casa, com ela e mais um amigo nosso, e ver a morte à minha frente.
Lembro-me como se fosse hoje, os fins de semana em Ponte de Lima, das gargalhadas dele e da sobremesa que fez para nós, no dia dos meus anos: mousse de mirtilos.
Fazia 26 anos e disse-lhe, num simples comentário, que não gostava do nº 26. Tinha gostado dos meus 25 anos mas fazer 26 era assim...meio desconsolado. E ele disse: "Sério? Não gostas do nº 26? Porquê?"
Ironicamente...seis meses depois:

Vítor morreu a 26 de Setembro de 2008. Tinha 30 anos.
Nunca chorei tanto num velório e num funeral. Por ele e pelo sofrimento dos pais...mas pela Alice.
Naquele dia, não tive coragem de lhe dizer nada...apenas "Já viste o dia lindo que está hoje?", ao qual ela me respondeu: "Eu disse-lhe que ia estar sol neste dia".

Nunca vi tanta gente.
Nunca assisti a uns gritos sufocados de uns pais tão desorientados.
É por isso que o dia de hoje será sempre estranho.
Uma vez, há muitos anos, uma menina de 3 anos (no meu estágio final de curso) dizia que sabia como as pessoas morriam: "Apagam-se as luzinhas da cabeça".
E eu acho que foi isso que aconteceu ao Vítor.
Porque foi no céu que se acenderam :)


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Fico espantada...

...com a variedade de interpretações que pode ter um só texto.
Em Agosto fiz um post sobre algo que me irrita solenemente - os carrinhos de bebés em multidões.

http://saladosilenciocorderosa.blogspot.com.es/2013/08/as-coisas-ruins-que-me-passam-pela.html

Sei que não sou a única a pensar assim e viva ás restantes e diferentes opiniões. Ate aí tudo bem!
Mas hoje deparei-me com um comentário mais fora do comum. Simples, básico, mas que me deixou a pensar e me fez ir atrás no tempo ver o que eu tinha escrito.
Respirei de alívio por perceber que afinal tenho os parafusos todos e ainda escrevo o que me vai na alma, mas com dois dedos de testa.
A querida leitora Ana, escreveu assim:

"Pensei que estava preocupada com as criancinhas, desgraçadas a serem torturadas pelo mar de gente e barulho nas mãos de pais desnaturados... mas afinal o problema é que as criancinhas a incomodam a si e perturbam o seu passeio e as suas visitas! ;-)"

(não percebi o olhinho a piscar...)

Depois de pensar muito bem no que havia de escrever, decidi criar este esclarecimento para a mesma leitora não precisar de ir ao arquivo de Agosto ver a minha resposta. Está aqui, para que leia logo sem rodeios e sem perder tempo (façam de conta que agora estou eu a piscar o olho!)

Antes de mais... Olá Ana,
qual foi a parte do texto, onde digo "Acham mesmo que é interessante para a criança estar ali horas e horas?" que não entendeu?
Sou educadora de Infância e acredite que tenho bem a noção do que é ou não mau para as crianças e esta situação de enfrentar multidões com um carrinho, é uma delas.
Claro que me chateia quando me pisam e quando tudo fica bloqueado para os paizinhos passarem, mas isso significa que sou humana...Ou a Ana é a Madre Teresa de Calcutá que nunca se incomoda com nada?!
Se a minha opinião continua confusa, posso ir ver se ainda tenho papel e caneta aqui por casa e fazer-lhe um desenho.
Disponha e seja bem vinda á Sala!

(desculpem, mas ás vezes o sangue ferve!!!)
Bom resto de semana***

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Girl´s Stuff #9 - Versão "A minha cidade é liiiiiiiiiinda!"

Olhem só o que encontrem na Parfois, há uns tempos, mas que só agora veio parar às minhas mãos.


Uma coleção sobre a minha cidade Invicta...não resisti e também tenho a mala e o porta-cartões.
Eu não avisei que um dia ia arranjar forma do Porto andar sempre comigo?!
Ah pois é, isto de ser gaja tem as suas vantagens ;)

Boa Terça!!!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Pérolas #2

Tcharaaaan!
Se algum de vocês vive em São João da Madeira, pode ser que o fofuxo do Rogério Silva vos bata à porta de repente.
E para isso...Tenham sempre uma camisola à mão.
Convém. Digo eu!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Tenham juízo...se puderem.

Nunca fui uma pessoa de criticar constantemente ou desdenhar disto ou daquilo.
Viva a diferença,todos temos a ganhar. Tenho as minhas opniões, obviamente, mas valem o que valem e nada mais.
Não sou viciada em TV mas gosto de me deixar afundar no sofá e dedicar-me a um zapping livre, sem ninguém me chatear.
Gosto de reality shows, da forma como mexem com a mente e de observar o que o ser humano é capaz. Gosto de concursos que puxem pela cabeça. Gosto de telenovelas brasileiras e algumas portuguesas também já se safam.
Gosto de séries que me façam rir e que me colem ao ecrã (saudades do LOST e do Prison Break).
Gosto de talk shows, se o apresentador/a for um bom entertainer.
Gosto de tudo um pouco, seja piroso ou pimbalhão, cada um vê o que gosta e pronto.

Mas não consigo perceber, a sério que não, o que leva pessoas a concorrerem a situações que as vão apavorar ou traumatizar para sempre.
Há um programa na Sic,"Cante se Puder", que é baseado nisso mesmo. As pessoas têm de cantar, sem parar, durante as diferentes adversidades que vão surgindo. Aconteça o que acontecer, tem de cantar sempre sem parar. Podem ser interrompidos com balões de água, luta na lama ou uma depilação a cera numa peitaça de homem bem farfalhuda.
Assim de repente, até parece divertido.
Mas maior parte dos jogos é baseada nos maiores medos dos concorrentes, ou seja, podem colocar cobras, ratos e aranhas em cima do corpo e grites o que gritares, azar.


O que leva alguém a sofrer daquela maneira? "Ah eu preciso de uns trocos, vou ver como é estar perto de um AVC e venho já" - "Não tenho nada para fazer hoje, que tal esfregar-me em cobras e gritar como se não houvesse amanhã?" "Apetece-me fazer um chichi nas cuecas ou borrar-me de medo". Poupem-me.
Não me venham com a história de que temos de enfrentar os medos,porque isso deve ser espontâneo e não forçado com o estímulo do dinheiro.
Não me venham dizer que os animaizinhos são todos fofinhos e tratados porque não são parvos e se alguém os pisa, pode estar o caldo entornado.
Os produtores do programa não têm culpa nenhuma, criaram algo que chama a atenção e pronto.
Agora...os concorrentes sujeitarem-se a momentos de pânico em frente ao país todo?




Tenham juízo por favor!!!